Acusado de tocar fogo em comerciante confessa crime; Lei Eleitoral impede prisão


Do Correio da Bahia

Empresário teve corpo queimado em assalto (Foto: Reprodução/Acorda Cidade)
Empresário teve corpo queimado em assalto
(Foto: Reprodução/Acorda Cidade)

O homem acusado de tocar fogo e matar o empresário Manoel Carlos Santana, 61 anos, se apresentou e confessou o homicídio à Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (22). No entanto, Gerônimo Navarro da Silva Filho, 29 anos, não pode ser preso até a próxima terça-feira (28), por conta da Lei Eleitoral que impede prisões preventivas ou temporadas na época das eleições.

De acordo com o delegado João Uzzum, da delegacia de homicídios de Feira de Santana, Gerônimo se apresentou com dois advogados e foi interrogado por cerca de duas horas. O criminoso explicou que algemou as mãos e as pernas de Manoel antes de jogar álcool e tocar fogo na vítima. O empresário ainda conseguiu se levantar e pedir socorro na rua. Testemunhas filmaram o momento em que o fogo era apagado do corpo.

O acusado também explicou que cometeu o crime por vingança. Ele morava com a mãe em uma casa no bairro de Feira IX, mas uma decisão judicial o obrigou a deixar o local. “O imóvel foi comprado há cerca de 20 anos pela companheira de Manoel, Vera Lúcia Falcão Paim, e não poderia ser vendido, mas desde então varias pessoas passaram por ele através de contratos particulares de venda e compra”, explica Uzzum.

Em uma tentativa de se vingar de Vera Lúcia, Gerônimo foi ao comércio de Manoel com as algemas de plástico e o álcool, mas como não encontrou a mulher ele cometeu o crime contra o empresário. ( Clique aqui e veja o Vídeo)

Após prestar depoimento, Gerônimo foi liberado da delegacia. Ele não podia ser preso por força da Lei Eleitoral que permite apenas prisões em flagrante no período entre esta terça-feira (21) até 48h depois do processo eleitoral, que acontece no domingo (26).

A partir da próxima quarta-feira (29), o delegado João Uzzum aguarda que um mandado de prisão preventiva seja emitido para que a Polícia Civil faça a prisão. Até lá, a polícia não pode monitorar a localização de Gerônimo.