O GOLPE DA IDEOLOGIA


Artigo do Senador Cristovam Buarque

cristovambuarque2-450x298Do ponto de vista do marketing, faz todo o sentido a narrativa de que o impeachment da presidente Dilma seria um golpe. Com esta interpretação, o PT ganha fôlego ao jogar sobre o novo governo a responsabilidade por todos os problemas que os governos Lula-Dilma criaram nos últimos anos, ficando livre para lembrar as boas políticas que fez e tendo a bandeira da vitimização.

Tanto no caso de Dilma, quanto de Collor, o impeachment é uma violência constitucional e pode-se duvidar se os crimes identificados seriam suficientes para justificar a destituição de presidentes eleitos. No caso de Collor, o crime teria sido enriquecimento ilícito, sem crime de responsabilidade contra a Constituição; e mesmo deste crime comum, não de responsabilidade, ele foi posteriormente inocentado pelo STF.

No caso de Dilma, o uso de banco estatal para financiar programas do governo e a assinatura de decretos orçamentários sem autorização do Congresso são crimes de responsabilidade que ferem a Constituição. Mesmo assim, faz sentido duvidar se estas ilegalidades seriam suficientes para sua destituição. Incomoda a falta de dosimetria para a sentença.

Mas, o que não pode ser aceito racionalmente é a falsa narrativa de que as pessoas se dividem em direita, se querem o impeachment, e esquerda, se defendem a volta da presidente Dilma. Nada mais falso. Ser de esquerda significa: em primeiro lugar, sentir inconformismo com a realidade social, política, econômica e ética do país; em segundo, ter expectativa de que é possível um mundo melhor, alguma forma de utopia; e terceiro, que este mundo melhor não ocorrerá naturalmente, por regras de mercado. Ele só será construído pela prática política progressista ou revolucionária.

É certo que muitos dos que defendem o impeachment são notórios conservadores, saídos do próprio bloco de apoio à presidente Dilma. Mas aqueles que se opõem ao impeachment são em geral acomodados politicamente em relação ao presente, comemoram pequenas conquistas sociais, perderam a capacidade de sonhar uma sociedade “utópica”, como, por exemplo, “os filhos dos pobres estudarem em escolas tão boas quanto às dos ricos”, e abriram mão do vigor transformador da sociedade. Além disso, ficaram coniventes com a ideia de que “se todos roubam, não há porque exigir honestidade dos aliados”. Ainda mais, olham pelo espelho retrovisor da história, sem perceberem que a realidade mudou e que as propostas e os processos políticos precisam levar em conta as mudanças.

A “esquerda do retrovisor” não percebe, por exemplo, que o aumento na esperança de vida e o esgotamento fiscal do Estado exigem reformas nos fundamentos do sistema previdenciário; que a globalização apresenta limites à autonomia das decisões nacionais; que a revolução científica e tecnológica, junto com a informática e a robótica, exige um aperfeiçoamento das leis trabalhistas. Não percebe que a economia tem limites fiscais e ecológicos; que o estatismo muitas vezes se divorcia do interesse público, do povo; que a democracia com liberdades plenas deve ser um compromisso absoluto, inegociável, e que a política de esquerda não pode ser feita com a arrogância de donos da verdade, nem pode tolerar corrupção, ou aceitar que os fins justificam os meios.

Com um mínimo de seriedade não é possível dividir as posições sobre este impasse como um debate entre esquerda e direita: há muitos “direitas” entre os que defendem o impeachment, mas também muitos “esquerdas do retrovisor” entre aqueles que se opõem ao impeachment, porque não querem fazer a história avançar. Mas, sobretudo há muitos de esquerda, que olham para frente, pelo para-brisa, que consideram necessário o impeachment para virar a página e avançar em direção a um novo tempo.

Não é difícil entender que a volta da presidente Dilma seria um gesto de retrovisor e não de avanço; e que sua substituição pelo vice conservador que ela escolheu, desde que seguindo os ritos constitucionais, possa possibilitar uma travessia para que a “esquerda do para-brisa” entenda as mudanças, se sintonize com o futuro e leve adiante a luta que os acomodados não fizeram, nem farão. E que tentam impedir o impeachment com o golpe da ideologia, sabendo das dificuldades políticas, econômicas, sociais, éticas que este acomodamento conservador da “esquerda retrovisor” provocaria.

* Artigo publicado originalmente no Correio Braziliense.

Planos de saúde e os direitos das gestantes e dos recém-nascidos


Luciano Correia Bueno Brandão, advogado especialista em Direito à Saúde, do escritório Bueno Brandão Advocacia.
Luciano Correia Bueno Brandão, advogado especialista em Direito à Saúde, do escritório Bueno Brandão Advocacia.

Muitas mulheres não sabem, mas a lei assegura uma série de direitos para a gestante e aos recém-nascidos. Para garantir a cobertura das despesas com exames, acompanhamento pré-natal e do parto propriamente, o plano contratado deve abranger a cobertura ambulatorial e hospitalar com obstetrícia. Além disso, os casais devem considerar que o prazo de carência previsto em lei para cobertura do parto é de até 300 dias a partir da contratação. Antes deste período o convênio não é obrigado a garantir a cobertura do parto – a exceção fica por conta de situação de urgência ou emergência.

Ou seja, se mesmo dentro do prazo geral de carência de 300 dias o parto precisar ser realizado de forma antecipada em decorrência de uma situação de urgência/emergência, como um acidente ou complicação da gestação que coloque em risco grave a gestante ou o bebê, o convênio deverá garantir cobertura integral autorizando de imediato o procedimento. Muitos convênios negam a cobertura das despesas do parto de emergência alegando que ainda não foi cumprido o prazo de carência.

Essa postura, no entanto, embora comum, é abusiva e ilegal. Nestes casos, é possível buscar garantir judicialmente a cobertura do parto ou o reembolso das despesas realizadas. Dependendo da situação, até mesmo uma indenização por danos morais pode ser exigida.

Também é importante destacar que o recém-nascido deve ter garantido o atendimento pelo plano de saúde nos primeiros 30 dias a partir do nascimento, ainda que o parto não tenha sido realizado através do convênio. Aliás, os pais devem ficar atentos, pois dentro deste período o bebê pode ser incluído como dependente no plano de saúde sem que tenha que cumprir nenhum prazo de carência. Após os 30 primeiros dias, o recém-nascido ainda poderá ser incluído como dependente, porém poderá ter que cumprir prazos de carência normalmente.

Como se vê, as gestantes e os recém-nascidos possuem diversos direitos garantidos em lei, sendo que as negativas indevidas por parte dos planos de saúde podem ser questionadas com o Judiciário.

Artigo de:

Luciano Correia Bueno Brandão, advogado especialista em Direito à Saúde, do escritório Bueno Brandão Advocacia (http://www.buenobrandao.adv.br/).

O TÃO FALADO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO


Artigo de Gustavo Kruschewsky

gustavoHoje, nas minhas lucubrações, quando entrei no meu quarto – depois que rezei o Pai Nosso – fiquei a pensar que a grande maioria do “político”(será que escapa alguém?) que “governa” o Brasil com a ajuda de grandes empresários e outros seguimentos, agem como se o único objetivo da vida fosse o “prazer material”… E eles alcançam esse “prazer” de forma desonesta. Observem os exemplos estampados em vários tipos de revistas, jornais escritos e televisivos. Faltam-lhes generosidade e solidariedade com o próximo que deveriam ser o seu verdadeiro mister. Eles estão, desde o “simples” delinquente até o político que se acha sábio, com as armaduras do mal. O “desenvolvimento econômico” é a tônica do discurso de todos eles e elas. Tudo bem que essa providência tem importância para qualquer nação – é a mola mestra – mas eles e elas efetivamente não realizam a contento. Isso é histórico no Brasil.

O que será que atrapalha? Conchavos partidários? Falta de habilidade? Despreparo para o exercício da política? Desinteresse depois que sobe ao pódio? O que se vê historicamente é que não há no Brasil o tão prometido “desenvolvimento econômico” e por causa disso a “satisfação de outras necessidades” não exsurgem a exemplos de um bom sistema de educação pública para a verdadeira humanização da alma das pessoas; segurança pública com melhores condições de trabalho para os profissionais dessa área – como ocorre nos estados Unidos, por exemplo – e saúde eficiente para todos em todos os hospitais do Brasil, não apenas em um ou outro isoladamente. Além dos “governantes” não conseguirem reduzir ou eliminar a INFLAÇÃO e outros males que atingem a nossa cambaleante ECONOMIA. A questão da INFLAÇÃO é uma terrível aflição que passam as pessoas no Brasil, mormente quem tem salário baixo. O poder aquisitivo vai para as cuscuias e as dívidas aumentam afetando os orçamentos de muitas famílias.

Finalmente cheguei a algumas perguntas: Será que a falta de tudo isso – principalmente da EDUCAÇÃO – será o principal motivo de se ter hoje terrorismo; famílias se matando entre si; manifestações públicas desordeiras, etc.? Ou acresce que os motivos são derivados de transtornos específicos de personalidade que o ser humano já trás com os possíveis traumas da fase de gestação. Ou adquirem esses transtornos no decorrer da infância e na adolescência – mormente por falta de educação – onde carregam durante a vida traços fortes de neuroses, psicoses e psicopatias altamente potencializadas que os levam a delinquir, mentir, perder a vergonha, ter cara de pau, etc.? Será que muitos homens e mulheres que se tornam mandatários “políticos” no Brasil têm alguns ou muitos desses traços referidos? Se assim for, sem a busca do tratamento eficaz, regras inteligentes estabelecidas e medidas punitivas sérias, nunca teremos políticas públicas decente no nosso BRASIL.

*Gustavo Cezar do Amaral Kruschewsky é Professor e Advogado.

Nutricionista explica a importância de aliar sabor e saúde na alimentação


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Uma alimentação balanceada contém quantidades adequadas de vitaminas, proteínas e minerais para que o organismo trabalhe melhor as suas funções vitais e mantenha a saúde cardiovascular sempre em dia.

Segundo o artigo “Antropologia da Alimentação”, o cardápio da grande parte dos brasileiros é mais voltado para o prazer de comer do que para o valor nutritivo do alimento. No entanto, é necessário aliar sabor e saúde na alimentação diária para obter todos os benefícios que ela pode nos trazer. Será possível ?

Frequentemente dicas e mitos sobre os melhores alimentos para a saúde são veiculadas na mídia e, muitas vezes, a nossa tarefa de escolher as refeições pode parecer difícil.

Nesse sentido, há vários mitos que podem englobar a composição nutricional dos alimentos. Um deles é que a gordura deve ser evitada, pois poderia ser prejudicial à saúde. O fato é que a ciência já reconhece que as gorduras têm papel fundamental para o organismo e seu funcionamento adequado. Atualmente, incluir as “gorduras boas” no dia a dia, além de saboroso, é necessário para manter a saúde cardiovascular.

Segundo a nutricionista Marcia Gowdak, diretora científica do Departamento de Nutrição da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, “as gorduras boas são essenciais ao nosso organismo e ótimas opções para equilibrar o sabor e a saúde, já que são fontes de ômegas 3 e 6, associadas à redução dos riscos de doenças do coração”.

Marcia conta que não é preciso deixar de lado o sabor para obter uma alimentação saudável. “O segredo para aliar sabor e saúde está na moderação e variedade, ou seja, é preciso consumir quantidades equilibradas de vários grupos de alimentos em cada refeição. Desta forma, conseguimos incluir os nutrientes necessários ao nosso organismo”.

Confira abaixo 5 alimentos nutritivos e saborosos que cuidam do seu coração e que não podem ficar de fora do cardápio.

1- Creme vegetal

O creme vegetal é um produto a base de óleos vegetais, fonte de ômegas 3 e 6 e nutrientes que podem contribuir para a manutenção de um coração saudável. A dica é também experimentar o sabor manteiga, que é bastante saboroso, além de nutritivo.

2- Grão de bico

É um alimento que ajuda a variar os sabores e aumentar a quantidade de proteínas da refeição. Também possui fibras que colaboram principalmente para o melhor funcionamento intestinal e ajudam a diminuir a absorção de gorduras.

3- Amêndoas

Consumida sozinha ou combinada em algumas receitas, a amêndoa tem um sabor irresistível. É fonte de gorduras boas que contribuem para a saúde do coração. Mas, lembre-se de consumir com moderação devido ao seu alto valor calórico!

4- Aveia

Rica em fibras, a aveia tem uma em especial: a betaglucana. Ela auxilia no controle dos níveis de colesterol do sangue porque ajuda a deixar o processo de absorção mais lento de gorduras. Dica: misture com frutas e vitaminas!

5- Peixes

Excelente fonte de proteína e de ômega 3, a versatilidade dos peixes como salmão, arenque, sardinha e atum em receitas é enorme. Pode ser feito de diferentes formas: ensopado, assado, recheado e grelhado!

Candidatura de Cacá Colchões pode dificultar conjuntura de partidos da direita em Ilhéus


Por Jamesson Araújo

Vale lembrar que ACM Neto pediu o apoio de Cacá Colchões para João Gualberto, que se elegeu deputado federal e é hoje, o presidente do PSDB estadual.
Vale lembrar que ACM Neto pediu o apoio de Cacá Colchões, em Ilhéus ,para João Gualberto, que se elegeu deputado federal, e hoje, é o presidente estadual do PSDB.

“Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”. Essa frase de Magalhães Pinto é a mais pura realidade para quem conhece a política.

O lançamento de Cacá Colchões como candidato do PP, em substituição à Jabes Ribeiro mexe com todo o tabuleiro político, como também o cenário de acordos partidários no cenário estadual com foco em Ilhéus.

A certeza é que, com Cacá na cabeça de chapa, a possibilidade de agregar partidos até da oposição é muito grande. Cacá sempre apoiou a direita e mantém laços fortes, tanto político como pessoal, com o prefeito de Salvador, ACM Neto. O maior cabo eleitoral dos partidos da direita de Ilhéus é alvo de disputa interna entre os pré-candidatos a prefeito, que almejam a qualquer custo o seu apoio.

Informações levantadas pelo Blog Agravo são que ACM Neto deve receber uma visita de Cacá Colchões nos próximos dias para debater a política de Ilhéus. O PP de Ilhéus tem duas vertentes que facilita a articulação tanto nas oposições da esquerda (Jabes junto ao Governo do Estado), como na direita (Cacá junto a ACM).

Vale lembrar também que Cacá apoiou o presidente do PSDB estadual, o deputado federal João Gualberto, na eleição de 2014. Essa fatura vai ser cobrada !

Por outro lado, muitos pré-candidatos de partidos da direita e esquerda estão subestimando o PP, achando que qualquer candidato pode vencer o jabismo com Cacá na disputa, e isso pode trazer um inchaço no pleito, com o número maior de candidatos. Aí que mora o perigo!

Se Jabes, que faz política 24 horas por dia, e lançou Cacá, podemos ter certeza que existe, mesmo com índice de rejeição alta do governo e dele, a possibilidade de emplacar mais quatro anos governando Ilhéus. A oposição tem que deixar a vaidade de lado e unir forças. O funil está se fechando e do outro lado existe um exímio jogador.

Paisagismo com horta vira tendência em projetos com cozinha gourmet


Artigo de Daniela Sedo

Daniela Sedo, arquiteta e paisagista.
Daniela Sedo, arquiteta e paisagista.

Nunca a gastronomia esteve tão em alta no Brasil como agora. Dá para se ter uma ideia sobre isso ao vermos os inúmeros programas sobre o assunto na TV aberta ou paga, alguns deles são reality shows de grande audiência. Alguns programas apresentados por famosos em suas próprias casas ou em estúdios – que se assemelham a uma cozinha caseira -, mostram também a nova tendência por paisagismo com horta. Além de ser prático ter os ingredientes à mão, eles são saudáveis, fresquinhos e bonitos, tendo o charme de terem sido cuidados pelos anfitriões.

A horta pode ser feita juntamente com um projeto geral de paisagismo externo ou interno, pois o cantinho dela será bem planejado e executado de forma profissional, sem o risco de estarem em local inadequado ou plantada de forma que não se desenvolva. Charmosas e úteis, as hortaliças podem se desenvolver em gavetas (basta que tenha um furo para drenagem e impermeabilidade com três demãos de neutrol); pneus (utilizados deitados e sempre cheios de terra na parte interna); sapatos como botas de couro (para que tenha uma vida mais duradoura, já que os demais calçados só permitem que a planta viva por 15 dias); e garrafa PET (com um furo embaixo para drenagem, e em cima do furo colocar a manta bidim, impedindo assim que a terra saia com a água).

Porém, não basta executar o projeto, é necessário arrumar tempo na correria dos dias atuais, ainda que breve, para o cuidado de plantas, principalmente quando falamos em horta caseira. Além desse apelo gourmet, ter uma horta em casa ou no apartamento, independendo do espaço disponível, se tornou também uma atividade de prazer e lazer – algo como uma terapia. E não há nada mais especial do que poder dar um toque especial ao molho de tomate utilizando o seu próprio pé de manjericão. Além, é claro, de ajudar na decoração e nos diversos aromas que se espalham pela casa.

Mas lembre-se: é necessário investir em tempo e cuidados, como regá-la todos os dias. Se muitos dias passarem sem que a terra, que também necessita ser adubada, receba água, a horta irá morrer. Outro ponto importante é saber como fazer a poda de determinada espécie, pois com a retirada das folhas para utilização na comida, a vegetação da planta se revigora para novos brotos, onde se ramifica e fortalece. Neste caso, a poda inadequada pode matar a planta.

Os apartamentos, apesar de pequenos, podem ter a sua horta com espécies de hortaliças, como o manjericão e o alecrim, que são bem resistentes. O ideal é que com pouco espaço no ambiente, eles sejam cultivados em vasos que tenham, no mínimo, 30 cm. Já em casas com jardins, além do manjericão e do alecrim, outras espécies são hortelã, salsinha e cebolinha. Lembre-se sempre de que entre uma espécie e outra devem ter no mínimo 50 cm de distância.

Há um detalhe extremamente importante que por parecer prático para alguns parece um benefício: o uso de produtos químicos para acabar com as pregas na horta. Isso deve ser feito manualmente, pois estes produtos prejudicam a saúde! As espécies frutíferas, como limão, laranja e morango, precisam ter cuidado redobrado neste sentido, apesar de todas exigirem atenção especial.

Os ventos fortes também são “inimigos” das hortaliças. Por isso, para quem deseja que sua horta fique na varanda, é bom pensar duas vezes. Porém, é necessário que o local seja bem iluminado, com pelo menos duas horas de sol ao dia. Ter uma horta para chamar de sua não é tão simples como muitas pessoas pensam, mas vale a pena ter todos estes cuidados, não só pelos sabores, mas também para criatividade na decoração.

Crise afeta condomínios


Artigo de Amilton Saraiva

Amilton Saraiva, especialista em condomínios da GS Terceirização.
Amilton Saraiva, especialista em condomínios da GS Terceirização.

A crise que afeta o Brasil não atinge apenas as empresas e os cidadãos, atinge também os condomínios. Com algumas companhias atrasando os salários e o crescimento do desemprego, muitas pessoas, além de cortar suas despesas, priorizam o pagamento das contas com juros maiores – como cartões de crédito, limites bancários ou financiamentos – e as que consideram mais urgentes e assim acabam ficando inadimplente com as taxas condominiais, dificultando, desta maneira, a gestão financeira dos condomínios não somente comerciais, mas principalmente os residenciais.

Por isso, muitos condomínios residenciais e comerciais estão reavaliando os métodos de trabalho para redução de custos e tentando reduzir ou não acrescer ainda mais as tarifas condominiais. Uma das alternativas encontradas tem sido a terceirização, que apresenta vantagens administrativas mais econômicas e profissionais. Terceirizar significa transferir o gerenciamento da mão de obra local para uma empresa especializada na gestão de serviços, modernizando assim sua estrutura, além de ganhar agilidade, segurança, profissionalismo e geração de soluções.

A utilização deste tipo de serviço está aliada também à produtividade. Assim o síndico pode focar no gerenciamento e administração do condomínio ao procurar por melhorias aos moradores ou funcionários, no caso de prédios comerciais e usuários, os quais poderão confiar no trabalho realizado por pessoas treinadas e especializadas.

Optar por terceirização é uma maneira eficiente para reduzir custos e a burocracia de contratar diretamente colaboradores pelo próprio condomínio, já que essa parte fica a cargo da empresa contratada, que realiza toda a parte de recrutamento, seleção e treinamento de pessoal, capacitando-os para o trabalho. Outra redução de custo é referente à eliminação da folha de pagamento e de seus encargos, o passivo trabalhista e a multa de 50% sobre saldos de FGTS, o que acaba por reduzir substancialmente a taxa da administradora pelo fato de não mais precisar elaborar a folha de pagamento, nem de ter que recolher os encargos e impostos decorrentes.

Ao contratar uma empresa, não há com o que se preocupar com as faltas de funcionários, já que em caso de ausência de alguém outro profissional é enviado no lugar para realizar o plantão, não deixando o posto defasado. Existem condomínios que se beneficiam de outras vantagens de um serviço terceirizado, como possuir liberdade de substituir um empregado a qualquer hora por causa de falta de compromisso ou profissionalismo, por exemplo. Ao terceirizar serviços não é preciso pagar custos extras de indenização, além de acabar com o tabu de funcionários antigos, que poderão ficar tranquilos quanto à sua prestação de serviços, pois nunca serão substituídos por causa do custo de sua rescisão, o que permite montar assim uma equipe de profissionais dedicados e de sua confiança.

Os condomínios que terceirizam também não precisam investir em equipamentos, acessórios, ferramentas e produtos de limpeza, liberando assim seu fluxo de caixa. É um investimento que compensa financeiramente e traz retorno positivo em forma de um serviço bem executado, além de garantir segurança e tranquilidade aos administradores, moradores e usuários de condomínios.

Mas, além de terceirizar, os condomínios também estão orientando os prestadores de serviços, moradores ou usuários quanto aos cuidados com a manutenção e a economia de água e energia. Uma boa gestão e o apoio cooperativo de todos contribuem para diminuir bastante os valores das despesas ordinárias de condomínio.

Artigo de:

Amilton Saraiva, especialista em condomínios da GS Terceirização. Para saber mais informações sobre a GS Terceirização e obter mais dicas de segurança, acesse www.gsterceirizacao.com.br

Aedes aegypti longe do jardim


Artigo de Daniela Sedo

estilop_strip_50017_0_webA população mundial, principalmente aqui no Brasil, nunca ficou tão assustado com o Aedes aegypti como atualmente. Transmissor da Dengue, Zika Vírus e Chikungunya, o mosquito deixa as pessoas em estado de alerta com os cuidados no jardim. Mas sabia que o seu jardim pode ser uma boa ideia no combate ao Aedes? As plantas não são repelentes naturais como muitos dizem, porém, a sua essência, como no caso da citronela, é de grande valia.

Existem diversas medidas que podem ser tomadas para evitar o surgimento de focos do mosquito, dentre eles, jogar borra de café no jardim. Aquele mesmo pó, moído e que geralmente é jogado no lixo após coar o café ou mesmo fazer um expresso. A borra pode ser jogada e espalhada pelo solo, ser colocada nos pratos dos vasos das plantas, ou até mesmo dentro das folhas das bromélias, pois evita que as larvas do Aedes aegypti se reproduzam. Não existe ainda uma comprovação científica sobre isso, mas é atestado que funciona, além de não prejudicar as espécies do jardim.

Uma outra receita caseira que pode ser utilizada, principalmente em locais sombreados e fechados, é a armadilha para larvas. Essa armadilha, conhecida como mosquitérica, é feita com uma simples garrafa PET e uma tela. Cortada, a garrafa é lixada e depois colocada para se transformar em um recipiente, formando duas câmaras: uma em contato com o ambiente e outra isolada, separadas pela tela. Ela deve ser preenchida com água, até 4cm acima do bico, mantendo a tela coberta com água.

O mosquito vai até a pequena porção de água e deposita seus ovos, que quando eclodem vão para o fundo, caindo dentro da armadilha e não conseguindo mais retornar para cima da tela. Ali elas ficam presas até se tornarem mosquitos e finalmente morrerem. A mosquitérica é fundamental dentro de armários de produtos de limpeza e dispensa – No meu experimento foram as que mais capturaram os mosquitos.

No jardim a armadilha não ajuda muito, já que as folhas das árvores caem e muitas vezes tapam o copo não permitindo o acesso dos mosquitos à água. Lembrando apenas que a vedação com a fita que vai unir os dois lados da garrafa cortada deve ser bem feito e preso, para que os mosquitos não escapem.

O combate ao mosquito que transmite tão graves doenças deve ser feito dentro de casa e o jardim é uma parte importante deste processo. Por isso, é essencial que saibamos como proceder nos cuidados e principalmente poder contar com ajuda de profissionais e especialistas para que o nosso quintal não se torne um criadouro oferecendo riscos à família e vizinhos.

*Autora do artigo, Daniela Sedo é Arquiteta e Paisagista.

Se arrependimento matasse…


Opinião Publicada no Jornal Estadão

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Valem mais do que palavras as imagens do homem que estava atrás de Dilma Rousseff, na ensolarada manhã de quinta-feira em que ela cometia a temeridade de falar de improviso aos manifestantes reunidos diante do Palácio do Planalto para prestar solidariedade à presidente que acabava de ser afastada. As fotos estampadas em todos os jornais, de um homem tristonho, abatido, desanimado, a cofiar o bigode com o pensamento provavelmente perdido em reminiscências de mais de 15 anos, podem ser interpretadas numa singela legenda de três palavras: “Se arrependimento matasse…”

Era ele o responsável original pelo desastre econômico, político, social e moral que resultou no afastamento constitucional da mais incompetente e contestada presidente da história da República. Chama-se Luiz Inácio Lula da Silva. Mais de dois anos antes de concluir seu segundo mandato, Lula passou a dedicar-se à escolha monocrática de seu sucessor. Inebriado pelo status quase divino que naquele momento lhe era atribuído, Lula tinha em mente alguém que preenchesse pelo menos dois pré-requisitos indispensáveis.

Primeiro: não representar ameaça a sua liderança. Um sucessor que aceitasse a missão de tomar conta da cadeira presidencial por quatro anos, já que estava escrito nas estrelas que em 2014 o Grande Chefe retornaria triunfalmente ao Palácio do Planalto. O segundo requisito era mais sensato: o candidato à Presidência deveria ter inegáveis qualidades de administrador, já que o manejo da política ficaria, é claro, por conta do próprio Lula. Deu Dilma Rousseff, a “gerentona”, apresentada como uma lutadora rigorosamente honesta e devotada a servir o povo. E ainda oferecia a inédita vantagem: se eleita, seria a primeira mulher presidente da República.

Lula não se deu ao trabalho de consultar ninguém, e quando o fez cumpriu apenas mera formalidade. Ignorou a resistência do petismo à indicação de uma candidata oriunda do brizolismo e sem forte tradição de militância no partido, já conhecida por ter um temperamento difícil, autoritário, expresso pela maneira rude como tratava pares e subordinados. Lula manteve-se irredutível. Sabia que tinha prestígio suficiente para eleger, como dizia, um poste e o pleito seria, portanto, outra formalidade.

Mas bastou Dilma vestir a faixa de presidente para o projeto lulopetista de perpetuação no poder começar a dar com os burros n’água. A troca do pragmatismo populista de Lula pela autossuficiência dogmática de Dilma abriu espaço para os defensores da “nova matriz econômica”, que haviam obtido resultados positivos com as medidas anticíclicas pontuais de combate aos efeitos da crise mundial de 2009. Sob Dilma, a “nova matriz” passou a ser um programa de governo pautado pelo fortalecimento da intervenção do Estado na economia.

Exemplos disso foram as tentativas erráticas de induzir com incentivos e desonerações arbitrárias o crescimento de grupos nacionais escolhidos a dedo – os tais “campeões”. Em nome da “defesa dos interesses nacionais”, impôs restrições à participação do capital estrangeiro em empreendimentos públicos.

Paralelamente, permitiu que se ampliasse a farra com dinheiro público na tentativa de estimular a produção de bens não pelo apoio à atividade industrial, mas pela concessão de crédito farto aos consumidores. Essa medida foi a alegria do povo, até que este se descobriu endividado até o pescoço. Então, o crédito farto revelou-se também incapaz de sustentar a produção e de evitar o sucateamento da indústria.

Do ponto de vista político, a soberba e a prepotência de Dilma selaram o destino do governo petista já no começo do segundo mandato, quando ela tentou alijar o PMDB, o seu maior aliado, do comando do Parlamento.

O coroamento da obra veio com a violação ostensiva das leis de responsabilidade fiscal e orçamentária e o julgamento que poderá resultar na cassação do mandato de Dilma e no desprestígio fatal do PT.

Era o autor dessa façanha, o tal criador de postes, que cofiava o bigode atrás de Dilma, com expressão de réu arrependido.

Jair Bolsonaro X Jean Wyllys


De Júlio Gomes

Júlio Cezar de Oliveira Gomes é graduado em História e em Direito pela Uesc. E-mail: juliogomesartigos@gmail.com.
Júlio Cezar de Oliveira Gomes é graduado em História e em Direito pela Uesc. E-mail: [email protected].

O Brasil inteiro assistiu ao vivo, quando da votação da admissibilidade do impeachment contra a Presidente Dilma Rousseff, o voto dos Deputados Federais e arqui-inimigos Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Jean Wyllys (PSOL-RJ), ocorrido na tristemente histórica e patética sessão da Câmara dos Deputados do dia 17 de abril de 2016.

Oscilavam os votos entre as afirmações calorosas e as manifestações envergonhadas, entre o verossímil e o inacreditável quando o Dep. Bolsonaro fez o que ninguém acreditaria que pudesse ser feito: dedicou seu voto ao Coronel do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra, que representa o que houve de pior, mais covarde, desumano e infame no contexto da ditadura militar que existiu no Brasil entre 1964 e 1985.

Muitas pessoas não conseguem entender o motivo de tamanha indignação e revolta por parte de tantas pessoas em todo o Brasil, talvez por desconhecer a biografia do Coronel Ustra. Pois bem: Foi este Coronel que comandou, durante o período mais sanguinário da Ditadura, entre 1970 e 1974, o DOI-CODI do 2º Exército (São Paulo), órgão destinado a promover a repressão armada aos opositores do regime, o que era feito sem nenhum limite de legalidade e de humanidade, extrapolando violentamente o papel de mantenedor da ordem social.

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