Disputa sobre impeachment é ‘consagração da chantagem anunciada’, diz peemedebista


Foto: André Dusek/Estadão
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Um dos principais críticos tanto da presidente da República, Dilma Rousseff, quanto do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) chamou de “consagração da chantagem anunciada” a guerra instaurada com a deflagração do processo de impeachment da petista depois que o PT anunciou que não apoiaria o peemedebista no Conselho de Ética. “A presidente não pode se fazer de vítima, estava negociando com um chantagista”, afirmou Vasconcelos. Defensor do impeachment, o deputado, que já foi senador e governador de Pernambuco, disse que a abertura do processo é algo importante, mas fez ressalvas. “Ele (Cunha) não tem condições de comandar este processo”, afirmou. Jarbas Vasconcelos disse que já considerava Cunha um “chantagista”. Afirmou que o presidente da Câmara chantageou tanto o governo quanto a oposição. Vasconcelos disse duvidar da versão apresentada pelo presidente da Câmara de que não sabia que o líder do PSC, André Moura (SE), seu aliado, negociou com o governo apoio no Conselho de Ética em troca da aprovação da CPMF. “É uma pessoa dele, papel carbono dele”, disse o deputado pernambucano. Para o deputado, nem Dilma nem Cunha terminarão seus mandatos. “Os dois caem, mas ele cai primeiro, em nome da moralidade”, afirmou.

*Estadão