Obras em aeroportos da Bahia só ficam prontas após a Copa


Fonte: Rodrigo Aguiar / A Tarde Online

 “Aquele aeroporto  não tem vida longa ali. Provavelmente vai para a área que foi definida em conjunto com o governo do Estado”, diz  presidente da Infraero Gustavo do Vale.
Sobre o aeroporto de Ilhéus :“Aquele aeroporto não tem vida longa ali. Provavelmente vai para a área que foi definida em conjunto com o governo do Estado”, diz presidente da Infraero Gustavo do Vale. 

Os quatro aeroportos baianos que constam na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) estão com obras ou projetos atrasados. Os aeródromos, anunciados em 2010, deveriam ficar prontos em 2014, ano da Copa do Mundo. A previsão inicial era a de que fossem investidos R$ 187,3 milhões para obras nos aeroportos de Salvador, Ilhéus e Vitória da Conquista entre 2011 e 2014.

Já o terminal de Barreiras, embora integre o PAC 2, sequer tem investimento inicial previsto até o último balanço do programa, apresentado semana passada. Uma vez prontos os três aeroportos cujas obras estão em andamento, a cifra deve ser bem maior.

Considerando o que já foi investido até agora somado ao que está sendo executado, o valor já beira a casa dos R$ 130 milhões. O valor porém, pode ser maior, devido a atualizações dos projetos em quatro anos e porque ainda há muito o que fazer. O aeroporto de Vitória da Conquista, por exemplo, ainda está em fase de preparo do terreno. As informações constam na página do PAC 2 na internet e de outras fontes oficias.

“A ideia era estar tudo pronto até 2014, mas não conseguimos. O objetivo  era estar em operação no começo do ano”, reconhece Denisson Oliveira, diretor de Terminais do Departamento de Infraestrutura de Transportes da Bahia (Derba).

Nos casos de Vitória da Conquista e Barreiras, cabe ao governo estadual responder pelos terminais. Já na capital e em Ilhéus, a responsabilidade pela execução das obras é da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

De sete ações listadas no PAC 2 para os quatro terminais, somente duas foram concluídas: a construção do Grupamento de Navegação Aérea (GNA) e Controle de Aproximação (APP) em Ilhéus; e a ampliação do pátio de aeronaves em Salvador.

A primeira intervenção custou R$ 2,72 milhões e a segunda, R$ 17,5 milhões, segundo previsão no site do PAC 2, sobre o  dinheiro a ser repassado entre 2011 e 2014. Como dito, o valor deve ser maior em razão da atualização dos projetos.

Paliativo em Ilhéus

Em Ilhéus, o espaço reduzido da sala de embarque levou a Infraero a planejar a implantação de um  módulo operacional de  600 m² de área, por R$ 2 milhões.

Definido como solução eficiente e de rápida instalação, o módulo de Ilhéus ainda não está pronto. Segundo publicação da Infraero no Diário Oficial da União, no final de 2012, o prazo para  a colocação do  módulo no Aeroporto Jorge Amado seria de cinco meses, a partir da assinatura da ordem de serviço.

Já a licitação, via pregão eletrônico, foi marcada para janeiro de 2013. Apesar do custo e da demora, o módulo  é apenas um paliativo. “O problema do aeroporto de Ilhéus é que ele está localizado em um local que não é adequado”, diz Moreira Franco.  “Aquele aeroporto  não tem vida longa ali. Provavelmente vai para a área que foi definida em conjunto com o governo do Estado”, diz  Gustavo do Vale.

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