MP e Estado compartilharão informações para apuração de supostas irregularidades em concurso da Polícia Civil


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O Ministério Público estadual e o Estado da Bahia compartilharão informações e provas de apurações realizadas sobre a regularidade do concurso público da Polícia Civil. A definição foi feita em uma reunião realizada na quarta-feira, dia 23, entre a procuradora-geral de Justiça Ediene Lousado, os secretários de Administração, Edelvino Góis, e de Segurança Pública, Maurício Barbosa, o delegado-geral da Polícia Civil, Bernadino Brito, a promotora de Justiça Heliete Viana e a procuradora do Estado Marcela Capachi Nogueira. Também foi definida a realização de uma reunião conjunta com a Fundação Vunesp, empresa responsável pela execução do certame, para esclarecimento de algumas questões que estão sendo apuradas pelo MP.

Na última segunda-feira, dia 21, as promotoras de Justiça Heliete Viana e Rita Tourinho encaminharam recomendação à Secretaria de Administração do Estado para suspensão do concurso público até que sejam “suficientemente apuradas e esclarecidas” as supostas irregularidades no processo seletivo apontadas por candidatos. Segundo Heliete Viana, o MP apura se houve falha na logística de fiscalização das provas e está buscando mais informações para verificar se houve outras irregularidades.

Segundo o secretário de Administração, Edelvino Góis, há um interesse mútuo na lisura e na transparência do certame. Neste sentido, a procuradora-geral de Justiça Ediene Lousado sugeriu que a Procuradoria do Estado e a 4ª Promotoria de Justiça da Cidadania, responsáveis pelas apurações respectivamente no âmbito do Estado e do MP, compartilhem as provas colhidas, o que foi acatado pela procuradora Marcela Capachi e pela promotora de Justiça Heliete Viana. “A nossa intenção é contribuir, no que for possível, com as apurações do Ministério Público. Precisamos evitar que pessoas que burlam o concurso possam integram uma instituição como a Polícia Civil”, afirmou Maurício Barbosa. Também participaram da reunião o assessor especial da PGJ, promotor de Justiça Cristiano Chaves, o diretor de Inteligência da SSP, José Eduardo Barbosa, e o superintendente de Recursos Humanos da Saeb, Adriano Tambome.