Traços da vida de Karl Marx e do “comunismo”.


Por Gustavo  Kruschewsky – [email protected]

Gustavo (2)Conta-se que muitos ateus que aderiram ao comunismo não sabem que Karl Marx , seu idealizador, que criou as bases da doutrina comunista com ideias “que buscaram promover uma distribuição de renda justa e equilibrada”, foi cristão na sua juventude. Logo, acreditava na existência Divina. Tempos depois, revoltado com o sistema capitalista e abandonando a fé Cristã, juntou-se a Engels e Proudhon, tornando-se um socialista comunista convicto. Depois, essa “ideologia comunista” se desdobrou em outras correntes similares. Salta aos olhos que o PCdoB – Partido Comunista do Brasil – que passou por tantas reformulações “ideológicas” de várias correntes comunistas na sua história, na prática não mais se queda ao marxismo! Hoje, apoia a ideia – que antes pintava o sete e era contrário – ao projeto de um capitalismo especulativo e explorativo sempre em desenvolvimento fazendo parte do “governo” abastado do PT – Partido dos Trabalhadores. O ideal no Brasil é que o trabalhador ganhe o que na verdade produz resguardado pelo advento de um capitalismo cooperativo, participativo e distributivo sem explorar o trabalhador, onde alguns países, a exemplos dos Estados Unidos e do Japão, até hoje se dão bem.

 Marx, naquele tempo, disse em algum dos seus discursos que “tinha a forma para acabar com a fome”. Como cediço Marx era, na sua juventude, seguidor do Cristianismo! Ele mesmo dissera que “Cristo habitava o seu coração”. Porém, depois de algum tempo acontecera o reverso, Marx passou a odiar Deus e – de forma inglória – querer enfrentá-lo. Num poema, Karl Marx escreveu: “assim, o Céu eu perdi, e sei disso muito bem. Minha alma, que já foi fiel a Deus, está escolhida para o Inferno. Nada, senão a vingança restou para mim. Eu desejo me vingar contra Aquele que governa lá em cima.”  (Karl Marx 1818-1883). Ainda disse: “ Anseio vingar-me d’Aquele que dita as regras do alto”.Portanto, com essa transformação cerebral, parece que possuído pela prática de cultos satânicos, Marx chegou até a amaldiçoar as pessoas ricas daquela época. Será que foi realmente neste momento que surgiu a origem do verdadeiro marxismo? Acredita-se que sim.

A partir daí, Marx começou a sua crítica ferrenha à sociedade capitalista daquela época e movimentou-se ao enfrentamento a Deus. O socialismo – etapa para alcançar o comunismo – para Marx ficou em plano inferior, o mais importante era detonar as religiões, queria amaldiçoar Deus por sentir que Ele foi “a causa”, quem sabe, da sua derrocada de vida, que virou a sua cabeça e causou sofrimento na sua alma.

Por outro lado, apesar de se ter notícias da existência – no início do Cristianismo – de “uma teoria teológica e política baseada na visão de que os ensinamentos de Jesus Cristo compelem os cristãos a apoiar o comunismo como o sistema social ideal”, têm-se notícias que os ensinamentos da Igreja Católica, por exemplo, sempre foram contrários a qualquer manifestação comunista, entendendo que essa ideologia política contrapõe no seu desdobramento com o conjunto de princípios que servem de base ao sistema religioso da Igreja Católica, naturalmente pelo fato do ódio desenfreado de Marx contra Deus. A verdade é que se vive, quase que no mundo inteiro, momentos de selvageria e de muita hostilidade em que as pessoas mais fracas e oprimidas são as que mais vivem marginalizadas, sobretudo porque muitas instituições de Estado não estão nem aí para nenhum “ativismo ideológico”. Fazem o que interessa para benefício de si e dos seus grupos “políticos”. Mas, um aspecto importante implica no comunismo idealizado por Marx – mesmo ele já em “conflito” com Deus – a busca da justiça, da igualdade e liberdade para a classe trabalhadora! Portanto, felizmente a sua essência Cristã nunca morrera.

“Mas, que jorre a equidade como uma fonte e a justiça como torrente que não seca” (Amós 5:24)”.

Gustavo Cezar do Amaral Kruschewsky é advogado e professor

Ontem foi domingo e me droguei muito


 Por – Juiz de Direito

Geri_canabisOntem foi domingo e me droguei muito. Comecei por volta das 13h e só fui parar depois das 22h. Éramos uns poucos amigos e amigas, casais amigos, e quase todos se drogaram também. Uns mais e outros menos. Petiscamos durante o dia e só no final da festa é que resolvemos comer algo mais consistente. Sorrimos muito e também tivemos momentos de conversa séria. Eu, por exemplo, quando me drogo, tenho momentos de euforia e de silêncio. Passo horas ouvindo as pessoas e outras horas com o olhar perdido. Depois, peço desculpas e retorno à euforia e boas risadas.

Um desses meus amigos gosta muito de misturar e reclama que não está sentindo nada, embora todos os demais percebam seu visível estado de euforia. Outro amigo tem sempre um copo de água ao lado, mas poucas vezes bebe a água. Outro tem o ciclo bem rápido e em poucas horas passa da sobriedade para a euforia, silêncio e sono; depois, quando os demais ainda estão na fase da euforia, ele já está completamente recuperado e começa do zero. Outro não come nada e justifica que se comer não consegue continuar se drogando e sente muito sono. Outro, ao contrário, tem sempre um prato de petiscos ao lado e justifica que não consegue se drogar sem comer. Outro, talvez só eu saiba disso, provoca vômito cada vez que vai ao sanitário para continuar se drogando e parecer sóbrio.

Drogas são drogas e ponto final. Todas elas alteram nossa percepção sensorial e, em consequência, a forma de ver o mundo. Esta relação das drogas com cada pessoa é única. Drogas é uma coisa e o efeito delas é algo absolutamente pessoal. Busca-se, portanto, algo entre a pessoa e a droga. Este algo é único e individual e reflete exatamente a história da pessoa com os efeitos da droga. Então, como cada um tem sua própria história, a relação dessa história com a droga também será uma história própria. Por causa disso, uns usam drogas apenas uma vez e não gostam, outros conseguem usar por muitos anos e não se tornam dependentes e outros não conseguem mais parar de usar depois da primeira experiência, tornando-se um usuário dependente.

Independentemente do caráter de legal ou ilegal, lícita ou ilícita, todas as drogas são drogas e estabelecem as mesmas relações com o usuário, pois não sabem se são permitidas ou não. Assim, o uso do tabaco pode causar um profundo bem estar ao fumante, embora possa causar inúmeros tipos de câncer. Da mesma forma, o álcool pode oferecer alegria e euforia e, ao mesmo tempo, causar uma infinidade de problemas à saúde de quem ingere álcool. Adentrando às drogas consideradas ilícitas, a cocaína pode causar sensação de autoconfiança e poder, mas pode também comprometer a saúde de quem cheira ou injeta. Também a maconha pode relaxar e proporcionar viagens leves e lentas, mas também pode causar mal à saúde de quem fuma. O ponto comum é que todas as drogas podem causar a dependência e se tornar um problema para o usuário, seus familiares e comunidade. No fim, o problema a ser enfrentado e discutido é por que alguns usuários se tornam dependentes e problemáticos e outros não. Sendo assim, como jamais conseguiremos acabar com as substâncias que alteram nossa percepção sensorial, interessa muito mais entender a mente humana, as tragédias pessoais e a desigualdade social do que proibir e criminalizar as drogas.

Pensando assim, fico a me perguntar, qual o fundamento jurídico, legal, histórico, filosófico, moral, religioso ou de qualquer outra natureza para considerar marginais e bandidos pessoas que usam algum tipo de droga? E mais, também me pergunto, por que as drogas fabricadas pela indústria capitalista, a exemplo do tabaco, álcool, ansiolíticos e antidepressivos, são consideradas lícitas e, inexplicavelmente, as drogas que não passam pela indústria capitalista são consideradas ilícitas, a exemplo da maconha e cocaína? Será, por fim, que o detalhe em comum seja exatamente este: a indústria capitalista?

Voltando ao começo, ontem fiz um churrasquinho em casa e convidei os amigos para matar a saudade, jogar conversa fora, comentar os jogos da Copa no Brasil e as consequências na campanha política, lembrar das aventuras passadas, dos tempos difíceis, empanturrar de carnes e, principalmente, tomar muitas cervejas. Abasteci o freezer com algumas caixas de cerveja, preparei costelinhas de porco e carneiro com toque final de alecrim; coração de frango, coxinhas da asa de frango, costela de boi ao forno com papel alumínio, calabresa mista apimentada (uma delícia!) e, como não poderia deixar de ser, saborosas picanhas com dois dedinhos de gordura. Na manhã seguinte, como sou de carne e osso, tinha as mãos trêmulas, boca seca, dificuldade de raciocinar e uma sede insaciável, ou seja, estava de ressaca.

Sei, por fim, que no mesmo domingo milhões de pessoas fizeram a mesma coisa e outros milhões usaram drogas consideradas ilícitas.  Muitos, como eu, trabalharam normalmente no dia seguinte e outros, não tenho dúvidas, por conta exatamente de sua relação com as drogas, continuaram usando abusivamente e causando problemas à sua família e comunidade.

No mais, é muito provável que muitos policiais militares, que poderiam estar presentes em algum churrasco e provavelmente também de ressaca, resultado das cervejinhas do domingo, irão prender em flagrante jovens pobres, negros, periféricos e excluídos com pequenas porções de maconha ou crack, conduzindo-os a algum delegado, também de ressaca, que irá indiciá-lo, mais pela cor da pele e condição social, como traficante de drogas.  Em seguida, algum representante do Ministério Público, também participante do churrasquinho do domingo, irá representar pela prisão preventiva com fundamento puro e simples na “garantia da ordem pública” e, por fim, seu destino será escrito indelevelmente como acusado por tráfico de drogas quando as mãos trêmulas e boca sedenta de algum juiz de direito lhe decretar a prisão preventiva e lhe esquecer na prisão.

Domingo que vem tem mais churrasco com os amigos, muita cerveja e ressaca na segunda-feira, mas também terá muita galera fumando maconha, cheirando cocaína e fumando pedras de crack. A diferença é que uns, por conta da droga usada, cor da pele e condição social, serão presos e condenados e outros, enquanto cidadãos respeitáveis, tomarão um engov ou epocler e assinarão mandados de prisão.

* Gerivaldo Neiva é Juiz de Direito (Ba), membro da Associação Juízes para a Democracia (AJD), membro da Comissão de Direitos Humanos da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e Porta-Voz no Brasil do movimento Law Enforcement Against Prohibition (Leap-Brasil)

Artigo retirado do Blog de Gerivaldo Neiva

Multa de trânsito eletrônica – uma visão normativa


Por Gustavo Kruschewsky

E-mail : [email protected]

Gustavo (2)Os acidentes de trânsito no Brasil estão cada vez mais aumentando. Várias são as razões, desde muitos veículos trafegando nas vias públicas acrescidas a insensatez e agressividade de alguns motoristas de carros, motos, caminhões e ônibus – até bicicletas – que não respeitam as regras impostas pelo Código de Trânsito Brasileiro e as normas impostas pelo CONTRAN. Pior ainda! Não respeitam a própria vida e a dos outros.  O stress dos motoristas no trânsito brasileiro é outra causa de constantes acidentes por não se ter uma mobilidade urbana eficiente, conforme acontece em países de 1.º mundo.

Equipamentos de fiscalização eletrônica do tráfego – radares – fixados em muitas vias públicas de várias cidades do Brasil têm até minimizados os acidentes, mas, longe de erradicar esse maldito fenômeno de ocorrência de sinistros que tem sido uma marca letal contra muitas pessoas.  Cinco aspectos devem ser fundamentais para instalação de radares e outras providências no manejo do trânsito de vias públicas: 1 – a reivindicação de moradores;  2 – estudo se há naquele local incidência de acidentes; 3 – verificar as normas determinadas principalmente pela Constituição Federal,  CTB – Código de Trânsito Brasileiro, pelo Denatran – Departamento Nacional de Trânsito e CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito; 4 – obediência pelo órgãos públicos municipais ao respectivo processo administrativo no manejo de autos de infração de trânsito  e  5 – aplicação devida, respeitando-se as normas legais, da verba arrecadada por multas justas.

Com o advento desses radares – conhecidos popularmente como pardais – surgiu por efeito outro fenômeno que é o aumento assustador de arrecadação de verbas, por muitos municípios, pagas precipitadamente pelos motoristas – sem antes buscarem seus direitos – acusados de  supostas multas por velocidade e avanço de sinal vermelho. É preciso saber que tipo de radar para fiscalização de velocidade é utilizado nas vias públicas. Os municípios “autuadores” devem respeitar o princípio constitucional da publicidade dos atos administrativos. Deve-se inserir no AIT – Auto de infração de trânsito – dentre outras informações, a identificação do instrumento que foi utilizado para medição da velocidade do veículo. Do contrário o AIT tornar-se-á insubsistente, nulo. Considerando-se também que se a irregularidade do veículo do suposto acusado for detectada por radar do tipo móvel ou portátil deverá ser obrigado a presença e referendo da autoridade ou do seu agente de trânsito no local da suposta infração. Não procedendo assim,  o auto de infração poderá ser nulificado. Vale dizer que a Deliberação 38/2003 não  obriga a presença e o referendo da autoridade do trânsito ou seu agente no local da infração se o medidor de velocidade for fixo ou estático com dispositivo registrador de imagem que atenda aos termos do parágrafo 2.º do artigo 1.º da Deliberação 38/2003 do CONTRAN.

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Perda de cargo público por alegação de excesso de despesa


Por Gustavo Kruschewsky

Gustavo (2)“A responsabilidade pelo eficiente emprego de recursos públicos deve ser a meta do adminis- trador diligente ”. JORGE FERNANDES

Segundo João Felder, a primeira história sobre Tribunal de Contas com punições é relatada no tempo em que Felipe IV, o Belo, era rei da França. Conta-se que lá existia a Corte de Contase. Ao lado dela havia um pátio onde eram decapitados todos os condenados pelo mau uso do dinheiro público.

Esse articulista, Membro da Comissão Permanente – da Ordem dos Advogados do Brasil Subseccional de Ilhéus – de Orçamento, Contas, Fiscalização e Controle dos Atos da Administração Pública, acompanhou – com assento na platéia – o desenrolar da Mesa Redonda, realizada na última sexta-feira – 18 de julho do andante – no Centro de Convenções Luís Eduardo Magalhães, que contou com a participação de representantes da (OAB) Subseccional de Ilhéus, Departamento Jurídico da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e Faculdade de Ilhéus, além dos Assessores Jurídicos da APPI/APLB-Sindicato e Sinsepi, a fim de esclarecer aos funcionários do Município de Ilhéus dos direitos dos trabalhadores – em caso de despedida alegando o gestor mor excesso de despesa – que estavam em exercício na data da promulgação da constituição federal, há pelo menos 05 anos continuados, ou seja, sendo admitidos até 05 de outubro de 1983 ou antes desta data sem ser na forma regulada no artigo 37 inciso II da Constituição Federal, ou seja: por“aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos”. Os expositores na oportunidade basearam-se no Artigo 169 seus incisos e parágrafo 1.º ao 7.º, combinado com o Artigo 41 – seus parágrafos e incisos – da Constituição Federal. Ainda abordaram aspectos do Artigo 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, que prevê a equiparação a funcionários estáveis dos que foram admitidos na situação prevista acima, e da Lei Complementar 9.801, de 14 de julho de 1999, a qual dispõe sobre as normas gerais para perda de cargo público por excesso de despesa.

Em tese a administração pública deve proceder assim em caso de despedimento de funcionários por excesso de despesa consoante alega o prefeito atual do Município de Ilhéus. Primeiro, é preciso com transparência provar o excesso de despesa. Provado, reduz-se em pelo menos 20% – vinte por cento – as despesas com cargos em comissão e funções de confiança. Se ainda assim não reduzir a despesa total com pessoal no patamar de até 54% da receita corrente líquida, proceder-se-á em seguida ao despedimento dos funcionários que ingressaram no serviço público sem concurso depois de 05 de outubro de 1983 – portanto funcionários não estáveis. Finalmente e com base no parágrafo 4.º, 5.º e 6.º do art. 169 da Carta Magna é que se pode despedir os funcionários públicos estáveis incluindo os equiparados a estáveis que já estavam em exercício na data da promulgação da constituição federal, há pelo menos 05 anos continuados. Nessa toada, deve-se ainda atentar que todos os funcionários estáveis despedidos receberão, conforme parágrafo 5.º do dito artigo 169, “a indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço”.

Por outro lado, é preciso um acompanhamento diuturno pelos interessados no Tribunal Trabalhista da Bahia, esperando-se que o Acórdão não modifique a sentença que deu ganho de causa favorável aos funcionários públicos a fim de receberem a reposição salarial anual e o piso devido aos professores da rede municipal de ensino.

Gustavo Kruschewsky  é Professor e Advogado.

A estratégia de campanha Rui Costa


Por Jamesson Araújo

eleiçõesChama a atenção dos analistas políticos, o nível de agressividade do discurso de Rui Costa neste início de campanha. Diferentemente do seu fiador, Jaques Wagner, o candidato petista partiu para um discurso duro, e, as vezes até deselegante, quando comparou Paulo Souto a um ex-marido que “não dá mais no couro”.

Diferentemente do que muitos podem imaginar, embora com exageros desnecessários, trata-se de uma ação planejada pela coordenação da campanha, que tenta assim, estabelecer em Rui Costa o principal adversário de Souto, isolando, consequentemente, a candidata Lídice da Mata do debate.

Além disso, há no seio petista, a compreensão de que apenas um discurso mais agressivo será capaz de mobilizar a militância petista, podendo assim, dar algumacompetitividade à chapa, antes do início da campanha de rádio e TV.  Mais em frente, o candidato Rui Costa poderá suavizar o discurso, deixando a agressividade para os “soldados”.

O problema, segundo relatos, é o temperamento de Rui, um tanto quanto explosivo e pouco carismático, suscitando dúvidas se ele conseguirá figurar na campanha, como alguém sereno e firme. O exemplo da campanha à prefeito de Nelson Pelegrino também é lembrado, para evitar que o candidato erre na dose, e aumente sua rejeição.

Do lado de Paulo Souto, a estratégia é deixar o candidato petista debater em alto nível, sempre de maneira educada, marca essa consolidada em seu perfil. O debate mais ácido tem sido feito pelos “soldados demistas”, quase sempre com a mesma agressividade daquelas emitidas pelo lado vermelho da campanha.

Nesse ambiente inicial, tudo indica que, tanto Jaques Wagner quanto ACM Neto, mergulharão fortemente na campanha. As farpas estão sendo trocadas ao vivo, nos bastidores o clima é ainda pior.

Neto não medirá esforços para transferir à Paulo Souto, o incrível status de “pop star” que atingiu na capital. Wagner corre contra o tempo para melhorar sua avaliação… mesmo que  seu candidato saia perdedor, não quer deixar de marcar posição neste pleito, afinal ele tem idade para novas aventuras.

Futebol e política


Por Gustavo Kruschewsky

Gustavo-Kruschewsky-OABInteressante quando se ouve e se lê que alguns governantes do país afirmaram que a  Copa de 2014 teve uma grande organização e o povo brasileiro – incluindo descendentes dos índios Tapaxós assentados em terras de Santa Cruz de Cabrália –  está de parabéns pela sua forma gentil de tratar os forasteiros que visitaram o Brasil.   Com pouco dinheiro não se organizaria uma Copa dessa amplitude! Grana teve à vontade para se ter uma boa organização! FIFA, empresas e governo brasileiro gastaram às toneladas. E será que ganharam também?  Não há negar que muitos brasileiros são hospitaleiros e bastante educados com as pessoas que vêm de fora! Talvez por três razões principais: porque muitos dos forasteiros e forasteiras agiram com educação – uma ação gera uma reação –  a segunda razão, vamos combinar, é que muitas pessoas são carentes pela própria natureza da vida dura que levam aqui no Brasil e no terceiro ponto é a novidade que contagia quando se está perto ou em contato com pessoas de outras culturas, idiomas distintos, etc.

Doravante para que o Brasil seja bem representado em competições futebolísticas  internacionais não basta apenas que os atletas sejam “bons de bola”, que haja unicamente um trabalho “organizacional” permanente na formação de atletas, mas que sejam também orientados para o exercício da cidadania – desde a tenra idade – abstraindo a importância da influência deles e de todos nas decisões políticas das suas cidades, do estado e da nação brasileira. Grande parte do povo brasileiro ainda é inocente neste quesito. Falta educação política no âmbito familiar e escolar. Talvez, se os atletas da seleção brasileira de futebol tivessem essa formação questionassem se era momento de se gastar bilhões de reais com reformulações de estádios – quedando-se às determinações da “poderosa” FIFA – e faltar nas cidades brasileiras, por exemplo, bom sistema de educação, saúde e segurança. Só se deve dar festa rica em sua casa quem na realidade tem condições financeiras e demonstra que não falta o básico para os moradores.

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TRAÇOS DA POLITICAGEM


Por Gustavo  Kruschewsky

Gustavo-Kruschewsky-OABA preocupação constante desse articulista tem sido, ao longo de mais de uma década, através dos seus livros e artigos publicados em jornais e blogs, fazer as suas atentas lucubrações sobre algumas questões sociais, notadamente no  campo jurídico e político. Nesta área, inclui-se infelizmente a politicagem. Acredita-se que no nosso país já se teria dado fim ou minimizado muito esse maldito fenômeno da politicagem se todos os brasileiros estudassem e refletissem políticas públicas hodiernamente desde a tenra idade. Imbuído desse conhecimento sem ingenuidade, desde cedo a sociedade brasileira efetivamente teria condições de se defender e de alijar pessoas inescrupulosas à caça de cargos públicos com a finalidade apenas de faturar.

A campanha para as eleições de 2014 já está fervilhando no cenário brasileiro. O gasto é fabuloso para se bancar uma candidatura. Precisa-se de tanto dinheiro assim? Por quê?  Chegou o momento dos candidatos politiqueiros alugarem os ouvidos dos pobres brasileiros e brasileiras de todos os rincões e bradarem, mormente na mídia falada e televisada, ludibriando as pessoas com os seus discursos manjados e eivados de promessas. Campanha “política” no Brasil vira festa de súditos que se deixam levar por politiqueiros! Observe que em seus discursos eles proferem frases, a exemplo de: “porque meu povo”… Como se eles os politiqueiros negassem que falam a mesma língua do eleitor, como se negassem que os seus interesses, história, tradição e costumes são iguais aos do eleitor. Há uma nojenta dicotomia social deles com o povo,  caracterizando-se verdadeiro estado de soberba! Do “seu povo”  só interessa o voto a fim de se elegerem ou se reelegerem sem nenhum compromisso com a sociedade! Os fatos estão aí historicamente.

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Hexa ficou adiado. E a lesão sofrida por Neymar?


Por Gustavo Kruschewsky – [email protected]

Gustavo-Kruschewsky-OABO hexa campeonato para o Brasil não veio dessa vez, ficou adiado! Lutará para conseguir a terceira colocação. A equipe sem Thiago silva e Neymar sentiu assustadoramente a presença da boa organização, cautela e unidade do futebol simples, porém objetivo e às vezes desconcertante dos alemães. Resultado inédito, mas, até certo ponto compreensível, sofrendo cinco gols em dezoito minutos, perdendo a partida de goleada histórica de sete tentos a um pela inércia, em todo o decorrer da partida, notadamente das atuações de Dante e Maicon. De um meio de campo amorfo, sem combate e criatividade e de um ataque perdido sem nenhuma habilidade futebolística que culminasse em gols, mesmo de bico. De certo modo essa desastrosa derrota para os alemães deve ser contabilizada pela ilogicidade do futebol aliada ao péssimo desempenho dos atletas brasileiros e seus “comandantes”. Afinal, Como repetiu esse articulista em comentários a anteriori, “futebol é uma caixinha de surpresas”.

Na lesão sofrida por Neymar, Assim se posiciona no aspecto penal o jurista e professor Luiz Flávio Gomes no Jus Brasil newsletter sob o título – Neymar fora da copa: houve crime?“De qualquer modo, tratou-se inequivocamente da geração de um risco proibido (e, portanto, ilícito). Quando um jogador disputa a bola e vai na bola, estamos diante de um risco permitido (isso está permitido pelas regras do jogo). Quando o jogador não vai na bola, sim, somente no corpo do outro atleta, surge o chamado risco proibido. O risco proibido gera formalmente um ilícito. O ilícito pode ser desportivo ou criminal. O ilícito desportivo constitui formalmente um crime (no caso do Neymar, lesão corporal grave). Mas isso não significa automaticamente a incidência do direito penal”. Segundo ainda esse autor, havendo um fato considerado criminoso, ocasionado por um risco proibido – consoante a fratura causada a Neymar pelo colombiano Zuñiga –  o jogador não é preso em flagrante por várias questões que ele suscita no seu artigo. Aconselha-se  a sua leitura.

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O Maior vexame do futebol brasileiro em copas


Por Jamesson Araújo

ÍndiceOs brasileiros amanheceram tristes, ressabiados, sem acreditar no atropelamento da carreta chamada Alemanha em cima do fusquinha chamado Brasil. A emoção tomou conta de todos, alguns tristes, outros críticos e alguns felizes.

Na realidade, nós brasileiros não queríamos enxergar o óbvio, que nossa seleção estava capenga em toda copa, sem jogar um futebol que nos fez um dos países mais temidos pelos adversários. Mas hoje não metemos medo em mais ninguém! Que o digam o Chile e a Colômbia, que jogaram de igual para igual com a seleção canarinho.

Dizem que Deus escreve certo por linhas tortas e mais uma vez ficou comprovado isso. Neymar sofreu uma contusão mediana, mas o necessário para ser idolatrado como se tivesse morrido. A lesão do jogador Neymar, o tirou de campo e de ficar marcado na historia como o jogador da seleção que sofreu o maior vexame de uma copa do mundo.  Assim também aconteceu com Thiago Silva!

O acontecimento de ontem faz o futebol brasileiro rever seus conceitos. Técnicos e dirigentes mudaram a forma do Brasil de jogar, introduziram a cópia do futebol europeu antigo, de força, tirando o futebol arte e o toque de bola, que nos levaram ao orgulho de ser a pátria das chuteiras.

Talvez o maior exemplo de superação e organização, seja a própria Alemanha. Depois de ser eliminada na 1ª fase da Eurocopa, a Alemanha reviu o seu futebol, começando pelo seu campeonato interno, mantendo seus principais jogadores em solo alemão, consequentemente o crescimento de seus clubes como Bayern de Munique e Borussia Dortmund, como também a importação de jogadores obrigando a todos os times aumentarem seu nível.

Na seleção alemã, 16 dos 23 convocados jogam no próprio país, com 6 ou 7 jogando no Bayern de Munique. Na seleção brasileira dos 23 convocados apenas 4 atual no futebol brasileiro, sendo dois goleiros. O atual campeão brasileiro, o melhor time na temporada passada e atual temporada, o Cruzeiro, não teve nenhum jogador convocado. Enquanto a seleção jogava a copa do mundo, o Cruzeiro viajava pelo exterior fazendo amistosos, todos os jogos com vitória. A última partida, com um golaço no meio do campo feito do meia atacante Ricardo Goulart.

Assim como na política, Infelizmente o futebol brasileiro virou um grande negócio, com interesse de patrocinadores em escalar jogadores, onde vemos dirigente meterem a mão em recursos dos clubes, gerando dívidas astronômicas e vista grossa das autoridades.

A escalação de jogadores não é o que temos de melhor. São os que possuem mais carisma, que têm empresários “competentes” e técnicos parceiros.

O sonho do hexa mostra nossa verdadeira realidade.

O futebol Brasileiro tem que começar do zero!

Técnicos da Seleção Brasileira de Futebol


Por Gustavo  Kruschewsky – [email protected]

Gustavo-Kruschewsky-OABA Seleção Brasileira de Futebol, que disputou a Copa do Mundo de 1958 e foi campeã, comandada por VICENTE FEOLA – “ele mesmo, o gorducho bonachão que cochilava no banco de reservas” – não conseguiu realizar o mesmo feito em 1966 e a Seleção fez uma péssima apresentação neste ano! Notícias dão conta que  na referida Copa de 66, Feola “estava sozinho para encarar as pressões que vinham de todos os lados. E simplesmente não conseguiu dar conta do recado”, acostumado que era em ouvir os conselhos de muitos dirigentes na hora de definir a escalação da equipe.

Qual deverá ser a função do técnico de futebol?  Dentre muitas, a função primordial do técnico é fazer uma equipe tornar-se eficiente pelo menos – de forma técnica, tática e emocional – durante o percurso dos noventa minutos de jogo, utilizando-se de treinamentos pré-estabelecidos sem ingerência política de A ou B. Deve ouvir opiniões e debater com os dirigentes sobre assuntos da equipe,  desde que tenha a última palavra nas decisões da formação da equipe.  O trabalho do treinador no contexto moderno do futebol mundial é muito estressante e requer vasto conhecimento deste profissional. Além da questão do conhecimento técnico, tático e físico, requer um exato conhecimento da questão motivacional dos atletas. Ele, o treinador, deve ter um bom poder de liderança e um comportamento exemplar para que sirva de exemplos pelos seus atletas.

Fábio Aires da Cunha autor do livro – Técnico de Futebol – A arte de comandar – Editora Prestígio assenta que: “O cotidiano dos profissionais do futebol não é fácil como muitos imaginam. A função de técnico de futebol é uma das mais complexas, pois ele precisa possuir uma gama muito grande de conhecimentos, conhecimentos esses técnicos, táticos, físicos, fisiológicos, médicos, psicológicos, nutricionais, pedagógicos, sociais, comportamentais, políticos, econômicos entre outros. No futebol moderno, o técnico assumiu um papel de destaque. O futebol é um esporte que exige diferentes profissionais nas mais variadas áreas atuando em prol de um resultado único, que é a vitória. Essa reunião de valores e especialidades necessita ser chefiada por uma pessoa, precisa de um líder eficaz e carismático, ou seja, necessita de um comandante que tenha capacitação e que saiba extrair o melhor desempenho de sua equipe de trabalho e atletas”.

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