Ilhéus: Campanha salarial paralisa construção da nova ponte do Pontal


Foto: Jamesson Araújo, Blog Agravo

Os trabalhadores que participam da construção da nova ponte do Pontal e das obras de saneamento básico que acontecem no bairro do Pontal e as obras de requalificação da Orla Sul, paralisaram suas atividades na manhã desta sexta-feria (06) por conta de negociações da campanha salarial de 2018. A paralisação segue até a próxima terça-feira (10) quando acontecerá uma assembleia para revisar a situação dos direitos trabalhistas dos funcionários. a paralisação acontece em toda Bahia e segue por tempo indeterminado caso não cheguem a algum acordo na ter-feira.

De acordo com o documento expedido pela classe, os direitos conquistados principalmente pelo SINTEPAV, através do conjunto de mobilizações promovidos em diversos espaços e âmbitos, são os mais arrojadas no que tange ao estoque de direitos, pareando as conquistas dos trabalhadores da construção pesada com o crescimento e os lucros adquiridos pelo setor ao longo das décadas.

Por conta disto, a aprovação da nova lei trabalhista, eles estabeleceram a Campanha Salarial de 2108, que segue numa constante luta com o SINICON ( Sindicato Patronal), que insiste na necessidade da validação da aplicação da nova lei na Convenção Coletiva de Trabalho, apresentando aos trabalhadores uma pauta de conteúdo regressivo, que pleiteia retirar direitos, sob o argumento da manutenção de empregos e a garantia da continuidade de obras e frentes de serviços.

Os trabalhadores afirmam também que o SINICON mantém a postura de achatamento do ganho salarial, propondo congelar os pisos salariais e não aplicar sequer o índice da inflação vigente, o que acarretou rejeição unanime da categoria que almeja a manutenção de todos os direitos conquistados e aplicação do reajuste a partir do índice da inflação.

O SINTEPAV se alinha com a vontade expressiva da categoria que pertence e busca fazer jus ao quadro de valores e ao próprio mote da campanha salarial “resistir para conquistar”, e promete resistir nas mobilizações, paralisações e greves até o último recurso legal (num possível julgamento de dissídio) para fazer valer a vontade, o desejo e o direito dos trabalhadores da construção pesada da Bahia.