Bahia: Mulher mata irmã após suspeitar que ela tinha caso com sua namorada


Uma mulher foi presa na cidade de Teixeira de Freitas, no sul da Bahia, depois de matar a própria irmã, de 20 anos, com golpes de faca, após suspeitar que ela estava tendo um relacionamento com a sua companheira. O caso ocorreu no sábado (13), no bairro João Mendonça.

De acordo com a Polícia Civil, ela teria presenciado as duas juntas e desferiu o golpe contra a irmã, identificada como Yasmin de Souza. A suspeita foi detida no local do crime e responderá por feminicídio.

Uma equipe da 87ª CIPM foi chamada depois que moradores informaram que havia um corpo na região. Os agentes isolaram a área e entraram em contato com o Serviço de Investigação em Local de Crime (Silc) para remoção e perícia no local do homicídio.

A mulher foi autuada por feminicídio e apresentada na 1ª Delegacia Territorial de Teixeira de Freitas. Ela permanece presa e está à disposição da Justiça Criminal.

Informações do G1/Bahia.

Maioria do STF vota por proibir tese de “legítima defesa da honra”


A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou por proibir advogados de usarem a tese de “legítima defesa da honra” em casos de feminicídio julgados pelo Tribunal do Júri. 

Os votos confirmam a liminar (decisão provisória) do ministro Dias Tololli, na qual ele afirma ser inconstitucional que advogados usem como argumento a defesa da honra. Para o ministro, esse tipo de recurso argumentativo é “odioso, desumano e cruel”, pois visa “imputar às vítimas a causa de suas próprias mortes ou lesões”.

O julgamento é realizado no plenário virtual, ambiente digital em que há um prazo para que os votos sejam publicados na página da Corte. Neste caso, o encerramento da votação está marcado para amanhã (12), às 23h59.

Até o momento, acompanharam Toffoli os ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Gilmar Mendes, Edson Fachin e Marco Aurélio Mello, o que configura ter alcançado maioria entre os 11 ministros do Supremo.

Até o fim do prazo, entretanto, a análise pode ser interrompida por um pedido de vista (mais tempo de análise) ou de destaque, o que remeteria o caso para julgamento em plenário físico, cujas sessões estão sendo realizadas por videoconferência, em decorrência da pandemia da covid-19.

Votos

A tese da “legítima defesa da honra” foi questionada no Supremo pelo PDT, em uma ação de descumprimento de preceito fundamental (ADPF). O partido frisa que tal tese, a que chamou de “nefasta” e “anacrônica”, não consta no ordenamento jurídico brasileiro atual. A legenda alega, contudo, que ela tem sido suscitada por advogados em tribunais do júri, tendo como escudo a chamada plenitude de defesa.

Pela Constituição, a plenitude de defesa é uma prerrogativa do advogado perante o júri. Tal direito é mais abrangente que a ampla defesa, e permite ao defensor lançar mão de todos os meios possíveis para convencer os jurados pela absolvição, mesmo que isso inclua argumentos não jurídicos, entre eles os de natureza moral, por exemplo.

Para Toffoli, contudo, uma interpretação sistemática da Constituição leva à conclusão de que a “legítima defesa da honra” não é uma tese protegida pela plenitude de defesa, uma vez que viola outros princípios constitucionais, como o da dignidade humana.

Pelo voto de Toffoli, caso o argumento seja utilizado pelo advogado em casos de feminicídio, seja em audiências com a participação do júri ou a qualquer momento, resulta em uma nulidade processual capaz de anular o julgamento.

O ministro Gilmar Mendes foi além em seu voto, e propôs expandir a proibição também para a acusação, a autoridade policial e o juiz, “sob pena de nulidade do ato e do julgamento”.

Apesar de concordar com a proibição, Fachin propôs um caminho diferente para aplicá-la. Ele sugeriu que o Supremo afirme que as instâncias superiores não violam a soberania do júri se anularem sentenças que levem em consideração a tese de legítima defesa da honra.

Supremo confirma vigência de medidas sanitárias contra a covid-19


José Cruz/Agência Brasil

Por 10 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a vigência, sem prazo definido, da autorização dada pelo Congresso para que as autoridades das três esferas de poder – federal, estadual e municipal – adotem medidas sanitárias de combate à pandemia da Covid-19.

O julgamento se encerrou na noite de sexta-feira (5), e ocorreu no plenário virtual, no qual os ministros têm alguns dias para votar somente por escrito, remotamente. A maioria do Supremo confirmou uma liminar (decisão provisória) que havia sido concedida pelo ministro Ricardo Lewandowski em 30 de dezembro.

A liminar do ministro, concedida a pedido do partido Rede Sustentabilidade, prorrogou a vigência de diversos dispositivos da Lei 13.979/20, em que são descritas diversas medidas sanitárias que podem ser adotadas pelas autoridades nas esferas federal, estadual e municipal.

Foram mantidos trechos que regulamentam medidas de isolamento, quarentena, restrição à locomoção, uso de máscaras, exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, autorização de vacinas, vacinação, investigação epidemiológica, tratamentos médicos específicos, requisição de bens e serviços, exumação, necrópsia, cremação e manejo de cadáveres (art. 3°, I, II, III, III-A, IV,V VI e VII da Lei 13.979/20).

A lei perdeu vigência no dia seguinte à decisão de Lewandowski, mas tais dispositivos continuaram válidos. Agora, com a decisão do plenário, as regras sobre essas medidas sanitárias passam a vigorar por tempo indeterminado.

A maioria dos ministros do Supremo entendeu que, apesar do prazo inicial, a verdadeira intenção dos parlamentares foi que tais medidas sanitárias durassem “o tempo necessário à superação da fase mais crítica da pandemia”, mas que ao aprovar a legislação “não lhes era dado antever a surpreendente persistência e letalidade da doença”.

Para garantir os direitos fundamentais à vida e à saúde, cabe então ao Supremo manter a vigência desses dispositivos, entendeu a maior parte dos ministros.

O único a divergir foi Marco Aurélio Mello. Para ele, a Corte não poderia fazer as vezes do Legislativo e a decisão sobre a vigência de leis caberia somente ao Congresso.

Operação Resguardo combate crimes contra a mulher


No Dia Internacional da Mulher, suspeitos de ameaça, tentativa de feminicídio, lesão corporal, descumprimento de medida protetiva, estupro, importunação, entre outros crimes, são alvo da Operação Resguardo, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), deflagrada nacionalmente na manhã desta segunda-feira (8), com a atuação da Polícia Civil da Bahia na capital e no interior do estado.

Mais de 100 mandados de prisão deverão ser cumpridos por 270 Policiais dos Departamentos de Polícia Metropolitana (Depom), de Polícia do Interior (Depin), de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), de Inteligência Policial (DIP) e da Coordenação de Polícia Interestadual (Polinter), em bairros de Salvador, Região Metropolitana e no interior baiano.

A Operação Resguardo é a maior ação de combate a crimes de violência contra a mulher do Brasil.

Polícias civis estaduais prenderam 97 suspeitos de praticar crimes de violência contra mulheres nesta segunda-feira (8) – Dia Internacional da Mulher .

Segundo o ministério, a Operação Resguardo ocorre desde 1º de janeiro e, neste período, levou à prisão quase 8,3 mil pessoas.

Ilhéus: Mesmo com decisão judicial contrária, Banco do Brasil ameaça funcionários com remoções compulsórias


 

Agência do Banco do Brasil do Brasil, bairro do Malhado, Ilhéus. Foto Blog Agravo.

O clima é de pressão e apreensão nos funcionários das agências Gabriela, fechada recentemente, Malhado, e do PSO. O Banco do Brasil insiste em remover compulsoriamente os funcionários nos próximos 30 dias.

Segundo nota do Sindicato dos Bancários de Ilhéus, a instituição financeira vem tocando o terror com os trabalhadores, por meio de mensagens, comunicando removê-los ilegalmente para outros municípios.

Ainda segundo o Sindicato dos Bancários de Ilhéus, a categoria obteve no TRT Bahia sentença favorável para garantir os direitos dos trabalhadores, porém o BB ignorou a decisão judicial solenemente. Mais uma vez, o banco desrespeita seu quadro de funcionários e entende que está acima das leis vigentes no país.

Na remoção compulsória, o funcionário é transferido para outra cidade, independentemente de sua vontade ou decisão.

Cabo reformado do Exército é preso em Maraú


Foto divulgação.

 

Um cabo reformado do Exército, suspeito de homicídio, foi preso nesta quarta-feira (3), no povoado de Taipu de Fora, na Penísula de Maraú, no sul da Bahia. Várias armas foram apreendidas com o suspeito. A informação é da Polícia Civil de Maraú.

A polícia não detalhou sobre o homicídio, nem quando ocorreu.

De acordo com a polícia, a prisão foi em cumprimento a um pedido expedido pela Justiça de Jaguaquara, cidade do sudoeste baiano que fica a cerca de 200 km de Maraú. O cabo reformado foi encontrado no local de construção de uma propriedade, que segundo a polícia pertence ao suspeito de iniciais W.N.C.N, conhecido como Guerreiro.

Durante a prisão, foram apreendidas Armas de fogo, projéteis e armas de air soft. A Delegada Andréa Oliveira informou que cabo reformado do exército brasileiro é especialista em explosivos e armamentos.

Toffoli considera ilegal defesa da honra em casos de feminicídio


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli decidiu hoje (26) considerar inconstitucional a aplicação da tese de legítima defesa da honra em processos criminais envolvendo feminicídio. A decisão individual do ministro foi motivada por uma ação protocolada pelo PDT.  Na quinta-feira (5), o plenário da Corte vai decidir se referenda ou não a liminar de Toffoli. 

Pela decisão, a tese da legítima defesa da honra é inconstitucional, por contrariar os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana, da proteção à vida e da igualdade de gênero.

No entendimento de Toffoli, a defesa de acusados também não poderá sustentar a legítima defesa da honra nas fases processuais e no julgamento do tribunal do júri.

“Apesar da alcunha de legítima defesa, instituto técnico-jurídico amplamente amparado no direito brasileiro, a chamada legítima defesa da honra corresponde, na realidade, a recurso argumentativo/retórico odioso, desumano e cruel utilizado pelas defesas de acusados de feminicídio ou agressões contra mulher para imputar às vítimas a causa de suas próprias mortes ou lesões, contribuindo imensamente para a naturalização e a perpetuação da cultura de violência contra as mulheres no Brasil”, decidiu o ministro.

DH de Itabuna localiza adolescentes envolvidos em assassinato


Policiais da Delegacia de Homicídios (DH) de Itabuna identificaram, na terça-feira (23), dois adolescentes envolvidos na morte de Joab Tavares, ocorrida no último dia 20, no bairro Monte Cristo.

Um garoto de 16 anos foi apreendido e está à disposição do Ministério Público. Ele confessou o crime, ordenado por traficantes da região, pelo fato da vítima ter agredido a companheira.

O autor dos disparos que mataram Joab, um adolescente de 17 anos, foi localizado no bairro Monte Cristo, ferido por disparos de arma de fogo. Ele foi atendido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e socorrido para o Hospital de Base Luiz Eduardo Magalhães.

Processos viciados e até ilegais da Corregedoria do DPT”, denunciam sindicatos


Os presidentes dos sindicatos dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc) e dos Peritos Papiloscopistas da Bahia (Sindpep), Eustácio Lopes e Clarissa Gomes, respectivamente, denunciaram em mensagens enviadas ao site Informe Baiano na última segunda-feira (21/02), que há “processos viciados e até ilegais” da Corregedoria do Departamento de Polícia Técnica (DPT), o que vem causando revolta na corporação e uma série de processos judiciais contra um dirigente do DPT.

Integrantes da corporação afirmam só estão sendo investigados casos que seriam convenientes para um determinado grupo, “deixando situações gravíssimas” sem nenhuma apuração. A fonte do IB diz também que a atuação do órgão é “parcial” e “causou prejuízos a muitos peritos, em sua vida profissional e também particular, neste desiderato desenfreado de assediar pessoas através de processos disciplinares intermináveis”.

Sem citar nomes, Eustácio lembrou que o “Sindpoc inaugurou em 2019 uma campanha efetiva contra os assédios perpetrados dentro da Polícia Civil e muitos casos foram expostos e levados a cabo mostrando a verdadeira face do agressor”.

“Assim o Sindicato continua vigilante e ao lado do Perito Técnico para acabar de uma vez por todas com os processos viciados e até ilegais que já denunciamos para o MP por esta gestão da Corregedoria do Departamento de Polícia Técnica. Esse tipo de atuação não será mais tolerada pois será exposta e os erros serão corrigidos e com certeza sanadas injustas”, concluiu Estácio

Clarissa Gomes, do Sindpep, foi ainda mais dura e disse que ao longo de sua atuação, desde 2012 até hoje, a atual corregedoria demonstra “um comportamento sectarista”. Além disso, “desde o ano passado vem sofrendo representações que se tornaram recorrentes por conta de uma desaprovação na utilização da Corregedoria como instrumento de poder para fazer política interna na medida que não processa alguns servidores e escolhe outros para processar. E esta desaprovação é de todas as classes do Departamento de Polícia Técnica”, pontuou.

A policial acrescentou que a atual gestão faz parte do grupo liderado pelo ex-secretário: “único departamento em que nada mudou nem em primeiro, nem em segundo escalão foi o Departamento de Polícia Técnica”.

“Enfim.. Um poder sem precedentes… Que protege alguns (até de crimes cometidos) e que persegue os escolhidos e que só continua a se perpetuar dentro das paredes internas do DPT”, disparou Clarissa Gomes.

O espaço está aberto para eventual manifestação da Corregedoria do Departamento de Polícia Técnica da Bahia.

Matéria do site Informe Baiano.

Bahia: Operação Mão Dupla cumpre mandados no Detran e em empresas


A Coordenação Especializada de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil da Bahia realiza, nesta quarta-feira (24), a Operação Mão Dupla, que cumpre mandados de busca e apreensão em empresas privadas, em duas fundações de direito privado e no Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA). Cerca de 70 policiais participam da ação.

A operação é consequência de um inquérito que apura fraudes entre o Detran – por meio da Escola Pública de Trânsito – e uma fundação de direito privado de Salvador. De acordo com a investigação, ilegalidades no processo licitatório e na execução do contrato geraram um prejuízo aos cofres públicos de aproximadamente R$ 19 milhões.

A apuração da Polícia Civil revelou também a participação de ex-dirigentes do Detran-BA e de outros agentes públicos ligados ao órgão. Há ainda indícios de lavagem de dinheiro.