Codeba vai lançar edital para reativar o Moinho Ilhéus


O Moinho Ilhéus ocupa 11 mil metros quadrados da área incluída na poligonal do Porto do Malhado.
O Moinho de Ilhéus ocupa 11 mil metros quadrados da área incluída na poligonal do Porto do Malhado.

A Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) e a prefeitura de Ilhéus anunciam no próximo domingo (28), dia da cidade, o lançamento do edital para o arrendamento da área e instalações do antigo Moinho Ilhéus, desativado em 2005. A expectativa é de que o lançamento do edital ocorra nos próximos dois meses, atraindo o interesse de empresas interessadas em recolocar em funcionamento o antigo moinho.

 “Posso assegurar que pelo menos três empresas já demonstraram interesse em participar da disputa. Acreditamos que Ilhéus voltará a ter o seu moinho, gerando empregos e contribuindo para o fortalecimento da economia da região”, avalia o presidente da Codeba, José Muniz Rebouças.

 O Moinho Ilhéus ocupa 11 mil metros quadrados da área incluída na poligonal do Porto do Malhado. Há 10 anos, quando a Bunge Alimentos,  empresa responsável pela sua operação, decidiu paralisar as suas atividades,  o terreno e as instalações foram reincorporadas a administração da CODEBA. Em 2014 o então ministro da Secretaria Especial dos Portos, César Borges, autorizou a empresa a iniciar gestões em conjunto com a Prefeitura do Município, no sentido de reativar o moinho. Recentemente, o atual ministro, Edinho Araújo, autorizou a elaboração do edital para o arrendamento.

 A paralisação das atividades do moinho representou um impacto negativo para a economia de Ilhéus e de toda a região Sul. Uma das principais conseqüências foi o fechamento de cerca de 500 postos diretos e indiretos de trabalho. No auge da sua operação, o antigo Moinho Ilhéus chegou a processar 360 toneladas/dia. O retorno das suas atividades representa o investimento estimado em R$ 23 milhões.

 O edital a ser lançado pela Codeba vai incluir no arrendamento, seis silos para armazenamento do trigo. A previsão é de que, após a publicação do edital, o processo licitatório seja concluído no máximo em 60 dias. Dessa forma, até outubro a nova operadora do Moinho Ilhéus deverá assinar o contrato para o início das suas atividades.

 “A SEP e a Codeba atuam, a partir da gestão portuária, como indutoras do processo de desenvolvimento e nesse contexto, a retomada das operações do Moinho Ilhéus cumpre uma finalidade estratégica como contribuição ao fortalecimento da economia ilheense”, ressaltou o presidente da Codeba.