PSB diz que decidirá substituto de Campos “quando julgar oportuno”


eleiçõesO Partido Socialista Brasileiro (PSB) ainda não definiu a data que irá tratar da substituição de Eduardo Campos na disputa à Presidência da República, nas eleições deste ano. Campos morreu ontem (13) em acidente aéreo, em Santos (SP). Em comunicado oficial, o PSB informou que a decisão sobre quem irá disputar o cargo pelo partido será tomada quando a legenda julgar oportuno.

“A direção do PSB tomará, quando julgar oportuno, e ao seu exclusivo critério, as decisões pertinentes à condução do processo político-eleitoral”, diz o comunicado, assinado pelo presidente da legenda, Roberto Amaral.

Pelas regras eleitorais, o partido têm até dez dias contados da morte do candidato para indicar à Justiça Eleitoral o substituto.

Os partidos que integram a coligação Unidos para o Brasil – PSB, PPS, PPL, PRP, PHS, além da Rede Sustentabilidade, que ainda não tem registro – tem até o dia 23 para informar à Justiça Eleitoral o nome do novo candidato à Presidência da República, no lugar do ex-governador Eduardo Campos.

A vice de Campos na chapa, a ex-senadora Marina Silva, pode substituí-lo, mas a coligação também pode escolher outro nome. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a substituição deverá ser feita por decisão da maioria absoluta da direção dos partidos da coligação.

“[O PSB] Recolhe-se, neste momento, irmanado com os sentimentos dos seus militantes e da sociedade brasileira, cuidando tão somente das homenagens devidas ao líder [Eduardo Campos] que partiu”, diz o comunicado, acrescentando que o partido está de luto pela trágica morte de seu presidente nacional. Mais tarde, o PSB informou que contratou um escritório de advocacia para acompanhar as investigações do acidente.

Enquanto o futuro da coligação não é definido, o cientista político Carlos Pereira, professor da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (FGV/Ebape), avalia que o cenário de expectativa contribui para a democracia. “Todos desejam ambiente democrático, ou seja, que não exista certeza absoluta do vencedor. A candidatura de Campos trouxe algum grau de incerteza”, disse.

Informações da Agência Brasil