Futebol é uma caixinha de surpresas


Por Gustavo  Kruschewsky

 Gustavo-Kruschewsky-OAB“O futebol é uma caixinha de surpresas”. Este jargão foi criado pelo comentarista Benjamim Wright, pai do conhecido árbitro José Roberto Wright. O escritor Flávio Carneiro, autor do livro intitulado “Passe de letra – futebol e literatura, alude às citadas expressões”. Uma resenha deste livro conclui que: “Se o futebol é uma caixinha de surpresas, o mesmo pode ser dito da literatura. Afinal, quando o autor envolve seu leitor, é como se fizesse um passe bem feito, cruzasse o campo e finalizasse em gol, correndo para o abraço da torcida. E não poderia ser chamado de poesia pura o que jogadores como Garrincha faziam em campo, encantando multidões com magia e simplicidade? Para o escritor e torcedor Flávio Carneiro, essas duas paixões – a bola e as letras – têm mais em comum do que se imagina”.

Tanto na leitura de um romance quanto assistindo a um jogo de futebol, a imaginação do leitor ou do torcedor fica adstrita ao que poderá acontecer no final. É preciso entender que ambas as habilidades – literatura e futebol – são frutos da arte, no sentido da capacidade que tem o ser humano – escritor ou atleta – de por em prática uma ideia, com a cabeça, com os pés ou usando a mão – escrevendo – valendo-se da faculdade de dominar a matéria. Às vezes nem os próprios atores – escritor e atleta – sabem ao certo como será o final da sua obra.

Por falar em arte, o esquema tático de certas equipes – mormente no Brasil – não deve prescindir de inserir o goleiro na sua formação! Esquema tático é a forma de um treinador escalar sua equipe dentro de campo. Alguns esquemas táticos conhecidos são: 4-3-3; 4-4-2; 5-41; 1-1-8; 1-2-7; 2-2-6; 2-3-5 ou pirâmide, 3-3-1, etc. A FIFA reconhece apenas 1-1-8; WM; 4-2-4; 4-3-3; 4-4-2; 3-5-2. Somando-se dão apenas dez jogadores. Uma equipe de futebol em campo tem onze jogadores, incluído o goleiro que pode fazer parte efetivamente do esquema tático considerando que às vezes, além de fazer milagres debaixo dos três paus que é a sua função histórica, bate falta taticamente e chuta pênalti que pode ser convertido em gol e decide a partida, troca passes, repõe a bola em jogo e alivia o sufoco dos seus companheiros de campo que vez por outra atrasam a bola em direção à sua própria meta, pelo fato de serem pressionados pelos jogadores adversários. Nas equipes que têm goleiros dotados também de mais esses predicados “artísticos”, os esquemas táticos deveriam ser assim: 5/3/3; 5/4/2; 6/4/1, etc.

(mais…)

Breves considerações sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal


Por  Gustavo Kruschewsky[email protected] 

Gustavo-Kruschewsky-OABTêm-se notícias, através de meios de comunicação da cidade de Ilhéus, da afirmação do atual prefeito que: “para adequar-se à Lei de Responsabilidade Fiscal, o município poderá demitir “centenas de servidores” caso o sindicato e o governo não entrem em acordo”. Nessa toada, ainda não foram feitas as reposições dos salários – dos anos de 2013 e 2014 – dos servidores do município de Ilhéus que é um direito líquido e certo.

Vale dizer que na cronologia articular da Lei de responsabilidade Fiscal, verifica-se que existe a preocupação constante do legislador no sentido de que os órgãos ou entes da Federação – tanto no âmbito municipal, estadual ou federal – não majorem os gastos com o pessoal, ultrapassando os limites pré-estabelecidos pela referida Lei. Não é demais afirmar que até para criação de um secretariado municipal e cargos de direção, é preciso não exagerar na quantidade de pastas e cargos desnecessários e proceder a reajustes ou “adequações” indevidas na remuneração destes auxiliares que possibilitem majorar a despesa total com pessoal infringindo a Lei de responsabilidade Fiscal.

(mais…)

Não culpem o futebol!


Artigo de Éder Ferrari – http://ederferrari.wordpress.com

ederPara um apaixonado por futebol, esse um mês a cada quatro anos é algo absolutamente especial. Confesso que conto os dias e esqueço o resto do mundo. Desde 1994 que assisto a absolutamente todos os jogos. Até aqueles que perdi por algum motivo de força muito maior ou por serem no mesmo horário – os dois últimos jogos de casa grupo ocorrem ao mesmo tempo – vejo o compacto depois. É uma tradição minha, uma religião. Viro meio vagabundo mesmo nesse período. Jogo estudo e trabalho pra cima sem pensar duas vezes! Ainda bem que nunca tive problemas com isso.

Não vou me aprofundar em questões políticas. Pessoas têm visões meio distorcidas do que está acontecendo e por isso se torna perigoso. Aprendi a trabalhar com provas e, por isso, não serei leviano de acusar essa ou aquela obra de superfaturamento. Não tenho condições de buscar os dados reais, correr atrás de fontes e do embasamento exigido. Sugiro que procurem matérias na Folha e na revista Placar de maio. Elas apontam bem os números e a realidade dos gastos com relação a outras pastas, como saúde e educação.

(mais…)

Que país é esse ?


Por Jamesson Araújo

zoom-ficha-branca-84Essa é uma pergunta que várias gerações fizeram, por intermédio, de uma canção das maiores bandas brasileiras, Legião Urbana. Mesmo feita em 1978, a música nunca deixou de ser atual.

O que se vê nas ruas hoje, ou seja, protestos e indignação popular, são reflexos da qualidade dos serviços públicos oferecidos ao povo. Faltam saúde e educação, mas sobram recursos, que são alvos de políticos inescrupulosos, e que, sedentos, roubam desde que o dinheiro é liberado lá na fonte, até quando chegam aos municípios.

O que sobra para a população? Apenas migalhas!

No ano passado o Brasil acordou. Manifestações assustaram o sistema político corrupto brasileiro, e logo foram aprovados leis, e ouviram-se promessas de que os serviços públicos seriam melhorados. Mais uma vez o Brasil caiu na lábia da bandidagem e adormeceu novamente. Os protestos direcionados à realização da copa são válidos, mas mesmo que não houvesse copa, continuaríamos tendo péssimos serviços públicos, e a corrupção continuaria convencionada e impune.

A corrupção no Brasil é endêmica! Somos roubados diariamente, mensalmente e anualmente, em valores astronômicos, principalmente devido à máquina administrativa dos poderes públicos, que viraram cabides de empregos, para pessoas que ganham salários astronômicos sem muito esforço. Basta abrir o Google e realizar simples pesquisa, que é possível constatar que a maioria desses cargos, só servem para moeda de troca em trambiques, e usados para planejamentos de como tirar e desviar o máximo possível de recursos públicos.

O problema tem que começar a ser resolvido dentro de casa, dentro do governo. Enxugar a máquina, através de uma grande reforma administrativa.

Para se ter uma ideia, em 2012, sob a tutela da presidente Dilma Rousseff, o governo brasileiro gastou com folha de pessoal e encargos sociais, acima de R$ 203 bilhões. Isso tudo, além de contar com mais funcionários em cargos de confiança na administração direta, autarquias e fundações do Poder Executivo federal.O número de contratados bateu recorde, e chegou a 22.417, o maior desde 1997.

O jornalista Cláudio Humberto, trouxe dados interessantes em seu portal, comparando o Palácio do Planalto à Casa Branca.

O Palácio do Planalto emprega atualmente 4,6 mil funcionários, exatamente dez vezes mais que os 460 servidores da Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos, que administra o maior orçamento do mundo (US$ 11 trilhões). Se contar os funcionários da vice-presidência e das secretarias, todos na conta da presidência da República, o número de servidores do planalto sobe para 8.861. Milhares de cargos foram criados no planalto para serem distribuídos, sem concurso, à dirigentes, militantes do PT, e a seus apadrinhados. É tanta gente sem ter o que fazer, nem mesa para ocupar, que são obrigadosa se revezar em sofás e cadeiras destinadas aos visitantes.

O inchaço da folha tem tudo a ver com a corrupção. Troca de cargos por apoio político é coisa normalíssima no Brasil, e, favores que ferem a conduta da honestidade, são feitos sem nenhuma vergonha.

Depois das manifestações do ano passado, a corrupção foi classificada como crime hediondo. Mas a eficácia é nula para a aplicação da lei, devido a um sistema judicial comprometido com a impunidade, onde sabemos que só vão presos, pobre, negro e ladrão de galinha.

Os problemas são muitos e as soluções são poucas. O maior inimigo do Brasil é a corrupção, enquanto não se pensar assim, nunca teremos saúde, educação e mobilidade urbana padrão Fifa.

Que país é esse? O país da corrupção !

Vídeo :

Jamesson Araújo é editor do Blog Agravo.

Donativo da prescrição


Por Gustavo  Kruschewsky

gustavo-kEntenda um pouco, na seara PENAL, o benefício que se tem notadamente alguns “políticos” e figurões, em que se afasta o estudo pormenorizado por parte de tribunais de uma “acusação criminal”, restando por força de Lei o donativo da vantagem estabelecida pelo instituto da PRESCRIÇÃO penal. 

O Art. 109 – do Código Penal Brasileiro – assim prevê: A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1º do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime.
I – em 20 (vinte) anos, se o máximo da pena é superior a 12 (doze) anos; II – em 16 (dezesseis) anos, se o máximo da pena é superior a 8 (oito) anos e não excede a 12 (doze); III – em 12 (doze) anos , se o máximo da pena é superior a 4 (quatro) anos e não excede a 8 (oito); IV – em 8 (oito) aos, se o máximo da pena é superior a 2 (dois) anos e não excede a 4 (quatro); V – em 4 (quatro) anos, se o máximo da pena é igual a 1 (um) ano ou, sendo superior, não excede a 2 (dois); VI – em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. 

Recentemente o prefeito atual de Ilhéus se livrou mais uma vez de ser julgado criminalmente conforme assentou o próprio Desembargador Pedro Augusto Costa Guerra na sua decisão com os termos que se seguem: “o lapso temporal de oito anos inviabilizou a análise da acusação criminal”. Situação típica que se enquadra no inciso IV do art. 109 da Lei supracitada. Portanto, se fosse julgado e condenado no tribunal – 2.º grau do judiciário – ainda caberia recurso, mas perderia o mandato de prefeito e ficaria inelegível durantes alguns anos por força da Lei da Ficha Limpa.

Não é mais crível que se deixe ocorrer o “lapso temporal” e o processo criminal seja prescrito e não haja o efetivo julgamento! O Ministério Público tem de ficar atento e cobrar o julgamento pelo judiciário com rapidez! A própria OAB, na qualidade legal de Instituição defensora da cidadania, através de diligências de comissões formadas, não deve se descurar de cobrar dos órgãos competentes o julgamento dos processos judiciais em tempo hábil, mormente quando se tratar de processo que “agente político” é réu. Ora, o patrimônio público está em jogo! O povo precisa de uma resposta urgente do judiciário. Nessa toada, é prudente lembrar por fim que – na Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa a exemplo de sucessão “mortis causa” – o sucessor daquele “agente político” “que causou lesão ao patrimônio público ou se enriqueceu ilicitamente está sujeito às cominações dessa lei até o limite do valor da herança, devendo o feito prosseguir com a inclusão dos herdeiros no polo passivo da demanda”. Portanto, a morte do réu não leva a implicar a perda do objeto da ação, à luz do art. 8.º da Lei que regulamenta a Ação de Improbidade Administrativa. 

Gustavo Cezar do Amaral Kruschewsky é Professor e Advogado.

Órfãos, mais uma vez !


Por Walmir Rosário

WALMIR ROSÁRIO FOTO WALDYR GOMESO anúncio da aposentadoria do atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, pega os brasileiros de surpresa e nos deixa com o sentimento de orfandade. Nunca no país a justiça foi levada tão a sério e despertou a atenção da maioria da população.

Com o julgamento do processo conhecido como o Mensalão, que levou à cadeia figurões do alto escalão da República, o STF, um tribunal constitucional, ficou conhecido do povo. Em qualquer esquina do país os nomes dos ministros do STF estavam na ponta da língua da população.

Esse repentino interesse do povo pela mais alta Corte brasileira tinha nome e sobrenome: Joaquim Barbosa. E essa figura se tornou notória por incorporar a vontade de cada um de nós em fazer com que prevalecesse a Justiça com J maiúsculo, a que decide conforme a lei, sem a interferência das famosas carteiradas do tipo “sabe com quem está falando?”.

A cada sessão de julgamento, apostas eram feitas sobre cada voto dos ministros, se contra a favor dos acusados. Nunca na história deste país nomes estrangeiros de alguns ministros eram pronunciados de pronto nas discussões em mesa de bar e até as máscaras de carnaval mais vendidas eram a do ministro Joaquim Barbosa.

Com a saída de Joaquim Barbosa do STF ficaremos na dúvida se aquela corte aprendeu os ensinamentos deixados por ele de que os julgamentos não devem ser políticos e sim jurídicos. Era assim que ele agia honrado sua toga.

Afinal, como dizia o grande sábio nosso conterrâneo Ruy Barbosa “A injustiça desanima o trabalho, a honestidade, o bem; semeia no coração das gerações que vem nascendo a semente da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte, promove a desonestidade, promove a venalidade”.

E concluiu esse discurso afirmando: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”

Daqui pra frente, com certeza, nossos juízes pensarão duas vezes a proferir uma sentença utilizando não apenas a lei, mas as filigranas contidas para a concessão de privilégios aos poderosos. Especulam que Joaquim Barbosa se despede do Judiciário para ingressar na carreira política, o que seria muito bom para a moralização da política brasileira.

*Torcendo para que todos tenham aprendido a lição

Por mais respeito aos cidadãos ilheenses: Jabes, não somos sardinhas!


Por  Sebastião Neto

Sebastião Neto
Sebastião Neto

O transporte coletivo de nossa cidade nada mais é do que uma forma perversa de garantir vultosos lucros aos donos da São Miguel e da Viametro, cobrando caro e submetendo os passageiros a um sofrimento contínuo. É um exemplo claro das relações – nocivas à sociedade – mantidas entre representantes do poder “público” e determinados setores do empresariado. Somente através da ação conscientemente articulada e planejada dos cidadãos seremos capazes de nos contrapor à ganância desses “tubarões” na defesa de um transporte público de qualidade e com preço justo.

Assim como a saúde e a educação, o transporte coletivo precisa ser entendido como um direito social que deve ser garantido pelo Estado, e não como uma mercadoria qualquer sujeita à logica do mercado. Desse modo, o estabelecimento do valor da tarifa deve levar em consideração a realidade social e econômica da cidade. Em uma cidade como a nossa – com uma economia “capenga”, com alto índice de desemprego e onde a maior parte da população sobrevive com uma renda inferior a um salário mínimo – o valor da tarifa atualmente em vigor (R$ 2,40) configura-se como uma verdadeira barreira ao exercício do direito de ir e vir, tendo reflexos negativos também no comércio, pois, afora o vale transporte que deve ser pago pelos comerciantes, reduz significativamente o poder de compra dos indivíduos.

Indo para Uesc outro dia, conheci a dona Arlete, moradora do Banco da Vitória. E do alto dos seus 71 anos de idade, lá ia ela em pé, sacolejando espremida entre outras pessoas naquela tarde de “sol em fúria”. Dei meu lugar a ela e fomos conversando. Ela me contou parte de sua história de vida: pariu e criou 15 filhos com muita dificuldade. Como a dona Arlete, vários idosos – homens e mulheres – penam diariamente nessas “latas de sardinhas”, há também mulheres grávidas ou com crianças de colo arriscando suas vidas. O tempo que leva para que determinados ônibus passem em certos locais é tão grande que muita gente prefere ir andando, correndo até o risco de ser vítima de um assalto, já que a falta de segurança é outro problema que nos assola.

Mas como os representantes do poder “público” não utilizam o transporte coletivo, e como frequentemente têm suas caríssimas campanhas eleitorais oportunamente financiadas também pelos “barões” das empresas de ônibus, seguem indiferentes ao nosso sofrimento. É por isso que as empresas “São Migué” e “Viamerda” oferecem esse serviço de péssima qualidade e com esse preço absurdo. E para piorar essa revoltante situação, na semana passada, o prefeito Jabes Ribeiro cometeu o disparate de anunciar o aumento da tarifa do transporte para R$ 2,60. Não podemos de forma alguma aceitar mais esse ataque, esses empresários e políticos cínicos estão gozando da nossa desgraça. Devemos responder de forma enérgica nos mobilizando e exigindo redução imediata do valor da tarifa em vigor e melhorias na qualidade do serviço.

Sebastião Neto – Estudante de Licenciatura da UESC, do Coletivo Retomada da Universidade Estadual de Santa Cruz e da Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre (Anel).

Polo de Informática pode perder empresas e a cidade de Ilhéus perder impostos e empregos


 Por Jamesson Araújo/ Blog Agravo

Polo de informática sofre com abandono do governo da Bahia e por parte da prefeitura municipal de Ilhéus.
Polo de informática sofre com abandono do governo da Bahia e por parte da prefeitura municipal de Ilhéus.

Há duas décadas, o polo de informática de Ilhéus era inaugurado pelo ex-governador Paulo Souto, com 74 empresas ativas, responsável por 20 % de toda fabricação em computadores do Brasil, chegando a faturar mais de 2,2 bilhões de reais anuais, gerando 2.500 empregos diretos. Hoje a realidade é completamente diferente!

Durante anos, a falta de atenção dos governos da Bahia e do município de Ilhéus, vem prejudicando e impedindo que o polo atraia novos investimentos privados. Vias esburacadas, falta de segurança, de iluminação, de limpeza e o principal, falta de terraplanagem, que permita a realização de obras e construção de novos empreendimentos, em um polo esquecido pelos governantes.

No presente ano, as empresas de informática ainda conseguem gerar mais de 1.247 empregos diretos e jogam nos cofres do município de Ilhéus mais de dois milhões de reais em impostos. Mas faturamento anual caiu pela metade, um bilhão e duzentos mil reais.

O governo do estado da Bahia até admite que a responsabilidade sobre o Polo seja dele, mas alega não ter recursos para atender as principais reivindicações do empresariado. Em 2010, a Sudic – Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial chegou a anunciar investimentos na ordem de R$ 1.901.682,86 para recuperação e manutenção do Distrito Industrial de Ilhéus, mas como a maioria dos investimentos anunciado pelo governo da Bahia (PT), ficaram apenas na publicidade institucional.

A Secretaria Estadual de Indústria, Comércio e Mineração, informou em agosto de 2013, que teria aberto um processo de licitação, na modalidade concorrência pública, com o objetivo de contratar uma empresa de engenharia para a execução de obras e serviços em manutenção, iluminação, limpeza e recuperação das vias do Distrito Industrial de Ilhéus.  Hoje, 12/05/2014, nada aconteceu !

Recentemente um empresário do polo fez um pedido ao prefeito, Jabes Ribeiro  para intervir que uma pequena parte do asfalto que o governador prometeu a Ilhéus fosse aplicado no polo de informática. O prefeito foi direto: Não posso isto é obra realizada pelo estado.

Será que a geração de uma receita tão alta para o estado e o município, não merecem esforços diretos?

Será que empresas que geram grande parte da mão de obra do município, não merece reivindicação de melhorias por parte do município?

Os empresários salientam que a única que vem brigando pelo Polo é a deputada estadual Ângela Sousa, que vem lutando junto à secretaria de Indústria e Comercio da Bahia, por melhorias no polo. Infelizmente, como todos sabem o governo da Bahia é inoperante e segundo informações, outros polos da Bahia, fora o de Camaçari, estão à duras penas, em situação vexatória.

Segundo o Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos, Computadores, Informática e Similares de Ilhéus e Itabuna – SINEC, a falta de equipamentos  contribuem diretamente com a falta de desenvolvimento do polo. Uma delas foi à saída dos aviões aeronaves Airbus A320 do aeroporto Jorge Amado, que tem maior capacidade de passageiros e também de carga, hoje operam em Ilhéus os Airbus A319, que tem a prioridade em bagagem dos passageiros, deixando as cargas em segundo plano. Com isso os empresários reclamaram, por entender que houve queda no fluxo de cargas, principalmente para o Pólo de Informática de Ilhéus.

O Tão prometido Terminal alfandegário no aeroporto Jorge Amado, anunciado em 2004, como a maioria dos projetos do governo federal para região cacaueira, acabou ficando apenas na teoria e nas publicidades institucionais do governo da Bahia. A implantação do terminal, que também envolve a Receita Federal, criaria facilidades não só com a redução das barreiras burocráticas, como também através do aumento da competitividade das empresas que operam na fabricação de computadores e eletroeletrônicos, as quais teriam custo menor com frete, uma vez que hoje os produtos e equipamentos importados são retirados em Salvador e depois transportados para Ilhéus.

O terminal permitirá maior agilidade e menores custos, atendendo a reivindicação das empresas que operam num mercado competitivo e trabalham pelo sistema jus-in-time, ou seja, disponibilizando produtos e serviços em função do ritmo de reposição de estoques, reduzindo assim os custos operacionais. Além disso, proporcionaria aumento de arrecadação do município.

É lamentável como o governo municipal não enxerga no polo de informática, como uma saída para gerar mais empregos diretos e indiretos, assim amenizando a crise social que abala a cidade.  Quantos desempregados temos hoje na cidade?

Outra questão subjetiva é o papel da Sudic – Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial, que não tem orçamento e não tem dado a prioridade para aqueles empresários, que chegam ao município com pressa de investir imediatamente. As informações chegadas é que existem doações de terrenos a empresários que não constroem, apenas usufruem da propriedade para empréstimo bancários ou vendas.

Assim caminha o polo de informática de Ilhéus, um dos primeiros do Brasil, que hoje acaba de ficar para trás. Um dos maiores vetores de geração de emprego e renda para Ilhéus e para a Bahia, o polo de informática pode perder empresas e consequentemente empregos, já que o estado de Santa Catarina vem fazendo propostas viáveis de infraestrutura e financeiras para que as fábricas mudem para lá.

Pelo direito de parir, pelo direito de ser jovem mãe!


Por Marcolino Reis

marcolinoEm uma sociedade onde somos obrigados a nos dissipar de nossos pares para sobreviver, acertadamente é ótimo existir uma data onde retornamos ao seio familiar, à origem materna, para renovadamente convivermos e manifestarmos o amor pela figura da mãe.

Embora em distintos dias comemorativos, aproximam-se da totalidade os países que incluem em seus calendários o Dia das Mães, além do mais, nos é percebido que o dia das mães é considerado pelo mercado (sem perder para o natal) a festa mais importante do ano no Brasil e não temos dúvidas que o termômetro desse mérito dar-se pela intensidade de vendas nesses dias.

Em contexto brasileiro, onde hoje encontramos um quadro de mais de 50 milhões de jovens, representando cerca de um quarto da totalidade da população, é assíduo a maternidade de mães jovens e adolescentes, onde em nossas periferias em recorrentes casos, além de incumbir-se da responsabilidade de criar e educar seus filhos governando a jovem família em muitos casos com a presença masculina só de passeio, também sua origem socioeconômica influencia a baixíssima freqüência à escola e universidade.

Conforme pesquisas do IBGE (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD) o acesso à educação torna-se bastante inferior em comparação com jovens e adolescentes sem filhos, muitas das vezes ocasionando o abandono dos estudos.

Embora vítimas do padrão cultural machista de nosso país, inúmeras destas mães jovens e adolescentes durante os demais dias do ano continuarão com suas jornadas duplas de vida doméstica e profissional assim mesmo jornadas triplas de donas de casa, trabalhadoras e estudantes do ensino básico ou universitário numa sociedade ainda presa aos valores conservadores e à educação das mulheres para a submissão então se tornando oportuna a comemoração do Dia das Mães intencionando uma reflexão com maior sagacidade sobre as condições atuais de vida das mães jovens e adolescentes brasileiras.

(mais…)

PT versus Dilma


Artigo de Ruy Fabiano / Blog do Noblat

O PT se sente vítima da presidente Dilma Rousseff – e vice versa. E não há como negar: ambos estão certos. O partido não se sente representado pela presidente, que, egressa do PDT brizolista, não é – jamais foi – uma correligionária genuína. Além disso, foi posta onde está sem jamais ter exercido qualquer cargo eletivo.

Sua vivência em política era tão grande quanto a do ministro Antônio Dias Toffoli na magistratura. E ambos começaram do alto, sob o mesmo patrocínio: Dilma na Presidência, Toffoli no STF.

Lula empurrou-a goela abaixo do partido, furando uma fila de pretendentes, bem mais identificados com as práticas e projetos da sigla. Se fosse uma petista autêntica e vivida, jamais admitiria ter falhado em relação à usina de Pasadena.

Como disse Lula, ao agir por conta própria, dizendo – vejam só – a verdade, Dilma “deu um tiro no pé”. E esse tiro resultou na CPI da Petrobras, que pode jogar no lixo o sonho de continuidade do partido no poder. O PT não a perdoará jamais.

Dilma, por sua vez, paga o ônus pela conduta de correligionários que hoje comparecem mais ao noticiário policial que ao político. Sua candidatura em 2010 pegou carona na popularidade de Lula, que então deixava o governo em ambiente de bonança.

A bonança, no entanto, era aparente. Não estava lastreada em dados sólidos; apenas encobria uma herança maldita, que hoje se expressa por meio do desmantelamento da economia. O Plano Real, que o PT combateu, acabou destruído por ele.

A inflação está de volta, o poder de compra dos salários está corroído, a imagem do Brasil piorou consideravelmente, as instituições políticas conseguiram a façanha de piorar ainda mais sua credibilidade perante o público, as contas públicas estão no bagaço. Até mesmo um evento como a Copa do Mundo, que, em circunstâncias normais, seria fator de euforia no país do futebol, é hoje fator de inquietação política.

(mais…)