Rui Costa autoriza realização de eventos com presença de até 1.100 pessoas


O governador Rui Costa liberou eventos com a presença de até 1.100 pessoas, na Bahia. A publicação foi feita no Diário Oficial desta quarta-feira (22) e é válida até 1ª de outubro deste ano.

A liberação é para eventos como cerimônias de casamento, eventos urbanos e rurais em locais públicos ou privados, circos, parques de exposições, formatura, feiras, passeatas e afins. Também está liberada a realização de eventos com venda de ingressos.

Esse decreto também é válido para monitorar a quantidade de pessoas em zoológicos, parque de diversões, museus e teatros.

De acordo com o decreto, para a realizar estes eventos, todos os envolvidos – entre artistas, público, equipe técnica e colaboradores – deverão comprovar ter tomado as duas doses de vacina ou dose única, através do documento de vacinação fornecido no momento da imunização ou do certificado obtido através do aplicativo Conect SUS, do Ministério da Saúde.

Além disso, todos os protocolos sanitários estabelecidos pelos municípios deverão ser respeitados, inclusive, o distanciamento e uso de máscaras.

Ainda conforme o decreto, fica autorizado também o funcionamento de academias e estabelecimentos voltados para a realização de atividades físicas, desde que a ocupação máxima seja limitada a 75% da capacidade do local.

Prefeitura de Itabuna antecipa feriado dos Comerciários para o dia 18 de outubro


O prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), antecipou o feriado dos Comerciários para o dia 18 de outubro, por meio do Decreto nº 14.654 que está sendo publicado na edição eletrônica do Diário Oficial do Município.

A alteração ocorreu após acordo entre a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Associação Comercial e Empresarial de Itabuna (ACI), Sindicato do Comércio Atacadista e Varejista (Sindicom) e Sindicato dos Empregados no Comércio de Itabuna (SECI). O calendário estabelece 30 de outubro como feriado do Dia dos Comerciários.

Comunicado da Prefeitura de Ilhéus sobre a coleta de lixo


A Prefeitura de Ilhéus, por meio da secretaria de Serviços Urbanos (Secsurb), iniciou o processo de transição no serviço de coleta de resíduos sólidos domiciliares e comercias de pequeno porte. Neste período que compreende o encerramento do antigo contrato emergencial e a conclusão da licitação definitiva, a Secsurb está realizando a coleta com sua equipe de servidores e sua frota de veículos e equipamentos.

“Apesar de todos os esforços de nossa equipe, sabemos que a eficácia não corresponde a de uma empresa especializada e, por esse motivo, pedimos a compreensão da população para colaborar conosco reduzindo a frequência em que coloca seus resíduos em sua porta. Apesar de não podermos afirmar com precisão a data de encerramento do certame licitatório, acreditamos que dentro de mais ou menos uma semana já estaremos sob a vigência de um contrato regular, com novas rotas e horários buscando uma coleta mais eficiente, pontual e que corresponda às expectativas da população ilheense. Nos desculpamos pelos transtornos momentâneos e agradecemos a cooperação da nossa população”, informou, em nota, a Secsurb.

Prefeito Augusto Castro destaca ações do Governo do Estado em Itabuna


O prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), acompanhou o governador Rui Costa na visita a Camacan nesta quinta-feira, dia 16, quando foi assinada a Ordem de Serviço para a reforma do Ginásio de Esportes e do Colégio Polivalente, além de entregue uma quadra e assinados convênios da agricultura familiar.

Durante o encontro com Rui Costa, Augusto destacou obras importantes do Governo do Estado. O prefeito citou a construção de um Complexo Educacional que vai atender aos alunos das zonas sul e sudeste da cidade, a reforma da Vila Olímpica, a implantação do Campo de Futebol Amador e a requalificação da Avenida Manoel Chaves. “São projetos importantes na educação, esporte e infraestrutura que trazem benefícios para toda a população”, disse o prefeito.

Castro voltou a tratar com o Chefe do Executivo estadual sobre a instalação de um Polo de Logística em Itabuna, com o intuito de atrair empresas que vão se instalar na região, em função da implantação do Porto Sul e da Ferrovia de Integração Oeste-Leste.

“A Prefeitura de Itabuna e o Governo do Estado estão empenhados em fomentar nossa economia, gerando emprego e renda para a nossa gente. Com o novo complexo logístico, várias empresas virão para o Sul da Bahia. Por isso, estamos dotando a cidade das condições necessárias para abrigar essas empresas e dar um salto de desenvolvimento”, afirmou Augusto.

Ele citou também ações na saúde, como a aquisição de equipamentos para o Hospital de Base. “O Governo do Estado tem dado uma contribuição importante ao nosso projeto de construir uma cidade moderna, que ofereça oportunidades e qualidade de vida para a população”, ressaltou.

Barro Preto ocupa o primeiro lugar no ranking de vacinação contra a Covid-19 entre os municípios do Sul da Bahia.


Secretária de Saúde, Jaqueline Motta.

Barro Preto alcançou o percentual de vacinas aplicadas de primeira dose contra a Covid-19 com pessoas de 18 anos acima. O percentual total é de 95,17% ocupando primeiro lugar entre os Municípios do Núcleo Regional sul. Conforme tabela distribuída pela Sesab.

A secretária de Saúde, Jaqueline Motta, lembra a importância das pessoas ficarem atentas para a data da segunda dose da vacina, assinalada no cartão de vacinação. “O início de mais essa etapa significa um passo importante na busca pela imunização. Os profissionais de saúde da rede pública estão de parabéns por todo empenho e dedicação num momento tão difícil que estamos vivendo no combate à pandemia”, acrescentou Jaqueline.

” Vacinação é a forma mais eficaz de frear a contaminação e o surgimento de novas variantes do coronavírus. Apenas a imunização em massa protege todas as pessoas da comunidade e diminui o risco de contágio, estamos trabalhando intensamente para proteger nosso município e contribuir para acabar logo com essa pandemia por isso estamos muito felizes com. Os resultados aparecendo”, afirmou o prefeito Juraci da Saúde,

SINDPOC visita Casa de Custódia de Santa Maria da Vitória


O Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (SINDPOC) visitou hoje (14) a Casa de Custódia da cidade de Santa Maria da Vitória.

O presidente do SINDPOC, Eustácio Lopes, dialogou com o advogado criminalista Edvaldo que revelou que a estrutura do espaço em que funciona a casa de custódia e fala da realidade do sistema de custódia no Estado. A visita demonstrou que os policiais civis trabalham em desvio de função nas delegacias, deixando assim, de investigar os crimes. O SINDPOC denúncia tal situação e solicita a remoção de presos das delegacias, que se torna um risco para a vida dos policiais civis.

Vídeo:

Audiência pública fortalece esforços e parcerias no combate à monilíase


Foi realizada na tarde desta segunda-feira (13), a audiência pública Controle Fitossanitário da Monilíase do Cacaueiro. Transmitida a partir da Câmara dos Deputados, em Brasília, a audiência teve participações presenciais e também virtuais, sendo que os trabalhos foram transmitidos ao vivo pelo site da casa legislativa. A audiência foi solicitada pela deputada federal baiana Lídice da Mata, que presidiu os trabalhos a partir de Brasília.

A monilíase ataca principalmente frutos de cacau e cupuaçu. Atualmente, a praga está presente em todos os países produtores de cacau da América Latina, mas o Brasil não possuía histórico da doença, apesar dela ser monitorada no território desde pelo menos o ano de 2005. Agora, as preocupações se redobraram por conta da descoberta de um foco nas cidades de Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima, ambas localizadas no Acre.

Na audiência foram apresentados o histórico da doença pelo mundo e a situação do foco encontrado no Acre, como também as diversas ações que vêm sendo realizadas, por diferentes órgãos e entidades, para o combate a uma possível disseminação do fungo por outros territórios do Brasil.

Participaram das exposições e debates técnicos e pesquisadores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (SEAGRI), dentre outros órgãos e instituições. A audiência foi acompanhada, virtualmente, pelo Secretário da Agricultura da Bahia, João Carlos Oliveira, e pelo diretor-geral da Adab, Oziel Oliveira, dentre outras autoridades baianas ligadas ao setor agropecuário.

Lídice da Mata chamou a atenção para a necessidade de um combate rápido e forte à monilíase em território brasileiro, “e isso tendo a pesquisa como destaque, pois sem a ciência não temos como ir à frente nessa batalha”.

Outras ações também foram defendidas pelos técnicos em suas exposições, como os controles cultural, biológico e químico, além da implantação de um manejo adequado. Chamou-se a atenção para a necessidade de toda uma campanha educacional e informativa sobre o tema, bem como foi destacada a necessidade de criação de material que referencie as ações nos estados, a exemplo da Nota Técnica emitida na Bahia pela Adab (ao final desta matéria a nota técnica fica disponibilizada à leitura).

Foco no Acre – No dia 22 de junho, a proprietária de uma casa com amplo terreno, localizada na área urbana da cidade de Cruzeiro do Sul, no Acre, emitiu fotografias, ao Mapa, registrando frutos de cacau contaminados. Já no dia 28 de junho foi iniciada a fase investigativa de coleta de amostras por toda a região. A investigação, até agora, detectou frutos contaminados em dois terrenos de casas de Cruzeiro do Sul e em outros dois terrenos da cidade de Mâncio Lima, todos pertencentes a integrantes de uma mesma família, daí o Mapa estar considerando esses quatro casos como um foco único.

Nesse instante, há barreiras fitossanitárias nas fronteiras do Brasil com os países vizinhos ao Norte e também existem barreiras nas fronteiras do Acre com outros estados brasileiros. Auditores e técnicos da área agropecuária, oriundos de 14 unidades da federação, já estão convocados para atuarem no combate à praga em ações que compõem um planejamento já realizado e que, nesse primeiro momento, vai até dezembro de 2021. Porém, como chamaram a atenção os expositores durante a audiência, esses combate e monitoramento serão estendidos, em caráter reforçado, por pelo menos dois anos.

Ao final da audiência, a deputada Lídice da Mata destacou a importância dos trabalhos que vêm sendo realizados para o combate à monilíase no Brasil, e ressaltou a importância da cadeia produtiva do cacau. “É preciso destacar que a cultura do cacau na Bahia, durante a vassoura-de-bruxa, teve um impacto devastador na economia do estado e também na economia dos produtores. É preciso que o Ministério da Agricultura busque manter um olhar igualitário entre as diversas culturas e seus impactos nos diversos territórios deste país. Quando falamos de cacau, falamos do chocolate, que tem crescimento de consumo em todo o mundo, o que faz com que essa cultura, a cultura do cacau, tenha ainda maior importância. É necessário que a produção de chocolate no Brasil seja vista e estimulada, pois gera emprego e renda para o país”.

Durante a audiência, as principais exposições técnicas foram realizadas por Graciane Castro (Mapa), Rafael Moyses Alves (Embrapa); José Francisco Thum (IDAF/Acre); Maciel Silva (CNA); e Catarina Cotrim de Mattos Sobrinho (Adab).

Repercussão – Após acompanhar a transmissão, João Carlos Oliveira comentou que a SEAGRI “participa dessa grande força tarefa que inclui diversos órgãos e entidades ligados à agropecuária do Brasil, sob o comando do Mapa, no esforço por impedir que a monilíase se dissemine pelo Brasil”. O secretário da Agricultura da Bahia também frisou que não poupará esforços nesse combate. “Munidos da melhor técnica e direcionados pela ciência, seguimos nesse enfrentamento e também estimulamos o desenvolvimento de clones de cacau que sejam resistentes ao fungo. Temos que agir em várias frentes e é o que estamos fazendo”.

O diretor-geral da Adab, Oziel Oliveira, lembrou a importância social e econômica do cacau e ressaltou que “a defesa fitossanitária da Bahia entende que o enfrentamento à monilíase vem da prevenção e da proatividade. Isso inclui não apenas a fiscalização, mas também a educação sanitária, a pesquisa e a orientação de produtores e comunidades”.

Já o superintendente federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento na Bahia (SFA/BA), Nilo Ferreira de Azevedo, destacou que “o dano social causado por essa doença é bem superior ao econômico, haja vista que a maioria dos produtores são familiares, então, dependem da produção das propriedades para o sustento das famílias. Não medimos esforços para o controle dessa doença, tanto que os órgãos fiscalizadores da Bahia e nós, que somos ministério, recrutamos profissionais também da Adab para agirem no Acre, onde está o foco. E estamos fortalecendo mais esse vínculo SEAGRI, Adab e SFA/BA para combatermos a doença”.

Sobre a união de forças no combate à monilíase, o chefe da Divisão de Defesa Agropecuária da SFA/BA, Cássio Peixoto, disse ser de extrema importância essa “ação estratégica que vem acontecendo, de forma conjugada, entre a parte de pesquisa e a defesa agropecuária. E isso, sobretudo, tratando o tema como uma política de Estado. O cacau gera renda, gera divisas, postos de trabalho, e essa cultura se encontra ameaçada pela monilíase. Mas hoje foi demonstrado que o Ministério da Agricultura, a Secretaria da Agricultura do Estado da Bahia e a Adab estão unidos e com plataformas extremamente solidas para o combate à monilíase”.

Itacaré realiza vacinação de pessoas acima de 17 anos


O trabalho de vacinação contra a Covid-19 continua e agora a Prefeitura de Itacaré já iniciou a imunização da população em geral acima de 17 anos. Para isso basta se dirigir a unidade de vacinação em Itacaré, que fica no Sindicato Rural, em frente ao colégio Maria Benjamina, das 8 às 12 horas e das 13h30min às 16 horas, de segunda a sexta-feira. Já em Taboquinhas a vacinação acontece no posto Maria de Lourdes, de segunda a sexta-feira, das 8 às 14 horas.

A Prefeitura de Itacaré também continua com a vacinação de pessoas gestantes, puérperas e adolescentes entre 12 e 17 anos com comorbidade. Para isso, as pessoas desse público alvo com comorbidades devem se dirigir aos locais de vacinação com documento com foto, cartão SUS atualizado ou CPF, comprovante de residência e relatório médico com cópia.

O prefeito de Itacaré, Antônio de Anízio, destacou a importância de todos que estão nessa faixa ou façam parte desse público alvo compareçam aos locais de vacinação para a imunização contra a Covid-19. Também ressaltou que as pessoas que tomaram a primeira dose precisam retornar às unidades de vacinação. De acordo com a estimativa do serviço de Vigilância Epidemiológica, mais de duas mil pessoas acima de 18 anos ainda faltam tomar a vacina contra a Covid-19.

Em apenas 100 anos, 45 altos e morros de Ilhéus passaram a ser habitados


A ocupação dos altos e morros de Ilhéus começou na década de 1920. Hoje, 100 anos depois, a cidade convive com 45 regiões habitadas em pontos altos da cidade. Números estimados pela Defesa Civil apontam que, hoje, residem nos altos e morros de Ilhéus 17 mil famílias em áreas de anormalidade (não possui regulamentação de imóveis e aonde sequer chegam serviços essenciais), 5 mil famílias em áreas de risco e mais 20 mil famílias em áreas de morro. A geografia acidentada da zona urbana e o crescimento populacional acentuado registraram, em apenas um século, um cenário preocupante: absolutamente em todos estes locais há necessidade de intervenções para garantir a segurança dos seus habitantes.

Geógrafo e engenheiro civil, pós-graduado em planejamento de cidades e em gestão e invasão costeira, o coordenador da Defesa Civil, Joandre Neres, destaca a complexidade que se tem ao debater este tema em Ilhéus. “Começa desde a denominação”, explica. “O que diferencia a expressão ´altos e morros´, por exemplo, é a infraestrutura da região e a quantidade de pessoas que nela reside”, completa. Neres lembra que as condições de acessibilidade continuam sendo um dos maiores dramas dos moradores destas comunidades. “Dos 45 altos e morros, apenas 12 têm acessibilidade de veículos com serviço de transporte público. Mesmo assim de forma precária”, enumera. “A maioria destas localidades conta apenas com escadarias”, completa.

Audiência

Os altos e morros de Ilhéus foram tema de uma Audiência Pública, hoje (13) à tarde, na Câmara de Ilhéus, atendendo a um requerimento do vereador Fabrício Nascimento (PSB). Além dos vereadores Jerbson Moraes (PSD), Ederjúnior dos Anjos (PSL), Sérgio do Amparo (Podemos), Baiano do Amendoim (PSDB), Gurita (PSD), Ivo Evangelista (Republicanos) e Enilda Menbdonça (PT), o evento reuniu representações e lideranças comunitárias destas localidades, autoridades militares e diretores da Embasa. Os secretários Átila Dócio (Infraestrutura e Defesa Civil) e Rubenilton Silva (Promoção Social e Combate à Pobreza) e a enfermeira Daniela Navarro (representando a secretaria de Saúde) também participaram do evento.

Presente à Audiência, Eduardo Mendes, liderança do Alto do Basílio, disse que a comunidade do morro vive diante de um extremo descaso. “A calamidade é grande”, resume. “Muitas vezes é a gente quem faz mutirão para fazer as coisas na comunidade”, informa Sérgio Oliveira, representante do Alto da Esperança. Do Alto da Legião, Raílton da Costa Santos garante que os problemas dos altos de Ilhéus só mudam de endereço. “Nossas encostas são uma tragédia anunciada”, reforça Juliano Pereira, do Alto Boa Vista.

Derrubar muros

“É preciso derrubar o muro que divide a região plana e os altos e morros de Ilhéus”, destaca o presidente da Câmara, Jerbson Moraes. O parlamentar considera “um grande problema” o fato de sempre parecer que os altos e morros de Ilhéus não estão integrados ao restante da cidade. “Tudo isso é reflexo de uma questão cultural e da forma de administração pública feita por anos e anos”, lamentou. “Devemos aproveitar essa audiência para iniciar uma mudança de paradigma. Precisamos enxergar o morro como um local habitado por trabalhadores e trabalhadoras e uma região produtiva da cidade”, afirmou.

O vereador Ivo Evangelista destaca que a Câmara de Ilhéus nunca se eximiu em fazer o seu trabalho de encaminhar as reivindicações aos órgãos cabíveis. A questão, completa a vereadora Enilda Mendonça, é que os problemas se agravam por décadas. “Sempre resolvemos o tapa-buraco, mas é preciso pensar na infraestrutura a longo prazo. Há décadas Ilhéus discute os morros, mas não há solução para eles”, dispara.

Problema antigo

Vereador em exercício, Sérgio do Amparo, lembra que os morros estão gritando, mas esse, segundo o parlamentar, é um problema que já vem de outras gestões. Representante destas localidades, ela assegura que já existem indicações e requerimentos em benefício destas comunidades. Cansado de esperar por ações, o vereador até desenvolveu um projeto de revitalização das encostas. “O que eu acredito é que é muito importante trazer as emendas ano que vem para a cidade de Ilhéus. Assim ajudaríamos o Poder Executivo a executar essas obras”, analisa o 1º secretário da Casa, vereador Ederjúnior dos Anjos.

No âmbito da segurança pública, o comandante da 68ª Companhia, Major Wesley Siqueira, destacou a existência do projeto “Comando Alto”, que atende a essas comunidades. “Todos conhecem os problemas de sua localidade, desde a falta de infraestrutura, acesso, transporte, iluminação e tudo isso impacta diretamente na segurança pública”, afirma o Capitão PM, Cláudio Lopes, comandante da 69ª Companhia. “Temos dificuldade em ter acesso a estas localidades e como consequência, isso propicia a atuação de criminosos de uma forma mais efetiva nestas localidades”, alerta. Para o Capitão PM Álvaro Magalhães, Comandante da 70ª Companhia, a principal preocupação do seu comando é com o tráfico de drogas.

Treinamento

“Criamos equipes itinerantes de saúde para visitar as comunidades de forma contínua para que levemos até os altos, equipe disciplinar de saúde”, destaca a enfermeira Daniela Navarro. Além disso, afirma, a saúde pôde perceber em conversas com a comunidade a importância de acesso às emergências (subida de ambulâncias) e, por conta disso, desenvolveu junto à secretaria um programa de capacitação de moradores para prestar os primeiros socorros.

O secretário Rubenilton Silva assegura que não faltam esforços do poder executivo para melhorar a vida das pessoas que residem nos morros. “Muitas vezes nos meses mais chuvosos subimos os altos para desenvolver ações para atender essa população vulnerável”, disse, reconhecendo, entretanto, que é muito difícil o poder público acompanhar o crescimento urbano desordenado da cidade.

Secretário de Infraestrutura, o engenheiro Átila Dócio explica que é com recurso federal que é possível resolver a questão das encostas e morros de Ilhéus. “Para que isso aconteça, existe uma questão burocrática, desde a elaboração do projeto, da busca pelo capital, autorização de solicitação até se chegar à execução”. Esta dependência, resume, é por conta de custos mais elevados em obras deste porte, que exigem uma técnica de engenharia mais apurada.

Matéria da Ascom Câmara de Vereadores de Ilhéus.

Esportistas querem democratizar avenida Soares Lopes; tem que ter projeto para atender a diversas modalidades


Em 2016, José João Rodrigues começou a praticar corrida na avenida Soares Lopes, em Ilhéus. O espaço sempre foi um atrativo para um treinamento para competições de alta performance. Àquela época, ainda sem a nova ponte e um fluxo menor de carros, era possível dividir a pista e treinar em toda a orla. Hoje, maratonista profissional e com diversos títulos na carreira, José João, infelizmente, não consegue mais treinar na artéria. A nova ponte, que chegou há pouco mais de um ano, trouxe um aumento considerável no fluxo de carros na região. “Ficou impossível correr sem colocar a vida em risco”, reconhece. Hoje (10), ele apresentou uma proposta de criação de uma pista alternativa, margeando a areia da praia, para atender, de uma forma mais segura, a necessidade das pessoas que praticam esse esporte.

A apresentação aconteceu em mais uma Audiência Pública realizada pela Comissão da Avenida Soares Lopes. Criada pela Câmara Municipal a série de audiências discute com a população o futuro da avenida. Nesta sexta, foi a vez da Audiência Setorial “Esporte e Lazer”, a terceira da série. Um grupo expressivo de representações esportivas da cidade se reuniu na Câmara para apresentar demandas e propostas para a avenida que todos querem ter. Quais são hoje os seus principais problemas? A avenida seria uma área para novos empreendimentos públicos? Ou espaço apenas para lazer e entretenimento? Você conhece a biodiversidade da praia da avenida? Costuma ir com frequência à Soares Lopes? Que problemas você enxerga nela? São alguns dos questionamentos que vêm sendo feitos.

Podia ser diferente

Rui Xavier, dirigente de uma empresa de assessoria esportiva, concorda com o maratonista. E traz ainda um sentimento de que tudo poderia ser muito diferente. Acostumado a viajar, ele lamenta o fato de “correr o mundo todo e ficar com a sensação de porque eu não tenho essa oportunidade de correr em meu próprio quintal”. A falta de um olhar para uma das maiores vocações naturais da Soares Lopes, o esporte e lazer, não estimula no fortalecimento das entidades esportivas que se utilizam dos espaços da orla. Até as mais tradicionais sentem o impacto do descaso.

A Associação Desportiva Baba de Ilhéus (Adebi) fundada há 73 anos, nos bons tempos chegou a contar com mais de 300 associados. Hoje não chega a 80. O representante Ademar Argolo, lembra que a entidade não tem fins lucrativos e a ausência de governos para ouvir as demandas, termina por afastar os amantes do futebol. Carlos Augusto, representante da Associação Ilheense de Esportes Radicais, uma entidade com mais de 20 anos de existência, lembra que a avenida tem “uma área com potencial gigante” mas é mal gerida. “A nossa pista de skate chegou a ser mal vista pela cidade por conta da falta de atenção e cuidado”, lembrou.

“Há esgotos, total falta de segurança”, completa Mestre Ramiro, do Coletivo Capoeira Ilhéus. Para ele, a avenida como alternativa de ocupação para a atividade esportiva e de lazer, só ocorrerá efetivamente quando a estrutura física estiver diretamente relacionada à recuperação do espaço. “São adequações que devem, inclusive, ocorrer imediatamente, mesmo antes da definição de um projeto arquitetônico da orla”, opina Quincas Ribeiro, presidente da quase centenária Liga Ilheense de Futebol. A LIF acaba de ganhar uma área cedida pela prefeitura para a criação de um centro de treinamento opcional, nas proximidades do Centro de Convenções, com o objetivo de preservar as condições do gramado do estádio Mário Pessoa, que anda bastante prejudicado, pelo excesso de uso. “Será da Liga, dos filiados e das pessoas que quiserem usar”, assegura Ribeiro.

Avenida sustentável

Para Jorge Lango, representante do Clube Satélite de Remo, uma das mais tradicionais entidades esportivas da cidade, é fundamental integrar o meio ambiente e o esporte. Habitar a avenida de forma ordenada e sustentável. “Com a chegada do Porto de Malhado houve um recuo considerável do mar. A natureza nos tomou isso, mas nos deu uma grande contrapartida: ganhamos aproximadamente 130 hectares de área litorânea que precisam ser usados de forma consciente e inteligente”, afirmou.

Alegando problemas de saúde, o novo secretário de Esportes, Kaíque Souza, vereador licenciado, foi representado na audiência pelo assessor Tiago Raposo, que lembrou que a recém-criada secretaria ainda passa por um processo de estruturação. “Vim ouvir ideias e ver uma forma de atender projetos. De fato, a avenida precisa ter mais opções para os jovens e servir como um espaço de geração de emprego e renda”, afirmou, completando que “o empenho existe”.

“É preciso ficar claro qual é mesmo o papel da Câmara nesta discussão”, alerta a vereadora Enilda Mendonça (PT). “O nosso papel é criar a grande escuta e, no final, estabelecer uma metodologia de ouvir a todos os segmentos econômicos, esportivos e ambientais”. A parlamentar lembrou que um projeto para a avenida não sai do zero e que os parlamentares estão revisitando as legislações existentes. “A Soares Lopes não pode ser definida em pedacinhos. É preciso planejar a curto, médio e longo prazos. Tem que ser um projeto de estado e não projeto de governo, para poder ter continuidade da sua execução qualquer que seja o ocupante do Palácio Paranaguá”, destacou.

O presidente da comissão, vereador Vinícius Alcântara (PV) destacou a necessidade de democratizar cada vez mais a ocupação legal da avenida. “Existe tanto a necessidade de quem não tem espaço e, também, tem quem já está na área e pratica esporte. Enquanto não tiver um espaço realmente organizado a gente não vai conseguir equilibrar. E esse é desejo”, afirmou, acrescentando que, para o bem coletivo, a cidade deverá encarar isso de frente.

Paralelamente às audiências setoriais, segue a escuta pública presencial (recepção da Câmara) ou online (https://forms.gle/8PYmL9NZQptuDA2aA) onde a população poderá opinar sobre o futuro da avenida.