Justiça nega pedido de revogação da prisão preventiva de Gustavo Ferraz e abre caminho para delação premiada


Ferraz disse que se sentiu “traído” pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB).

O desembargador federal Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, negou o pedido de habeas corpus impetrado em favor de Gustavo Pedreira do Couto Ferraz requerendo a revogação da prisão preventiva decretada pelo Juízo da 10ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal. Ele foi preso no último dia 8 de setembro após o desdobramento de mais uma das fases da Operação Cui Bono, deflagrada pela Polícia Federal.

Existe um grande medo na classe política de que Gustavo abra a boca e entregue todos os esquemas para distribuição de recurso por meio de caixa dois para políticos aliados do PMDB baiano.

O advogado Gustavo Ferraz foi preso em razão das suas digitais estarem em pacotes de dinheiro apreendidos num “bunker” em Salvador. Ele já afirmou à Polícia Federal (PF) que deseja colaborar com as investigações.

 Ferraz deu detalhes sobre como buscou uma mala com notas de R$ 100 em São Paulo e disse que se sentiu “traído” pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), também preso preventivamente em Brasília em razão dos indícios de que é o responsável pelos R$ 51 milhões encontrados na capital baiana.