Em momento de Desemprego, Governo Municipal tenta criminalizar trabalhadores


Por Reinaldo Soares

Professor Reinaldo Soares.
Professor Reinaldo Soares.

Diante da crise econômica em que vive o país resultado da instabilidade política, os indicadores sociais e econômicos tem sido os piores das últimas décadas. Segundo o IBGE, a taxa de desemprego chegou ao patamar de 8,5% no mês de fevereiro, ocasionando os sentimentos de apreensão e instabilidade na população por sentirem suas conquistas se perderem juntamente com a segurança familiar.

Se essa realidade é complexa a nível nacional, em Ilhéus se acentua, pois a crise nacional tornou-se mais visível e profunda a crise econômica no município onde, nos últimos quatro anos não se constatou atração de novas empresas que gerasse emprego e renda à população Ilheense, mesmo com tantas promessas como a Ferrovia, Porto Sul, Siderúrgica, Empresas de Call Center, reabertura do Moinho, etc.

O governo das ilusões, depois de patrocinar um arrocho tributário, afetando diretamente as empresas com aumento do IPTU e Alvará de Funcionamento, agora resolve criminalizar os trabalhadores do transporte alternativo, tornando criminosos mais de cem pais de famílias que desejam de forma digna, trabalhar e manter seus familiares.

O transporte alternativo tem sido tratado pelas Gestões Municipais como caso de polícia, em vez de ser tratado de forma séria com políticas públicas que permita o cadastramento e regulamentação dos seus agentes. Se existe o alternativo, é porque há uma demanda em face ao não atendimento satisfatório dos “principais”.

É muito estranho que o governo tenha reduzido o ISS das empresas de Transporte Coletivo e não exija com rigor a ampliação de ônibus nas linhas, cumprimento dos horários e mudança da frota com oferta de ônibus novos.

Cidades como Porto Seguro e Poções, enfrentaram o problema com a regulamentação das cooperativas, pondo limites aos existentes e proibindo sua expansão com a colaboração e fiscalização dos próprios cooperados já regulamentados.

Os Governos sejam eles, Federal, Estadual e Municipal, são responsáveis em criar condições para geração de emprego e renda, principalmente para a população e setores desassistidos dos mecanismos oficiais de financiamento e proteção.

É preciso mudar a lógica desse modelo político que tem olhares diferenciados de acordo seus interesses. Ilhéus precisa reconquistar seu protagonismo e para isso sua população precisa ser respeitada e valorizada, não com uma política do Pão e Circo e sim com Políticas Públicas de Emprego, Renda, Saúde e Educação para todos.

*Reinaldo Soares é Mestre em Cultura e Turismo pela UESC/UFBA, Membro do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro- PRTB. Diretor do IBEC, Ex Presidente do Conselho Municipal de Educação de Ilhéus, Palestrante, Professor do Colégio Estadual Padre Luis Palmeira e da Pós-Graduação da FACSA/IBEC. E-mail: [email protected]

Não permitamos a derrocada da sociedade brasileira


Por Gustavo Kruschewsky/ [email protected]

Gustavo (2)A existência do crime organizado, em várias camadas da sociedade, principalmente na classe “política” e empresarial, está desorganizando todo o Estado Brasileiro… E o povo padece notadamente milhares de pessoas que estão sendo desempregadas e vendo suas famílias desamparadas, passando por muitas necessidades. Uma das causas, dentre outras dessa situação do Brasil – a exemplos das pedaladas fiscais na opinião de muitos juristas – é que muitos “governantes” e dezenas de outras pessoas que têm função pública enganam o povo se juntando a empresários corruptos e gananciosos. Tácito, parece que se inspirou no Brasil quando disse: “As leis abundam nos Estados mais corruptos”.

Verificando os fatos históricos no Brasil, a gente vem percebendo, infelizmente, com muita indignação, que grande parte da “classe política”, que ostenta “poderes”, evita com unhas e dentes que as Leis não entrem em colisão com os interesses espúrios deles próprios que estão à frente dos “poderes” da República. Os interesses, na vontade deles, devem prevalecer sobre muitas leis, rechaçando-as, no âmbito federal, estadual e municipal. Mas, o viés da história está começando a mudar. Os fatos estão a mostrar que a justiça, na composição dos juízes na sua maioria, não está dando trégua à corrupção, apenando aqueles “políticos”, incluindo outros “agentes públicos” e empresários que cometeram crimes. As Leis sendo aplicadas “erga omnes”, aí sim, teremos uma verdadeira democracia, porque a justiça tem que ser “a vingança do homem em sociedade”.

Já está mais do que provado que a observância do processo de impeachment (impedimento) que se pretende contra a Presidente atual do Brasil é com base em regras jurídicas previstas na Constituição Federal, portanto, não é “golpe”. Vale dizer que se o art. 82 da Constituição Federal não fosse – por determinação de Emenda n.º 16, de 04 de junho de 1997 – modificada, os Presidentes da República, que foram empossados depois desta Emenda, a exemplos de FHC, Lula e a própria Dilma, não poderiam ser reeleitos sendo impedidos de ficarem 08 anos no “poder” da República. Talvez, se assim fosse, o Brasil não estaria nesse estado de desorganização nos dias atuais. O Artigo 82 da CF, desde 1988 a 1997 previa: “ o mandato de Presidente da República é de 05 (cinco) anos, vedada a reeleição para o período subsequente…”

A Emenda do referido artigo Constitucional passou a prevê que: “o mandato do Presidente da República é de 04 (quatro) anos…” Efetivamente pelo seu silêncio, consideraram o princípio jurídico de que “aquilo que não é proibido é permitido”, dando azo aos Presidentes de, ao terminarem o seu mandato de 04 (quatro), candidatarem-se para mais um mandato de 04 (quatro) anos se assim quisessem. Felizmente volta tudo como antes. Doravante retorna-se ao status quo de que: Presidente da República, Prefeito e Governador só poderão ter um mandato de 05 (cinco) anos sem direito a reeleição.

A jornalista Eliane Cantanhêde argumentou no Jornal A Tarde o que se segue: “o risco é Dilma conseguir barrar o impeachment, mas arrastrar um governo de xepa, com centenas de oportunistas. A prioridade de Dilma não é governar, é manter o governo a qualquer custo. O foco não é restaurar a economia aos cacos, corrigir as contas públicas, combater as doenças, cuidar de saúde, educação, turismo… Toda a energia está voltada para um único fim: salvar o mandato, com o bordão do “golpe”. Todas essas evidências, estão claras como um dia de verão”.

Ó Deus, sejas o remédio maior e norteador para que se mude esse quadro caótico da nossa sociedade! Senão, aonde iremos parar?

O descrédito do governo jabista se refletiu no rebaixamento do Colo Colo


Por Jamesson Araújo

colocolo-251x300Não é surpresa o rebaixamento do Colo Colo. Desde a apresentação do time, vários radialistas e jornalistas que acompanham o futebol ilheense, já carimbavam o elenco como fraco. Uma das causas apontadas, é o fato do time ser administrado por dirigentes teimosos e inexperientes, e acima de tudo que não valorizaram os jogadores da região, principalmente a prata da casa.

Em janeiro escrevi um artigo criticando a falta de planejamento da diretoria, e a sua negligência ante a dimensão do Colo Colo, e a referida falta de aproveitamento de jogadores de Ilhéus e Região. (Clique aqui para ler). A previsão do declínio do tigre era algo evidente.

O tempo mostrou que a diretoria errou em apostar em uma parceria empresarial sem ter o que dar em troca, e principalmente por não divulgar erros grotescos do ex-presidente, que segundo informações de membros da atual diretoria, teria pedido um adiantamento de um valor altíssimo junto a TV Bahia, a poucos meses de encerrar sua gestão.

A atual diretoria jogou toda sujeira para debaixo do tapete. A quem interessou o fato?

Ouvi de inúmeros empresários, políticos, e até mesmo torcedores, que o Colo Colo hoje é comandado pelo grupo do prefeito Jabes Ribeiro, e que qualquer ajuda estava destacada, enquanto a atual diretoria continuasse.

A impopularidade do governo municipal, e a ocupação do cargo maior do clube por um jabista, que também trabalha no governo municipal, dificultou e muito a caminhada do Tigrão. O Colo Colo acumula há várias gestões, inúmeros processos trabalhistas, sequestros de rendas, e má gestão dos recursos. Se não houver uma união de associados, renúncia da atual diretoria, e novas caras na administração, pautada na credibilidade junto ao setor empresarial, e principalmente tendo um planejamento mínimo, o Tigrão corre a passos largos para o fim!

No artigo escrito por mim em janeiro, alertamos que o clube era o único representante do sul da Bahia na elite do futebol baiano, e não sabia da capacidade de captação de recursos e ampliação de sua torcida em outras praças esportivas usando o marketing profissional. Mas todo esse discurso de grandeza regional foi jogado no lixo por um time de Moqueca. Triste Ilhéus, triste Colo Colo!

E o futuro do povo brasileiro?


Por Gustavo  Kruschewsky

Gustavo (2)Na verdade o povo brasileiro, de norte a sul e de leste a oeste, levantou-se indo às ruas apoiando e aplaudindo a atuação corajosa e imparcial do Juiz Sérgio Moro que comanda a Operação Lava Jato que – a pedido do Ministério Público Federal –  já puniu vários empresários e “políticos” que ultrapassaram os seus limites morais e legais. O povo também nas ruas, de forma tranquila, grita mais justiça pedindo o impeachment da presidente Dilma e do Deputado, presidente da câmara dos deputados, Eduardo Cunha, e a nulidade do termo de posse de Ministro da Casa Civil outorgado a Lula.

O que acontecia no Brasil de forma deliberada- e os fatos históricos estão aí provando – é que muitos  “governantes” se achavam acima do bem e do mal e não se consideravam sujeitos aos limites morais e legais. O povo brasileiro tinha que engolir, aceitando todas as ações imorais e ilegais de supostas corrupções de governistas de 1.º escalão da União, Estados e Municípios. Agora, a história está mudando e os fatos estão paulatinamente vindo à tona e dando os nomes aos culpados. Portanto, não é mais assim que a banda toca, ou seja, mandatários (políticos eleitos com o voto popular), mandantes (os eleitores) sejam eles ricos, pobres, humildes, analfabetos funcionais, intelectuais, empresários, etc., têm que observar não somente os seus direitos, mas também os seus deveres constitucionais e infraconstitucionais garantidos, senão serão punidos. (mais…)

Muita calma nessa hora


Por Murillo de Aragão

murillo-de-aragao-e1454877917156Que loucura a política brasileira! Aliados do ex-presidente Lula querem que ele seja nomeado ministro para salvá-lo de um eventual e hipotético pedido de prisão por parte da Operação Lava Jato. Especula-se que possa ocupar Ministério das Comunicações, a chefia da Casa Civil ou passe a despachar no Itamaraty.

Seria inacreditável que Lula, o grande líder popular,tivesse que se esconder em um Ministério para evitar um constrangimento com a Operação Lava Jato. Mas como a política no Brasil põe o realismo fantástico da literatura latino-americana no chinelo, tudo pode acontecer.

Outro movimento inacreditável é o discurso da radicalização proposto pelo mesmo Lula e seus aliados mais agressivos. Movimentos articulados com setores mais radicais do  PT estão invadindo sedes de órgãos governamentais e dependências de emissoras ligadas à Rede Globo. Outros prédios públicos e instalações privadas estão sendo vandalizados. Circulam boatos de que estão sendo planejadas invasões do Congresso Nacional.

Partidários da divisão  “nós” e “eles” destilam ódio nas redes sociais chamando para o confronto. Há quem diga que a elevação do tom por parte dos partidários de Lula está estimulando o comparecimento em massa às manifestações de 13 de março.  Parece que serão significativas.

Lula, antes mesmo da condução coercitiva, já anunciava a morte do “Lulinha paz e amor”, seu melhor e mais vitorioso figurino. Foi sendo “paz e amor” que ele driblou o impeachment no escândalo do mensalão. Naquele tempo, Lula se cercava de tipos mais amenos e mais afeitos ao diálogo. Por tudo o que fez e pela importânciaque tem, o ex-presidente deveria ser o primeiro a acalmar o ambiente.

Quando Lula age em outra direção, trabalha, sobretudo, contra si mesmo. E contra a democracia no Brasil. Pois a história ensina que a primeira vítima da violência é quem prega o recurso como método, principalmente quando o campo em questão é a política.

A história recente da América Latina está cheia de exemplos negativos (a Venezuela é o mais acabado de todos).

O ministro Marco Aurélio de Mello receia que as manifestações de 13 de março corram o risco de gerar um cadáver. Considerando o clima e agressividade nas redes sociais, não é um temor infundado. Cabe aos governos federal e estaduais garantir a ordem pública. E aos líderes políticos pedir que seus aliados se mantenham dentro dos limites democráticos da liberdade de manifestação.

É aconselhável que Lula, Dilma, Temer, FHC, Aécio Neves, Marina e outros líderes se manifestem a favor da paz e da democracia, exortando militantes, correligionários e simpatizantes a dar um exemplo de tolerância e democracia no dia 13 de março.  Não devemos rebaixar ainda mais a nossa infante democracia.

Murillo de Aragão é cientista político. Artigo publicado originalmente do Blog do Noblat.

Por que Moro autorizou condução coercitiva?


Por Silvana Battini, O Globo

Além disso, a expressão “condução coercitiva” sugere alguém transportado à força. Mas não foi bem isso que aconteceu com o ex-presidente Lula.
Além disso, a expressão “condução coercitiva” sugere alguém transportado à força. Mas não foi bem isso que aconteceu com o ex-presidente Lula.

Em quase todas as fases da Lava-Jato têm ocorrido buscas, conduções coercitivas, prisões temporárias e prisões preventivas. Lula está no radar da Lava-Jato e esta fase da operação não difere das demais na forma de atuar.

A condução coercitiva do investigado é ferramenta de investigação. O Código de Processo Penal prevê a condução coercitiva apenas de testemunhas e vítimas, quando se recusam a comparecer. Nada diz sobre a condução coercitiva de investigados e réus. A jurisprudência, porém, vem entendendo que a medida é possível — com outra justificativa.

No Direito brasileiro, réus e investigados não podem ser obrigados a produzir prova contra si . E têm o direito ao silêncio: não podem ser forçados a falar se não quiserem. Cabe ao Estado investigar e produzir a prova por outros meios, como a busca e apreensão na casa dos investigados.

É nesse contexto — auxiliar a busca por provas, e não para forçar um depoimento — que a condução coercitiva se encaixa.

A preparação prévia do próprio investigado, ou sua presença no local, pode prejudicar a colheita da prova em buscas e apreensões. Pode ocultar elementos que o incriminem ou avisar outros envolvidos. Em crimes mais complexos, como é o caso da Lava-Jato, é comum realizar as buscas em vários endereços, com muitos alvos. Dificultar a reação do investigado nesses casos é decisivo para o êxito da operação. Mesmo um depoimento com hora marcada pode atrapalhar ou frustrar a medida. Daí a importância do efeito surpresa. Por isto, aliás, a lei também prevê medida muito mais drástica: a prisão temporária. Nesse contexto, a condução coercitiva é uma medida mais branda. Mas tem o mesmo objetivo da prisão temporária: garantir a colheita da prova da forma mais eficaz possível.

Mas é preciso atentar para duas coisas quanto à execução da medida. Mesmo quando conduzido coercitivamente, o investigado poderá se manter calado e, no Brasil, pode até mentir em sua própria defesa.

Além disso, a expressão “condução coercitiva” sugere alguém transportado à força. Mas não foi bem isso que aconteceu com o ex-presidente Lula. Embora o emprego da força estivesse autorizado no despacho do juiz Moro, o fato é que Lula, apesar de surpreso, ao que tudo indica, acabou aceitando a intimação. Não precisou ser de fato conduzido coercitivamente.

Menos mal.

*Silvana Battini é Professora da FGV Direito Rio

Por um novo modelo político em Ilhéus


Prof. Reinaldo Soares

Quando nossa fala  não tem ação, nos tornamos apenas espectadores da realidade.

Professor Reinaldo Soares.

Ingressei na vida partidária por passar a acreditar que a mudança do sistema só ocorre de dentro para fora, daí me colocar como uma possibilidade concreta de mudança desse sistema.

Meu ingresso no Partido Social Cristão se deu inicialmente pelo convite do amigo Paulo Céo, sendo em seguida referendado pelo Senhor Presidente Eliel Santana para que eu presidisse o PSC de Ilhéus.

Entendo que os partidos políticos não deve se limitar apenas ao período pré e eleitoral, mas atuarem permanentemente como um importante instrumento de fortalecimento da democracia.

Nestes oito meses como Presidentes do PSC de Ilhéus tiramos o Partido do ostracismo e o colocamos como protagonista da sucessão eleitoral municipal. Protocolamos junto ao Ministério Público Estadual, representação contra o aumento da tarifa do transporte coletivo, fizemos várias reuniões com os filiados e Pré-candidatos na Proporcional do Partido objetivando doutriná-los para que pudessem intervir mais conscientes e preparados na representação da população através de estudos do Estatuto do Partido, da Lei Orgânica Municipal e do Regimento da Câmara, além de discussões sobre o cenário político municipal e nacional.

No decorrer desse processo, surgiu a possibilidade da filiação de Ex- Vereadores e Vereadores atuais para o Partido, proposição rejeitada por mim por considerar que ao defender um Novo Modelo Político para Ilhéus, os agentes desse processo não podem ser aqueles que sustentaram ou continuam sustentando esse Modelo falido embasado no clientelismo e corrupção.

Na minha percepção, a Ética é um atributo de todo o ser humano, enquanto a coerência deve ser dos políticos. Portanto, dei entrevistas e escrevi artigos no sentido de reafirmar a minha coerência. Caso ocorresse à filiação de algum político que represente esse Modelo superado, eu sairia do partido e renunciaria a Presidência do PSC de Ilhéus.

Permaneci até esse momento (23/02) no Partido, na expectativa que uma fala do Presidente Eliel Santana se cumprisse, “que nem sempre o desejo da candidatura e da filiação se concretiza”. Como essa ação não dependeu de sua estreita vontade e a filiação que sou contrário se concretizou, me desliguei do PSC e renunciei Presidência para seguir avante com a coerência como farol e meus princípios como base da minha vida.

Que Deus continue me dando proteção, sabedoria e discernimento para que não me deixe ser transformado por esse sistema, mas me dê força para ser um instrumento de mudança, tornando a Política em um ambiente pautado na Ética, Coerência e Respeito, tendo o interesse coletivo como objetivo maior.

O retrato da perversidade


Por Alisson Gonçalves

Imagem do Pronto Atendimento criado pela prefeitura de Ilhéus.
Imagem do Pronto Atendimento criado pela prefeitura de Ilhéus.

Perversidade: palavra que deriva do latim PERVERSITATE, que traduzida para o português pode significar; Maldade, Crueldade, Ato Perverso, Carácter desumano e cruel, Satisfação no exercício da maldade.

Nos últimos três anos do atual governo do prefeito Jabes Ribeiro eu pensei que os ilheenses já tinham visto todo o seu  pacote de maldades. Aumento abusivo do IPTU, escola municipal funcionando em BAR, servidores púbicos perseguidos e sem reajuste salarial, ameaças de demissões, postos de saúde fechados sem médicos e medicamentos, aumento da tarifa de transporte e tantos outros… Ledo engano!

Fiquei perplexo nos últimos dois dias ao passar pelo recém-inaugurado PA da dengue que funciona calamitosamente na Rua Major Homem Del Rey , Nº 100 no bairro da Cidade Nova. Lá pude ver crianças no colo de suas mães, idosos, jovens e adultos expostos ao sol forte do meio dia, todos em uma humilhante fila do lado de fora aguardando atendimento. Enquanto lá dentro apenas dois médicos atendiam aos que ali estavam em busca de um alivio para suas muitas dores, febre e todos os sintomas provocados pela Dengue, Zika Vírus e Chikungunya. Como se a humilhação da fila, do sol e de ter que esperarem em pé e na rua não fosse o bastante, o perverso governo Jabes Ribeiro providenciou no dia seguinte fechar a rua, colocar um toldo e espalhou  cadeiras oficializando a rua como local para cuidar dos doentes da nossa terra.

O governo Jabes Ribeiro em sua previsão orçamentaria para o ano de 2015 previa gastar com a saúde municipal o montante de R$ 89.195.103, 73 (oitenta e nove milhões, cento e noventa e cinco mil cento e três reais e setenta e três centavos) dos quais declara que foram gastos R$ 79.188.468,84 (setenta e nove milhões, cento e oitenta e oito mil, quatrocentos e sessenta e oito reais e oitenta e quatro centavos) segundo publicado no Portal da Transparência da própria prefeitura.

A pergunta é, onde foi gasto esse dinheiro? De que forma? Discutido com quem para definir as quais prioridades? E por que o governo não se preparou para enfrentar a epidemia do mosquito aedes aegypti e os vírus que ele transmite?

Tenho certeza que não é por falta de dinheiro que o PA da dengue esta funcionando de forma perversa e desumana em um local fora do eixo central da cidade, de difícil acesso onde não circulam todas as linhas de ônibus. Mas, por falta de capacidade, planejamento e gestão do governo Jabes Ribeiro e seu exercito, somado a isto sua perversidade cega, seu desprezo pelas pessoas e sua satisfação no exercício da maldade.

Espero que o Ministério Público tome providencias no sentido de determinar ao prefeito Jabes Ribeiro que retire dali as pessoas e passe a dar a elas um tratamento digno e respeitoso, cuidando melhor de cada uma delas a fim de preservar suas vidas. É no município que os cidadãos precisam ter saúde de qualidade, moradia, segurança e um enumerado de outros direitos, pois é no município que a vida acontece e é do gestor municipal a responsabilidade por cada uma delas.

No mais, rogo a Deus pela vida e pela saúde de todos os ilheenses e que Ele possa sensibilizar os endurecidos corações dos que deviam ter humanidade, empatia e carinho pelas pessoas, mas, ao invés disso têm predileção pela perversidade.

Alisson

 

*Alisson Gonçalves é estudante de Sociologia e assessor parlamentar

Artigo: Muito além da investigação de um presidente


Por  Joaquim Falcão, professor da FGV Direito Rio.

Na democracia não deve existir poder sem controle. Controlar antes, durante e depois. Tenha o poder sido exercido ontem ou hoje.

Jacques Chirac e Nicolas Sarkozy responderam a processos na França depois de saírem do poder. Berlusconi, na Itália. Helmut Kohl, na Alemanha. Israel Ehud Olmert, ex-primeiro ministro de Israel, foi preso ano passado. José Sócrates, de Portugal, estava detido até pouco tempo. Uns são absolvidos, outros condenados.

É atípica situação previsível.

Do ponto de vista legal, porém, não se investiga nem presidentes nem ex-presidentes. Investiga-se o cidadão comum, igual aos outros. A lei por vezes cria proteções especiais como o foro privilegiado quando o cidadão ocupa cargo político importante. Mas aí não se protege a pessoa, mas o cargo. Por quê?

Porque o cargo pertence à República. O cidadão, não. Em princípio, se espera que um Supremo ou um tribunal de Estado seja mais independente e prudente. Trata-se de um colegiado. Muitas cabeças, em vez de uma só.

Recentemente, tivemos o julgamento e condenação do ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo. Foi julgado como pessoa comum. Em foro comum. Pela primeira instância. Como manda a lei.

O importante é que a investigação e o processo sejam transparentes, previsíveis, com amplo direito de defesa e imunes aos humores e ideologias de investigadores e juízes.

Sobretudo em momentos de radicalização política. Quando se investiga não apenas um ex-presidente da República, mas, talvez, um futuro candidato à Presidência. Às vezes, politicamente, a investigação apenas já é a pena.

A Operação Zelotes não atinge apenas o ex-presidente. Vai mais longe. É do conhecimento público a pressão e indevida influência que grupos poderosos fazem sobre o Poder Executivo para obter rapidamente um benefício fiscal, ou no caso até perdão de dívidas milionárias. Levar vantagem via MP.

A influência de uma autoridade pública é perigosa. Maior perigo quando envolve assessores, lobbies e grandes corporações.

A curto prazo, investiga-se um ex-presidente. Indícios podem ou não ser confirmados. A médio prazo, se comprovadas as denúncias, estamos diante de algo mais amplo: o desenho democrático de nossas instituições.

Uma medida provisória, em geral, é feita sem transparência, sem votos, vigora logo, beneficia imediatamente e coloca o Congresso no corner.

Se tudo comprovado, seria correta esta deturpação das medidas provisórias? Seria correta esta maneira de se fazer negócios e política no Brasil?

*Artigo de publicado originalmente na Agência O Globo.

No Ilhéus que Folia, a Saúde Pública é que Dança.


Por Reinaldo Soares

Professor Reinaldo Soares.
Professor Reinaldo Soares.

No último fim de semana, o Governo das ilusões realizou o Ilhéus Folia, carnaval antecipado com direito a OPEN BAR no Camarote Oficial, isso mesmo, comidas e bebidas de “graça” para mais de 200 convidados nos 03 dias da farra momesca na terra de Jorge Amado.

Saindo do Camarote oficial e do Circuito do Ilhéus Folia, deparamos com a realidade de uma cidade que há quatro anos o governo afirma que está falida e por isso não pode reajustar os servidores e investir na proteção da saúde básica da população.

Dezenas de cidades brasileiras cancelaram o carnaval em virtude da epidemia da dengue e principalmente da Zika, em quanto em Ilhéus o Governo das Ilusões antecipa o carnaval em um risco muito grande da proliferação da epidemia.

Não se vê nenhuma preocupação desse governo com a saúde da população. O bairro mais populoso de Ilhéus, o Teotônio Vilela, em todas as suas ruas, há um caso de alguém contaminado ou que já foi contaminado pelo Zika ou Chikungunya e não se presencia nenhuma intervenção pública como mutirão de limpeza no Bairro, detetização com o Carro Fumacê, aberturas e ampliação dos Postos de atendimento.

Se as intervenções de emergência não estão sendo feitas, pior as preventivas e regulares que deveriam ocorrer no Sistema Municipal de Saúde. Com 1.148 funcionários lotados na Saúde e com um orçamento de R$89.704.000,00, para 2016, isso mesmo, mais de oitenta e nove milhões de Reais para serem usados pela Secretária Municipal de Saúde, os agentes comunitários de saúde não possuem qualificação permanente, não recebem os equipamentos e materiais necessários para exercerem dignamente suas atividades.

Os Postos de Saúde por conta do abandono são ocupados pelos Morcegos, sem contar os que são reformados e não funcionam por falta de profissionais, como exemplo o de Sambaituba. O Município só tem dois médicos Pediatras efetivos e ainda estão ameaçados de serem demitidos. Ser atendido por um Neurologista na Rede Pública em Ilhéus, é quase acertar na Mega Sena, e agora, até os exames laboratoriais não podem ser feitos diretamente no laboratório.

Diante de tamanho abandono da Saúde, o governo das ilusões se diverte em camarote enquanto a população sofre. Precisamos apresentar um Novo Modelo Político para Ilhéus, sustentada em uma Governança transparente, sensível ás necessidades da população, sem clientelismo e pão e circo.

*Reinaldo Soares é Mestre em Cultura e Turismo pela UESC/UFBA, Presidente Municipal do Partido Social Cristão- PSC. Diretor do IBEC, Ex Presidente do Conselho Municipal de Educação de Ilhéus, Palestrante, Professor do Colégio Estadual Padre Luis Palmeira e da Pós-Graduação da FACSA/IBEC.

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