O clube anunciou a contratação do treinador, Carlos Rabello, que tem ampla passagem pelo futebol brasileiro. Com experiência em clubes como Palmeiras (Sub-20), Mirassol, Novorizontino, Ferroviária, São Bento, Marília, Atlético Goianiense, CRB, América de Natal, Ferroviário e Juazeirense, o novo comandante chega com a missão de liderar o time na Série D.
Conhecido por valorizar a base e com um perfil tático e competitivo, o técnico foi recebido com entusiasmo pela diretoria e torcida. “Seja bem-vindo, professor! A Juma te espera com garra!”, publicou o clube nas redes sociais.
Além da novidade no comando técnico, o Barcelona de Ilhéus reforçou seu ataque com a contratação do centroavante Paulo Rangel, o PR9. Natural de Belém do Pará, o atacante tem passagens por clubes internacionais, como Emirados Árabes, Malásia e Tailândia, onde se destacou como goleador.
No Brasil, Rangel já vestiu as camisas de Paysandu, Tuna Luso e Castanhal, onde recentemente voltou a demonstrar seu faro de gol. Com um currículo impressionante, ele foi artilheiro do Campeonato Paraense por dois anos consecutivos, um feito inédito na história da competição. Em 2025, manteve o bom desempenho, marcando sete gols em dez jogos.
Agora, o Barcelona de Ilhéus aposta no talento do novo técnico e no poder ofensivo de PR9 para buscar seus objetivos na Série D. A torcida espera ansiosa por uma campanha sólida e muitas conquistas na temporada.
A sessão da Câmara de Vereadores de Ilhéus desta terça-feira (29) foi marcada por mais um episódio de desentendimento entre parlamentares, desta vez envolvendo os vereadores Tandick e Vinícius Alcântara, ambos do União Brasil. O clima ficou tenso, e a intervenção de guardas municipais e outros vereadores foi necessária para evitar que a situação escalasse para agressões físicas.
Os frequentes conflitos no legislativo ilheense têm prejudicado a imagem da Casa e gerado preocupação até mesmo entre os próprios vereadores, que reconhecem a necessidade de medidas para conter esses incidentes. No entanto, enquanto alguns buscam pacificação, outros parecem alimentar as disputas, transformando o plenário em palco de embates pessoais em vez de debates propositivos.
O caso desta terça-feira ganhou contornos ainda mais graves quando Tandick afirmou que Vinícius Alcântara, policial rodoviário federal, estava armado durante a sessão. A possibilidade de um confronto mais sério acende um alerta sobre a necessidade de maior controle e respeito ao regimento interno, evitando que divergências políticas coloquem em risco a segurança de todos.
Diante desse cenário, cresce entre os parlamentares a cobrança para que o presidente da Câmara, Cesar Porto, tome medidas mais firmes para restabelecer a ordem. Há até sugestões de que sejam adotados mecanismos para avaliar condutas, uma vez que a Comissão de Ética, que deveria atuar nesses casos, não tem cumprido seu papel de forma efetiva.
É essencial que os vereadores de Ilhéus priorizem o interesse público e o respeito às instituições, deixando de lado conflitos pessoais que só servem para desgastar a vereança.
Enfim, Ilhéus merece um legislativo melhor. Mas, pelo visto, por enquanto, teremos que nos contentar com o Big Brother dos Vereadores – só que, em vez de prêmio em dinheiro, o prejuízo é nosso.
A Prefeitura de Itacaré anunciou, nesta terça-feira (29), a antecipação do pagamento dos salários dos servidores municipais referentes ao mês de abril. Os vencimentos serão creditados nos dias 29 e 30 de abril, permitindo que os trabalhadores possam celebrar o feriado do Dia do Trabalhador, comemorado em 1º de maio, com mais tranquilidade, dignidade e segurança financeira.
A medida faz parte da política de valorização do servidor público adotada pela gestão municipal e demonstra o compromisso da administração com aqueles que, diariamente, contribuem para o funcionamento e o desenvolvimento da cidade.
Além da antecipação dos salários, foi decretado ponto facultativo para a próxima sexta-feira, 2 de maio, ampliando o período de descanso para os servidores durante o feriado prolongado.
“Essa é mais uma ação que reforça o respeito e a responsabilidade da administração pública com o funcionalismo. Estamos garantindo que todos possam celebrar o Dia do Trabalhador com seus salários em mãos e com mais tranquilidade”, destacou o prefeito Nego de Saronga.
Com equilíbrio fiscal, planejamento e responsabilidade, a Prefeitura de Itacaré reafirma sua prioridade com o servidor público, mantendo os pagamentos em dia e investindo continuamente em ações de valorização e reconhecimento do funcionalismo.
A iluminação da Ponte Jorge Amado e dos acessos viários sul e norte, em Ilhéus, é de responsabilidade da Prefeitura Municipal, segundo a Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra-BA). A informação contrata com o discurso recente do deputado estadual Pedro Tavares (UB), que, durante sessão na Assembleia Legislativa, cobrou do Governo do Estado a recuperação da iluminação da estrutura.
Em seu pronunciamento, Tavares sugeriu que o Estado transferisse ao município a manutenção dos equipamentos. No entanto, a Seinfra-BA esclarece que, desde agosto de 2023, a gestão da iluminação já está sob responsabilidade da Prefeitura de Ilhéus. Questionada pelo BlogPimenta, a pasta estadual afirmou que o município assumiu junto à Neoenergia Coelba a titularidade dos três contratos de fornecimento de energia da ponte e dos acessos viários, ficando, portanto, encarregado da manutenção.
Apesar disso, a conservação da rodovia – mesmo no trecho urbano – continua sob responsabilidade do Estado. A Seinfra-BA destacou ainda que autorizou a Prefeitura a construir um novo acesso da BA-001 para a via marginal sentido sul (Avenida Ruy Carvalho). “Foi emitida uma carta anuência pelo órgão responsável pelas rodovias estaduais para a prefeitura local executar a obra”, informou a secretaria em nota.
Enquanto o debate sobre as responsabilidades segue, a população aguarda solução para a iluminação da ponte, um dos principais cartões-postais de Ilhéus.
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresentou detalhes da 2ª edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), em coletiva de imprensa na tarde desta segunda, 28 de abril, em Brasília (DF). Serão 3.352 vagas em 35 órgãos públicos. Haverá 2.180 vagas imediatas (1.672 de nível superior e 508 de nível intermediário) e 1.172 para provimento de curto prazo, após a homologação dos resultados. A previsão de início da fase de inscrições é para o mês de julho e a prova objetiva, primeira etapa da seleção, está agendada para 5 de outubro.
Para a ministra, o certame demonstra o compromisso e esforço do Governo Federal em construir um serviço público com a cara do Brasil, por meio de um modelo de seleção inovador, democrático e inclusivo. O CPNU 2 terá nove blocos temáticos e o mesmo sistema de inscrição para diferentes cargos dentro do mesmo bloco, com lista de preferência. A previsão é de que as provas sejam aplicadas em cerca de 228 cidades.
“Na nossa visão, a importância de se realizar um novo concurso é que um grande número de pessoas estão se aposentando no serviço público federal e a gente acha que essa ideia de poder contratar, de forma periódica e ampla, para termos um serviço público com a cara do Brasil, é super importante. A gente quer transformar essa política pública em algo permanente, se for possível”, afirmou Esther Dweck. “O CPNU é parte de um processo de transformação do Estado. O ministério foi criado para esse processo de transformação em um Estado soberano, democrático, eficiente, inclusivo, verde e digital”, completou.
O CPNU é parte de um processo de transformação do Estado. O ministério foi criado para esse processo de transformação em um Estado soberano, democrático, eficiente, inclusivo, verde e digital”
Esther Dweck, ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos
Os principais cargos e vagas imediatas para nível superior são para Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico (250 vagas) e Analista Técnico de Defesa e Justiça (250), além de cargos nos ministérios das Cidades (15), do Desenvolvimento Agrário (64), do Turismo (8), da Integração e Desenvolvimento Regional (10), da Fazenda (30) e da Pesca e Aquicultura (33). Para inscritos com ensino médio completo, as vagas contemplam instituições como ANP (50 vagas para nível superior e 16 para ensino médio), Anac (70 para médio), Anatel (50 para médio), ANM (80), ANS (20), Antaq (30), ANTT (50) e Anvisa (14), entre outros.
CRONOGRAMA — Uma das novidades é que as provas serão aplicadas em duas fases e datas, seguindo o seguinte cronograma previsto:
Edital e inscrições: Julho de 2025 Prova objetiva: 5 de outubro de 2025 Prova discursiva: para habilitados na primeira fase: 7 de dezembro de 2025
Divulgação de resultados: fevereiro de 2026
A convocação para a segunda fase vai respeitar a ideia de nove vezes o número de vagas para cada cargo, tanto para ampla concorrência quanto para vagas reservadas.
ÓRGÃOS — Superando a primeira edição, que teve cargos em 21 órgãos públicos, o CPNU 2 amplia o número para 35 órgãos.
NOVAS CARREIRAS — Para a segunda edição, o ministério confirmou a inclusão de duas carreiras: Analista Técnico de Justiça e Defesa e Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico — ambas de nível superior. Carreiras transversais são aquelas com atribuições e responsabilidades que podem ser exercidas em diversos órgãos e entidades da administração pública federal. Um outro ajuste para o CPNU 2, baseado nos aprendizados da primeira versão do chamado Enem dos Concursos, será o edital unificado para todos os blocos temáticos, com nove documentos separados.
IDENTIFICAÇÃO AUTOMÁTICA — O CPNU 2 usará o código de barras no cartão-resposta para identificar automaticamente o candidato, no lugar do preenchimento de bolinhas com caneta preta, como ocorreu na primeira edição do certame. Com a nova tecnologia, cada caderno de questões virá com um código único, que identifica o candidato sem revelar seus dados pessoais aos corretores. O anonimato tem o objetivo de garantir a imparcialidade e a justiça. A expectativa é que o novo sistema também agilize a correção e a divulgação de resultados dos candidatos.
PRIMEIRO CPNU — Foi o maior concurso público já feito no país. Ofereceu 6.640 vagas em 21 órgãos públicos federais e teve mais de 2,11 milhões de inscritos confirmados. O certame representa a reposição de quadros do Executivo, além de oferecer novas carreiras e oportunidades a quem deseja trabalhar na administração pública. Incrementa, inclusive, a qualidade dos serviços oferecidos pelo Governo Federal. As provas foram aplicadas em 228 locais para facilitar acesso de candidatos de todo o país, permitindo uma distância média de deslocamento de 100 km da residência. Houve aprovações em 908 cidades e em todos os estados e no Distrito Federal. Um total de 24,5% dos aprovados são pessoas negras, 2,3% são indígenas e 6,8% são pessoas com deficiência.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
A escalada da violência impulsionada por facções criminosas e disputas territoriais tem transformado a realidade de milhões de brasileiros, especialmente na Bahia, onde a população presencia, atônita, a deterioração da segurança pública. A situação não se limita ao estado baiano—estende-se por várias unidades federativas—, mas os casos do Rio de Janeiro, Ceará e Bahia têm sido comparados a um cenário de guerra civil.
A Polícia Militar da Bahia tem reagido com combatividade, mas enfrenta desafios estruturais e falta de suporte institucional. Enquanto isso, parte da mídia e de setores da sociedade criminaliza a ação policial, ignorando que, sem sua atuação, o estado já estaria completamente dominado pelo crime organizado. Das dez cidades mais violentas do Brasil, seis estão na Bahia. Dados da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) revelam que, apenas nos dois primeiros meses de 2023, cerca de mil armas de fogo foram apreendidas, incluindo oito fuzis—evidência clara de que o estado vive um conflito armado.
Para as facções criminosas, o controle territorial é essencial para a expansão de seus negócios ilícitos. Sem ele, não há tráfico de drogas, extorsão, roubo de cargas ou monopólio de serviços básicos, como gás e transporte. Na Bahia, a atuação de grupos criminosos intensifica os índices de homicídios e confrontos. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), a Bahia registrou uma taxa de 47,5 homicídios por 100 mil habitantes em 2022, acima da média nacional, que foi de 22,7.
A Bahia, inclusive, tem a polícia que mais mata em confrontos no Brasil. Esse dado, longe de ser um orgulho, reflete a brutalidade da guerra contra o crime. Se as forças de segurança não agissem com firmeza, as facções já teriam tomado o controle de municípios do interior e de bairros inteiros das grandes cidades, como ocorreu em partes de Salvador.
Especialistas em segurança pública, como Rodrigo Pimentel, ex-capitão do BOPE e consultor, alertam que o problema vai além da violência urbana: as facções estão infiltrando-se na política e em setores econômicos, controlando até mesmo o fornecimento de gás e transportes em comunidades carentes. Esse cenário lembra o que aconteceu em El Salvador antes da ascensão de Nayib Bukele, onde as gangues MS-13 e Barrio 18 dominavam territórios e influenciavam eleições.
Bukele, com apoio popular e do Legislativo, adotou medidas extremas: estado de exceção, prisões em massa e construção de megapresídios. O resultado? Uma queda drástica nos homicídios, de 103 por 100 mil habitantes em 2015 para 7,8 em 2022. A estratégia salvadorenha, embora polêmica, mostrou que apenas políticas de tolerância zero e forte presença estatal podem quebrar o poder das organizações criminosas.
Enquanto o Brasil debate políticas de redução de danos e direitos humanos para criminosos, a população sofre. A pergunta que fica é: até quando a sociedade baiana e brasileira suportarão viver sob o domínio de facções? Se a violência continuar nesse ritmo, a pressão por um “Bukele brasileiro” pode crescer—alguém disposto a tomar medidas duras, mesmo que controversas, para restaurar a ordem.
A diferença é que, em El Salvador, houve vontade política. No Brasil, o crime avança também na política enquanto o Estado hesita. Se nada for feito, a Bahia—assim como outras regiões—pode mergulhar em um caos ainda maior. A pergunta não é se um líder como Bukele surgirá no Brasil, mas quando.
Confira debate sobre segurança pública no Podcast Inteligência LTDA:
Romeu foi levado para uma clínica veterinária, mas precisa de doações para continuar o tratamento. Foto Ong Planeta dos bichos.
Romeu, também conhecido como Jurandir, era um cachorro comunitário que vivia próximo a uma fábrica no bairro Iguape, em Ilhéus. Manso e querido por todos, ele recebia cuidados e carinho de funcionários e moradores. Mas sua vida mudou de forma brutal e dolorosa.
Em um ato de extrema violência, Romeu teve parte do rabo e do ânus cortados com um facão. As feridas graves evoluíram para um estado de putrefação, deixando-o em sofrimento constante e risco de morte. A dor que ele sente é inimaginável, e sua sobrevivência agora depende de ajuda urgente.
Resgatado pela ONG Planeta dos Bichos, Romeu está internado em estado delicado, precisando de tratamentos intensivos, medicamentos e cirurgias. Cada dia é uma batalha pela vida, e sua recuperação exige recursos que vão além do que a ONG pode arcar sozinha.
Crueldade é Crime
O que aconteceu com Romeu não é apenas um ato de violência, mas um crime previsto na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998). Desde 2020, a Lei Sansão (14.064/2020) aumentou as penas para maus-tratos contra cães e gatos, prevendo de 2 a 5 anos de prisão, além de multa e perda da guarda de animais.
A agressão a Romeu não pode ficar impune. Denunciar casos como esse é um dever de todos que acreditam em justiça e compaixão.
Como Ajudar
Romeu precisa de você. Qualquer valor, por menor que seja, pode salvar sua vida. As doações podem ser feitas via PIX para a ONG Planeta dos Bichos:
Chave PIX:35.774.889/0001-49
Nenhum gesto de solidariedade é pequeno. Juntos, podemos mostrar que o amor supera a crueldade e que Romeu terá a chance de recomeçar.
Ele sobreviveu ao pior. Agora, precisa de nós para ter o melhor: a vida.
Cidade de Cedro do Abaeté, em Minas Gerais, que tem 1.091 moradores – Divulgação/Prefeitura Cedro do Abaeté no Facebook.
Cidades com menos de 3.000 habitantes espalhadas pelo interior do Brasil estão avançando na criação de cargos comissionados e chegam a ter estrutura de governo semelhante à de cidades maiores, ainda que dependam majoritariamente de recursos externos para sobreviver. As cidades ainda patinam na implementação de políticas de primeira necessidade, como saneamento básico.
Cedro do Abaeté (MG) tem 1.091 moradores e nove secretarias —1 para cada 121 habitantes. A renda média de seus trabalhadores formais fica na casa de 1,7 salário mínimo.
Os salários do prefeito José Filho (MDB), do vice, Helder Andrade (MDB), dos nove secretários e do chefe de gabinete custam R$ 860 mil ao ano, cifra que supera em mais de R$ 100 mil a arrecadação prevista para 2025 em impostos e taxas municipais (R$ 758 mil), segundo a Lei Orçamentária Anual (LOA).
Cenário semelhante vive Cachoeira de Goiás (GO), com 1.419 habitantes. Com 13º salário, vencimentos de agentes políticos somam quase R$ 1,1 milhão por ano —quase toda a arrecadação própria de 2024 (R$ 1,3 milhão).
Um decreto-lei de 1969 condicionava a existência de secretarias a cidades paulistas com mais de 150 mil habitantes. A chamada Lei Orgânica dos Municípios de São Paulo deixou de ser cumprida com a Constituição, que deu ampla autonomia a municípios –a legislação estadual acabou revogada em definitivo em 2006.
Professor assistente de direito administrativo na PUC-SP, o advogado José Jerônimo Nogueira de Lima diz que é hora de o país retomar uma legislação do gênero —mas isso depende de emenda constitucional.
“O que temos hoje não se paga. São milhares de cidades, com formas distintas de gestão. É muito pulverizado, você não consegue racionalizar políticas e investimentos”, afirma. “É uma autonomia descontrolada”.
Mudanças devem ser feitas, diz, o que depende também de uma pauta suprapartidária.
“Você precisa de vontade política. Os prefeitos garantem votos aos deputados e aos senadores, que têm seus redutos eleitorais, o que dificulta qualquer debate sobre o tema.”
O Ministério Público do Estado da Bahia ajuizou ação civil pública contra o Estado da Bahia e o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac) para que realizem concurso público a fim de admitir servidores aptos a trabalharem na instituição. Ajuizada no último dia 8 pela promotora de Justiça Eduvirges Tavares, a ação decorre de inquérito instaurado pelo MPBA para apurar irregularidades referentes à ocupação de cargos públicos no Instituto.
A ação solicita à Justiça que, de forma liminar, proíba a contratação via Regime Especial de Direito Administrativo (Reda) para suprir necessidades do quadro técnico e permanente do Ipac, além da realização de audiência para tentativa de conciliação. Foi solicitado ainda que, Estado e Ipac cumpram com o cronograma requerido na ação, que estipula seis meses para a publicação do edital do concurso, 12 meses para realização das provas e 18 meses para nomeação e posse dos aprovados.
De acordo com a promotora, foi constatado que o Ipac nunca realizou concurso público para admitir novos servidores e tem atualmente em seu quadro funcional pessoas que ingressaram sem concurso cinco anos antes da Constituição de 1988. O próprio Ipac informou que são servidores despreparados ou desatualizados para exercerem as funções na instituição. Os demais foram indicados politicamente ou contratados via Reda. Diante da ausência de profissionais capacitados e da não realização de certame adequado, a promotora aponta “a falta de profissionalismo e constância necessários para que o Ipac cumpra com seu objetivo de proteger o Patrimônio Cultural da Bahia, conforme determina o artigo 216 da Constituição Federal”.
Segundo a promotora, a ausência de profissionais devidamente capacitados para ocupação dos cargos no Instituto tem gerado prejuízos à proteção do patrimônio cultural no estado, visto que diversos processos de tombamento encontram-se paralisados, além da ausência de administração eficiente no Parque Imobiliário de Salvador, que inclui bens culturais como Pelourinho, prejudicando a preservação, regularização e uso adequado dos imóveis públicos, com danos financeiros ao erário e à sociedade.
Valderico Junior (UB), Jabes Ribeiro (PP) e ACM Neto (UB).
Nesta sexta-feira (25), o vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, participa de um encontro político em Ilhéus com aliados, incluindo o prefeito Valderico Junior e a vice-prefeita Wanessa Gedeon (Novo). Além de debater estratégias para as eleições de 2026, o grupo será informado sobre os detalhes da Federação entre o União Brasil e o Partido Progressista (PP).
O acordo entre as duas legendas foi firmado na quarta-feira (23), após meses de negociações, e será oficialmente anunciado na próxima terça-feira, em Brasília. A federação visa unir as forças partidárias em nível nacional, mas o processo tem gerado resistências em alguns estados, como na Bahia, onde lideranças do PP temem perder espaço para a cúpula do União Brasil.
Nos estados, a tendência é que o partido com mais deputados federais assuma o comando. Na Bahia, o União Brasil, que tem seis representantes na Câmara, levaria vantagem, colocando ACM Neto em posição de liderança. No entanto, o atual presidente do PP no estado, deputado federal Mário Negromonte Júnior, enviou um ofício à direção nacional pedindo que a definição sobre a coordenação estadual seja feita pela cúpula da federação, evitando uma possível debandada de filiados.
No documento, divulgado pelo site Política Livre, Mário Júnior alerta que a transferência automática do controle para o União Brasil poderia levar à saída de grande parte da bancada estadual e de prefeitos do PP, além de enfraquecer a representação do partido no Congresso.
Em Ilhéus, a expectativa gira em torno de quem assumirá o comando do novo partido resultante da fusão: o atual prefeito Valderico Junior ou o ex-prefeito Jabes Ribeiro, filiado ao PP. A decisão pode definir os rumos políticos das eleições de 2026.