O retrato da perversidade


Por Alisson Gonçalves

Imagem do Pronto Atendimento criado pela prefeitura de Ilhéus.
Imagem do Pronto Atendimento criado pela prefeitura de Ilhéus.

Perversidade: palavra que deriva do latim PERVERSITATE, que traduzida para o português pode significar; Maldade, Crueldade, Ato Perverso, Carácter desumano e cruel, Satisfação no exercício da maldade.

Nos últimos três anos do atual governo do prefeito Jabes Ribeiro eu pensei que os ilheenses já tinham visto todo o seu  pacote de maldades. Aumento abusivo do IPTU, escola municipal funcionando em BAR, servidores púbicos perseguidos e sem reajuste salarial, ameaças de demissões, postos de saúde fechados sem médicos e medicamentos, aumento da tarifa de transporte e tantos outros… Ledo engano!

Fiquei perplexo nos últimos dois dias ao passar pelo recém-inaugurado PA da dengue que funciona calamitosamente na Rua Major Homem Del Rey , Nº 100 no bairro da Cidade Nova. Lá pude ver crianças no colo de suas mães, idosos, jovens e adultos expostos ao sol forte do meio dia, todos em uma humilhante fila do lado de fora aguardando atendimento. Enquanto lá dentro apenas dois médicos atendiam aos que ali estavam em busca de um alivio para suas muitas dores, febre e todos os sintomas provocados pela Dengue, Zika Vírus e Chikungunya. Como se a humilhação da fila, do sol e de ter que esperarem em pé e na rua não fosse o bastante, o perverso governo Jabes Ribeiro providenciou no dia seguinte fechar a rua, colocar um toldo e espalhou  cadeiras oficializando a rua como local para cuidar dos doentes da nossa terra.

O governo Jabes Ribeiro em sua previsão orçamentaria para o ano de 2015 previa gastar com a saúde municipal o montante de R$ 89.195.103, 73 (oitenta e nove milhões, cento e noventa e cinco mil cento e três reais e setenta e três centavos) dos quais declara que foram gastos R$ 79.188.468,84 (setenta e nove milhões, cento e oitenta e oito mil, quatrocentos e sessenta e oito reais e oitenta e quatro centavos) segundo publicado no Portal da Transparência da própria prefeitura.

A pergunta é, onde foi gasto esse dinheiro? De que forma? Discutido com quem para definir as quais prioridades? E por que o governo não se preparou para enfrentar a epidemia do mosquito aedes aegypti e os vírus que ele transmite?

Tenho certeza que não é por falta de dinheiro que o PA da dengue esta funcionando de forma perversa e desumana em um local fora do eixo central da cidade, de difícil acesso onde não circulam todas as linhas de ônibus. Mas, por falta de capacidade, planejamento e gestão do governo Jabes Ribeiro e seu exercito, somado a isto sua perversidade cega, seu desprezo pelas pessoas e sua satisfação no exercício da maldade.

Espero que o Ministério Público tome providencias no sentido de determinar ao prefeito Jabes Ribeiro que retire dali as pessoas e passe a dar a elas um tratamento digno e respeitoso, cuidando melhor de cada uma delas a fim de preservar suas vidas. É no município que os cidadãos precisam ter saúde de qualidade, moradia, segurança e um enumerado de outros direitos, pois é no município que a vida acontece e é do gestor municipal a responsabilidade por cada uma delas.

No mais, rogo a Deus pela vida e pela saúde de todos os ilheenses e que Ele possa sensibilizar os endurecidos corações dos que deviam ter humanidade, empatia e carinho pelas pessoas, mas, ao invés disso têm predileção pela perversidade.

Alisson

 

*Alisson Gonçalves é estudante de Sociologia e assessor parlamentar