Apesar de o acesso as universidades ter aumentado nos últimos anos, com o crescimento no número de matrículas nas redes de ensino, a expectativa segundo alguns especialistas da área é de que, com o início da crise que atingiu em cheio o país justamente em 2015, esses índices acabem tendo um decréscimo, com a elevação do número de alunos que trancam os cursos, principalmente nas instituições privadas.
Em 2014, pouco mais de 25 mil alunos deixaram de cursar faculdades em toda a Bahia, segundo a pesquisa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Inep.
Se for feita uma comparação com a rede pública quando, no mesmo ano, quase sete mil alunos realizaram trancamento, os números chamam a atenção. Em nível de Brasil, o número de trancamentos já foi superior ao de concluintes há dois anos: a diferença foi de 20%.
“Temos percebido que houve uma significativa evasão, principalmente por conta da insegurança econômica e as restrições, por parte do governo, com relação aos programas de financiamento estudantil. Acredito que haverá, até 2018, uma curva descendente. De acordo com pesquisas, haverá a redução de cerca de 250 mil novas matrículas por ano”, disse Carlos Joel, presidente da Associação Baiana das Mantenedoras do Ensino Superior (Abames).