Maternidade Santa Helena realiza média de 3.600 partos por ano em Ilhéus


Gestantes recebem orientação de cuidados com seus bebês pouco depois do parto - Foto Roberto Santos.
Gestantes recebem orientação de cuidados com seus bebês pouco depois do parto – Foto Roberto Santos.

A Maternidade Santa Helena se consolida como polo de atendimento a parturientes de Ilhéus e outras cidades da região. Preparada para atender casos de médio risco, a unidade, vinculada à Santa Casa de Misericórdia de Ilhéus, realiza em média 300 partos por mês, 80% deles para o público universal através do Sistema Único de Saúde (SUS). Após um período de dificuldades, a instituição reuniu o apoio do Município, do Estado e do Governo Federal, de parlamentares e da sociedade, e tem recuperado a capacidade de atendimento às mães gestantes ilheenses.

O resultado de todo o aparato médico e da dedicação dos profissionais se traduz nas estatísticas. Em 2014, foi registrado o menor índice de mortalidade neonatal – e, consequentemente, mortalidade infantil – dos últimos oito anos. Em 2006, a taxa era de 1,5%. Em 2014, houve uma redução de 33% nesse índice e o número chegou a 1%.

 Como forma de ampliar o atendimento às gestantes e parturientes, o prefeito já indicou ao Governo do Estado a proposta de transformação do Hospital Regional Luiz Viana Filho para funcionar como Unidade Materno-Infantil, após a construção do Hospital Regional da Costa do Cacau, no bairro de Banco da Vitória, cuja obra deve ser iniciada este ano, segundo afirmou o governador da Bahia, Rui Costa.

Rede Cegonha – Desde outubro do ano passado, a Maternidade Santa Helena, que recebe aporte da Prefeitura de Ilhéus, através da Secretaria de Saúde, começou a investir em enfermeiras obstetras, habilitadas a realizar partos de baixo risco. “O objetivo disso é constituirmos uma casa de parto dentro da maternidade, como parte de um projeto da Rede Cegonha, programa do Ministério da Saúde que visa a melhorar a qualidade da assistência à gestante e ao bebê”, revelou Marleide Figueiredo, Diretora de Planejamento da Secretaria Municipal de Saúde. Outra ação planejada dentro dos parâmetros do programa federal para a maternidade é a ampliação da UCI (Unidade de Cuidados Intermediários), incluindo leitos e aparelhos como respiradores.

Graças à infraestrutura e a uma equipe de médicos pediatras, obstetras, enfermeiras e enfermeiras obstetras atuando 24 horas, a unidade acolhe confortavelmente 10 gestantes por dia. O atendimento é um dos pontos fortes da Maternidade Santa Helena. Todas as gestantes recebem orientações para uso de métodos não farmacológicos para o alívio da dor, como exercícios sobre bolas, banho morno e massagens, que podem ser aplicadas pelos acompanhantes. “Recebi bastante atenção do pessoal aqui. Tomei vários banhos, fiz movimentos com a bola e tive parto normal. Valeu muito à pena, porque minha filha está bem e eu não estou sentindo dor”, afirmou a parturiente Maria José Silva, 20 anos, enquanto já recebia orientações sobre a amamentação da sua recém-nascida.

O berçário funciona como unidade intermediária de cuidados neonatais (UCI) e conta com três incubadoras e três leitos aquecidos. Além disso, toda a equipe é treinada pela Sociedade Brasileira de Pediatria para a reanimação neonatal. “A nossa maternidade é, inclusive, referência para os municípios do entorno de Ilhéus, como Itacaré, Santa Luzia, Una, Uruçuca, Arataca e Canavieiras, Mascote”, ressaltou a coordenadora da instituição, a pediatra Mônica Raiol.

Parto Normal – Os partos normais são sempre cercados do acolhimento das enfermeiras, que orientam as parturientes sobre os procedimentos que conferem conforto e saúde para mãe e bebê. “Quando um bebê nasce prematuro ou com necessidade de algum tratamento, nós garantimos a internação da mãe aqui na maternidade. Essa medida permite que o recém-nascido seja amamentado e tenha uma evolução mais rápida”, assegurou a coordenadora. Mônica reforçou que o parto normal reduz o risco de morte materna, entre outros benefícios. “A primeira grande vantagem é o maior vínculo entre a mãe e o bebê. Outro ponto importante é o menor risco de complicações”, atestou a médica.

*Informações da Secretaria de Comunicação Social da prefeitura Municipal de Ilhéus.