Bebeto diz que atual modelo falido de segurança só amplia assassinatos de jovens negros


Deputado federal Bebeto Galvão.
Deputado federal Bebeto Galvão.

“O atual modelo de segurança pública vigente no país é um dos principais violadores dos Direitos Humanos. É um modelo de segurança falido, em que jovens negros e pobres, moradores de periferia, morrem todos dias de forma cruel”. Esse é o posicionamento do deputado federal Bebeto Galvão (PSB-BA), membro da CPI que investiga casos de violência e assassinatos de jovens negros, que promoveu audiência pública em Salvador nesta segunda-feira (11), com a presença de autoridades, familiares de vítimas de violência, representantes de movimentos sociais e estudiosos.

Na avaliação de Bebeto, é precisa repensar com urgência esse modelo brasileiro de segurança, em que a atuação predominante é o aparelhamento, encarceramento e enfrentamento, um modelo que se mostra falido pelos próprios números oficiais. O parlamentar exemplifica ao levantar que 30 mil jovens são assassinados por ano, sendo 80% dos casos relacionados a negros. Além disso, Bebeto lembra que no Brasil, mata-se mais pessoas do que nas 12 maiores zonas de guerra do mundo, segundo dados da Anistia Internacional. É um verdadeiro de epidemia de homicídio. E mesmo diante desses números assustadores, apenas 5% dos assassinatos se transformam em processos criminais. Então é a prova clara e concreta de que o modelo de segurança é falido e precisa ser extinto. Violência se combate com educação e oportunidade, e não com mais violência”, desabafa Bebeto Galvão.