Partidos mantêm disposição de fazer eleição em 2020 sem destinar fundo a coronavírus


Apesar de ter alterado substancialmente a rotina da população, de empresas e governos, a pandemia do novo coronavírus ainda não abalou o calendário das eleições municipais deste ano nem as regras e condições para a disputa.

A maioria dos partidos e a Justiça Eleitoral defendem que, se as eleições forem adiadas (a data oficial é 4 e 25 de outubro, em primeiro e segundo turnos), que sejam por um curto período, evitando assim o prolongamento do mandato de prefeitos e vereadores eleitos em 2016.

O fundo eleitoral, de R$ 2,035 bilhões, também permanece por ora reservado para a campanha dos candidatos, como defendem os principais partidos, e não para uma nova função, o combate à pandemia, como pregam alguns isoladamente.

O principal argumento ouvido pela Folha nas últimas semanas foi o de que a atual crise mundial não pode servir de pretexto para a fragilização de um dos pontos fundamentais das democracias, as eleições.

“Não se faz uma eleição sem despesa. E é melhor fazer com uma despesa clara do que fazer como era antes”, afirma o presidente do PSB, Carlos Siqueira, em referência ao financiamento empresarial das campanhas, fonte de vários escândalos de corrupção e que está proibido desde 2015.

Para o presidente do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, eleição sem o fundo eleitoral seria um caos e abriria margem para “caixa dois para todo lado”.

Assim como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ele diz que o governo até poderia usar nesse momento o dinheiro do fundo nas medidas de combate à doença, mas com recomposição da rubrica lá na frente, no período de campanha.

A extinção do fundo ou o seu uso para outros fins é bandeira empunhada especialmente pelo partido Novo e por congressistas do PSL ainda aliados a Jair Bolsonaro. Em linhas gerais, eles defendem ser um escândalo o uso de dinheiro público para financiar candidatos em um país tão carente como o Brasil.

Alguns, como o presidente do MDB, Baleia Rossi, adotam discurso maleável, como o de que, “se a emergência exigir”, o partido não se oporá ao uso do fundo no combate à pandemia.

Nos bastidores, porém, a opinião majoritária no Congresso é a de que não serão os R$ 2 bilhões do fundo que farão diferença em uma situação que exige valores muito mais altos. Segundo esses parlamentares, os que pregam a destinação ao coronavírus surfam na onda anti-política e querem jogar para a plateia, uma movimentação que tende a perder força com o passar dos meses.

O Novo tem entre suas fileiras e entre seus apoiadores vários empresários, o que, apontam críticos, lhe dá uma enorme vantagem em relação a candidatos de outros partidos que não contam com dinheiro próprio para se autofinanciar.

Apesar de criticar publicamente o uso de dinheiro público nas campanhas, Bolsonaro se beneficiou dessa verba na corrida presidencial de 2018, como mostraram reportagens da Folha, além de ter recorrido a essa fonte, abertamente, antes de se tornar candidato a presidente da República.

Em 2014, por exemplo, 97% do dinheiro de sua campanha a deputado federal vieram dos cofres públicos. Para tentar afastar de si a imagem de ter sido financiado pela JBS —envolta anos depois em um grande escândalo de financiamento ilegal de políticos—, o hoje presidente fez questão de ressaltar publicamente que exigiu que seu partido à época, o PP, colocasse em sua campanha R$ 200 mil vindos do fundo partidário, e não do dinheiro repassado à sigla pela gigante de carnes.

Até há alguns anos as campanhas eram financiadas majoritariamente pelas grandes empresas, como empreiteiras e bancos. Em 2015 o Supremo Tribunal Federal proibiu a prática, sob o argumento principal de que o poderio econômico feria o princípio de equilíbrio de armas na disputa.

Com isso, o Congresso criou o fundo eleitoral em 2017, que se juntou ao fundo partidário, com verba de R$ 960 milhões nesse ano, totalizando R$ 3 bilhões de dinheiro público em 2020 —além da renúncia fiscal de TVs e rádios para veiculação do programa eleitoral.

Além disso, candidatos podem receber doações de pessoas físicas ou se autofinanciar, respeitados alguns limites.

Assim como na defesa do fundo eleitoral, há uma posição majoritária favorável à realização das eleições para prefeito e vereadores ainda neste ano.

“Menosprezar os atos democráticos, falando como se fosse uma coisa que não é essencial, com algo que se der, faz, se não der, deixa pra lá, o que é isso?”, afirma o presidente do Cidadania, Roberto Freire.

A oposição a um adiamento para além de 2020, que resultaria necessariamente em prorrogação automática dos mandatos de prefeitos e vereadores, também é atacada, entre outros, por Rodrigo Maia e pelo futuro presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luiz Roberto Barroso.

Na sessão virtual em que se confirmou sua eleição para o cargo, na semana passada, o ministro lembrou que qualquer alteração nas datas dependerá de aprovação pelo Congresso e que defende o adiamento, se ocorrer, “pelo prazo mínimo e indispensável para que elas possam ser realizadas com segurança”.

O TSE criou um grupo de trabalho para avaliar os impactos da pandemia no calendário eleitoral e, até o momento, não há indicativo de necessidade de adiamento.

A próxima movimentação eleitoral significativa ocorre com as convenções partidárias, que definirão oficialmente os candidatos, marcadas para o período de 20 de julho a 5 de agosto.

Informações da Folha de S. Paulo.

TSE diz que tem condições de manter eleições de outubro


O grupo de trabalho criado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para avaliar o impacto da pandemia do novo coronavírus concluiu hoje (20) que as eleições de outubro devem ser mantidas. O grupo foi criado para responder aos questionamentos sobre a capacidade da Justiça Eleitoral de manter o calendário eleitoral e os procedimentos preparatórios diante das medidas de isolamento.

Pela conclusão do grupo, “a Justiça Eleitoral, até o momento, tem condições materiais para a implementação das eleições no corrente ano”. A conclusão foi tomada com base em informações enviadas pelos tribunais regionais eleitorais e setores internos do TSE. Outros encontros semanais serão realizados para reavaliação da situação.

O primeiro turno será realizado no dia 4 de outubro. Se necessário, o segundo turno será no dia 25 do mesmo mês. Cerca de 146 milhões de eleitores estarão aptos a votar para eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores nos 5.568 municípios do país.

ACM Neto dá diretório de Campo Grande a Mandetta e afasta candidato pró-Bolsonaro, diz TV


O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

A pedido do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a direção nacional do DEM fez uma intervenção no diretório municipal de Campo Grande, seu reduto eleitoral, segundo informou a CNN Brasil na manha desta segunda-feira (13).

O objetivo foi incluir no comando local da legenda uma comissão executiva majoritariamente alinhada ao ministro. E, consequentemente, favorável a apoiar a candidatura à reeleição do primo de Mandetta e prefeito da capital sul-matogrossense, Marquinhos Trad, do PSD.

O comando anterior discutia a possibilidade de apoiar o deputado estadual Coronel David, do PSL, defensor do presidente Jair Bolsonaro e que discutia a migração para o DEM. Uma das entusiastas da candidatura de David era a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

Apesar de integrarem o mesmo partido, Mandetta e Cristina não fazem parte do mesmo grupo político no Mato Grosso do Sul. O DEM local é dividido em pelo menos quatro grupos. Além de ambos, há ainda o vice-governador Murilo Zauith e o deputado estadual José Teixeira. Uma acordo antes da crise do coronavírus fez com que os dois ministros de Bolsonaro dividissem os espaços no estado: Mandetta cuidaria da capital e Cristina do interior. O partido chegou a crescer: passou, por exemplo, de três para 11 prefeitos.

Mas conforme o coronavírus avançou no país, Mandetta ficou mais em Brasília, o que permitiu uma articulação no DEM de Campo Grande para formar uma chapa que representasse os quatro grupos políticos da sigla. Mandetta se incomodou e reclamou ao presidente nacional do DEM, ACM Neto, que acabou por fazer uma intervenção e permitir que o comando do DEM na cidade fosse entregue a aliados de Mandetta. Incensado pela crise do coronavírus no país, acabou conseguindo sem maiores problemas.

O ministro defende a candidatura à reeleição de Trad, família que é protagonista na política local. Além do prefeito, o clã tem o senador Nelsinho e o deputado Fabio. Todos são primos de Mandetta. Foi na gestão de Nelsinho em 2005 que Mandetta entrou na política, como secretário municipal de Saúde.

Marquinhos é favorito à reeleição. Impôs medidas alinhadas ao ministro na cidade nesta crise: restrição dura de circulação de pessoas. Ele também é peça-chave para eventuais voos maiores de Mandetta em 2022, como o governo do estado ou o Senado. Mas qualquer cenário é difícil. O estado é comandado alternadamente há tempos pelo MDB e PSDB e, para 2022, haverá apenas uma vaga para o Senado. Seu desempenho no coronavírus pode mudar isso. ( Política Livre)

Ilhéus: Reinaldo Soares comemora filiações de pré-candidatos a vereador no PTB


Fotos de alguns pré-candidatos do PTB e o professor Reinaldo Soares.

Os prazos de filiação partidária, domicílio eleitoral e desincompatibilização para as eleições 2020 terminaram no último sábado (04). O pré-candidato a prefeito e presidente do PTB de Ilhéus, professor Reinaldo Soares, conseguiu juntamente com seu grupo, organizar a proporcional do PTB com filiações que podem levar ao partido a eleger de dois a três vereadores.

O Diretório Municipal do Partido Trabalhista Brasileiro, PTB 14, encerrou o processo de registro partidário com sua composição completa de 20 homens e 09 mulheres.

Uma das prioridades do partido foi não filiar políticos de mandato, para proporcionar ao eleitor a renovação política.

O partido acredita que elege 3 vereadores. Dos nomes, destacando-se 12 pré -candidatos com potencial eleitoral: Alemão, Cruz, Domingão do Ferro Velho, Eduardo da Cadeira de Rodas, Juliano da Farmácia, Nicolau, Joel, Dr. Mesaque, Dr. Tandick, Silas do Japu, Caliana Mesquita,Vick Vitória,  e Irmão Jairo da Princesa Isabel.

Claudio Cardoso deixa o DEM e se filia ao Podemos


O empresário Almir Mesquita, o Advogado Marcos Flavio , e Claúdio Cardoso.

O pré-candidato a vereador Claudio Cardoso deixou o DEM e se filiou ao Podemos, juntamente com o empresário Almir Mesquita, na última quinta-feira (02). Agora ex-membro do executiva municipal do DEM, Cláudio afirmou ao Blog Agravo que sua saída se dá por não concordar com a linha que o partido vem tomando no cenário estadual e nacional.

O DEM em Ilhéus tem como pré-candidato a prefeito, Valderico Junior, e o Podemos está na base do prefeito Mário Alexandre.

“Não foi por nenhum problema pessoal com o grupo de Valderico Junior. É por questão de ideologia e partidária. Na atual conjuntura, manter Marão no trabalho que ele vem fazendo em parceria com Governo do Estado é bem mais coerente, bem melhor para Ilhéus do que alguém entrar e pegar o bonde andando, para recomeçar tudo novamente, e ainda mais tendo o governo (Estado) como oposição”, salientou Claudio.

As filiações de Mesquita e Claudio no Podemos foi bastante comemorada pela cúpula do partido e pelo prefeito Mário Alexandre.

Ilhéus: Joabs Ribeiro troca PP pelo PSB


Joabs deixou o PP de Jabes Ribeiro e foi para o PSB.

O ex- presidente da Câmara de Ilhéus, e irmão do ex- prefeito Jabes Ribeiro (PP) surpreendeu o meio politico deixando a base Jabista e se filiado ao PSB.

O novo integrante do PSB aceitou o convite de Lidice da Mata, após 19 anos filiado a uma outra legenda.“Estamos muito felizes com a chegada deste companheiro, que sempre esteve à frente das questões municipalistas em Ilhéus e no Brasil, e, agora, vem para integrar a nossa gestão, contribuindo com seu pensamento crítico e de fundamental importância para o PSB e a Fundação João Mangabeira”, comentou a presidente da legenda na Bahia, Lidice.

Vereador em Ilhéus por três mandatos e duas vezes presidente da Câmara Municipal, Joabs Ribeiro foi fundador e primeiro presidente da Associação das Câmaras Municipais do Sul da Bahia (ACSULBA), onde é atualmente procurador, há 16 anos, assim como da União dos Vereadores na Bahia (UVB). Ele também foi presidente da União dos Vereadores do Brasil (UVB-BRASIL), procurador-geral nacional por quatro anos e atual consultor jurídico nordeste deste órgão.

Ilhéus: Defensor Público deixa Valderico Junior e declara apoio à pré-candidatura de Reinaldo Soares


Professor Reinaldo Soares e o defensor público Tandick Resende Júnior.

Anunciado em dezembro de 2019 pelo pré-candidato a prefeito Valderico Junior, como um grande apoio a sua pré- candidatura , o defensor público Dr. Tandick Resende Júnior resolveu trocar de lado, e lançou apoio a pré-candidatura a prefeito do professor Reinaldo Soares.

Nesta segunda-feira (30), Tandick Resende Júnior se filiou ao Partido Trabalhista Brasileiro- PTB e será pré-candidato a Vereador.

Reconhecido pelo seu trabalho na defensoria pública, bem relacionado e bem avaliado pelo seu histórico, Tandick Resende, declara que a procura pelo PTB foi em virtude de uma pesquisa minuciosa. “Tomei uma decisão errada em dezembro, quando resolvi apoiar o candidato do DEM. O tempo mostrou que ele não tem condições de governar uma cidade como Ilhéus. Não podia errar novamente. A escolha pelo PTB e pelo Professor Reinaldo é uma decisão tão convicta que estarei sendo Pré-candidato a Vereador. Vamos surpreender positivamente nessa eleição. O eleitor terá uma opção nova com ideias e projetos para tirar Ilhéus desse pesadelo”, declarou Dr. Tandick.

“Receber o apoio de Dr. Tandick, aumenta o meu otimismo, que as pessoas de bem estão se despertando e percebendo quem de fato é a renovação na política de Ilhéus. Seguiremos humildes acreditando que as ideias e propostas de governança vão prevalecer. Agradeço a Dr. Tandick pela sua decisão de ser também pré-candidato a Vereador pelo PTB14 ” salientou o Professor Reinaldo agradecendo o apoio.

Propostas para adiar eleições ganham força entre senadores


As propostas legislativas de adiamento das eleições municipais de 2020 para 2022, devido à pandemia de coronavírus, têm ganhado força entre senadores. Um deles é o líder do PSL, senador Major Olimpio (PSL-SP), que defende a unificação dos pleitos federais, estaduais e municipais, evitando-se os gastos com as campanhas eleitorais deste ano. A economia esperada, segundo o senador, seria de até R$ 1,5 bilhão, além dos recursos do fundo eleitoral, que não seriam utilizados.

Major Olimpio, que chegou a enviar ofício ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo o adiamento das eleições, deve apresentar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) nesse sentido. Em debate transmitido pelas redes sociais na sexta-feira (27), o senador destacou que o momento pede união.

“É hora de união e não de eleição. Fazer as eleições este ano gerará um grande risco à saúde pública, bem como um grande desperdício de bilhões de reais de dinheiro público, que pode ser destinado ao suporte à população na luta contra o coronavírus”, destacou.

No domingo (29), o senador Elmano Ferrer (Podemos-PI) disse estar reunindo esforços para a viabilização de outra PEC, de sua autoria, também com vistas à realização de eleições gerais em 2022. Por meio de sua assessoria, ele ressaltou a situação de calamidade pública no país, com todas as atenções voltadas para o combate ao coronavírus. Ele defende que a verba das campanhas eleitorais seja destinada a estados e municípios na luta contra a covid-19.

“Além de permitir concentrarmos todos os esforços no combate à epidemia, esta medida trará benefícios para os cofres públicos. Esse é o momento para que as eleições se tornem coincidentes no Brasil” – ponderou.

PECs

Para uma PEC ser apresentada, o senador deve colher assinaturas de outros 26 parlamentares. Além das propostas que Major Olimpio e Elmano Ferrer pretendem protocolar, há outras proposições em análise no Senado que pedem a unificação das eleições federais, estaduais e municipais. A mais recente (PEC 143/2019) é do senador Luiz do Carmo (MDB-GO), que muda a duração do mandato dos prefeitos e vereadores eleitos em 2020 para viabilizar a coincidência geral dos mandatos a partir de 2026.

Seguindo o mesmo entendimento, senadores como Luis Carlos Heinze (PP-RS), Ciro Nogueira (PP-PI) e Mailza Gomes (PP-AC) se pronunciaram nas redes sociais. Para Ciro, o adiamento das eleições seria um “ato humanitário” que poderá salvar milhares de vidas, com o uso de cerca de R$ 8 bilhões no enfrentamento à covid-19. Já Mailza afirmou que, em vez de campanha eleitoral, o tempo é de união de esforços e de atenção das autoridades voltada unicamente às medidas de combate e enfrentamento ao coronavírus no país.

“O momento agora não é de pensar em eleições, e sim, de isolamento e de buscarmos soluções para enfrentarmos essa pandemia. Saúde das pessoas em primeiro lugar”, escreveu.

Tempo

O senador Lasier Martins (Podemos-RS) disse concordar com o adiamento das eleições, mas demonstrou preocupação com a possibilidade de contestações das PECs que unificam os pleitos. Em entrevista à Agência Senado, ele citou o caso de municípios brasileiros onde a população espera mudança de seus prefeitos por terem, segundo afirmou, frustrado as expectativas dos eleitores. Lasier ressaltou, no entanto, que os bons gestores, quando for o caso, terão a chance de ser reeleitos.

O senador chegou a enviar ofício à presidente do TSE, Rosa Weber, sugerindo mudar o prazo para filiações, de 3 de abril para 3 de maio. Também pediu que a data da eleição seja redefinida, de acordo com o andamento da epidemia. Lasier defendeu ainda uma proposta de emenda constitucional que está sendo preparada pela senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) propondo a realização das eleições municipais logo após o fim da decretação de calamidade, previsto para agosto. O texto, segundo o senador, pretende estabelecer como marco 120 dias a partir da data de definição do fim da crise pelo Ministério da Saúde.

— Me propus a ser o relator da matéria, e adiantei que apresentarei emenda para que o pleito seja realizado em até 90 dias após a declaração do fim da pandemia. Sugestão prontamente acatada pela senadora [Soraya]. Com isso, mantemos o preceito constitucional, com tempo suficiente para sua organização e realização até 6 de dezembro, e deixamos para outra ocasião a discussão sobre a unificação dos pleitos, que deverá ser bastante árdua — justificou.

Evolução

Faltam 185 dias para as eleições municipais. O senador Alvaro Dias (Podemos-PR) chegou a lançar enquete no Twitter para obter a opinião dos internautas sobre a transferência do pleito. Das 4.043 pessoas que participaram da pesquisa até esta segunda-feira (30), 65.9% concordaram que as eleições de 2020 devem ser adiadas. Os 34.1% restantes discordaram da medida.

Na opinião do senador Marcelo Castro (MDB-PI), ainda é cedo para tratar do assunto. Ele ponderou que, por enquanto, o foco das atenções deve ser a saúde do país e as ações de enfrentamento à covid-19.

“O momento é de cautela e devemos estar focados no combate à pandemia do coronavírus, para depois falar em eleições”, declarou, por meio da assessoria.

Em nota publicada na página do TSE na quinta-feira (26), a ministra Rosa Weber esclareceu que o tribunal está acompanhando a evolução diária do cenário de crise nacional. Ela considerou prematuro o debate sobre o adiamento das eleições, mas pontuou que a velocidade da evolução do quadro exige permanente reavaliação das providências.

“Essa avaliação é compartilhada pelo vice-presidente, ministro Luís Roberto Barroso, que estará na presidência do TSE durante o próximo pleito”, informou a nota.

Fonte: Agência Senado

Ilhéus:Impasse entre PV e Podemos gera tensão entre pré-candidatos a vereador


Apesar da situação do coronavírus, os bastidores da política ilheense continuam agitados, com conversas e reuniões, para selar filiações e fechamento para a eleição proporcional. Vereadores que concorrerão à eleição majoritária ou proporcional têm até 3 de abril para mudar de legenda sem perder mandato, e dia 4 de abril como data -limite para que os candidatos estejam com a filiação aprovada pelo partido e tenham domicílio eleitoral na circunscrição em que desejam concorrer ao pleito.

Uma queda de braço de partidos da base do prefeito Mário Alexandre vem gerando um impasse e comprometendo a organização das filiações. O Partido Verde que já estava com sua proporcional montada e com a perspectiva de eleger 2 a 3 vereadores, vem enfrentando o assédio do Partido Podemos, que inclusive fez reunião com alguns pré – candidatos do PV.

Segundo apurou o Blog Agravo, os pré-candidatos estão com receio do PV, que em nível estadual faz parte da base de ACM Neto (DEM), migre em Ilhéus para a base do pré-candidato a prefeito, Valderico Reis (DEM).

O Presidente Municipal do PV, José Vitor, em conversa com o Blog Agravo salientou que a legenda continua na base do prefeito Mário, e que tem a garantia do presidente estadual da sigla, Ivanilton Gomes.

Mas uma  figura que faz parte do grupo do prefeito salientou ao Blog Agravo, que se até essa segunda-feira (30), o presidente estadual do PV não entrar em contato com o prefeito Mário Alexandre, e reafirmar o apoio, os pré-candidatos irão migrar para o Podemos.

Ilhéus: PSDB é esvaziado e deve apoiar Valderico Junior


Presidente do PSDB, Alan Marinho e o pré-candidato a prefeito do DEM, Valderico Junior. Foto Arquivo Rede sociais.

O PSDB em Ilhéus, que estava “flutuando” na base do prefeito Mário Alexandre (PSD), foi esvaziado com a perspectiva de que a sigla deva confirmar nos próximos dias apoio à candidatura a prefeito de Valderico Reis Junior.

O Blog Agravo conversou com o presidente do PSDB- Ilhéus, Alan Marinho, que confirmou a informação da saída de alguns filiados e pré-candidatos a vereadores, mas salientou que segue presidente do partido e vai seguir o caminho do partido.

Um dos principais nomes do PSDB, ex- vereador e advogado, Marcos Flávio, está de saída. A informação foi confirmada pelo próprio Marcos Flávio em conversa com o Blog Agravo. “ Meu destino deve ser o Podemos”, salientou.

Na lista de opções para vice na chapa do prefeito Mário Alexandre, Marcos Flávio está indo para um partido da base do governo.