Setores da construção civil se queixam da morosidade do governo jabista


Construção Cívil em Ilhéus está travada. Foto de Alfredo Filho-

Construção Cívil em Ilhéus está travada. Foto de Alfredo Filho.

O clima é de insatisfação no setor de construção civil com o governo municipal. Isso devido à demora de processos e licenças para construção de empreendimentos em Ilhéus.

Um construtor relatou à redação do Blog Agravo, que, comparado com a cidade de Vitória da Conquista, Ilhéus vai tomando um banho, no quesito agilidade na liberação de processos para o início da obra. Segundo ele, enquanto Conquista liberou no ano passado mais de 1000 processos de pedido de construções, Ilhéus não chegou a 150.

Além de construtores, outros profissionais, como corretores de imóveis, também reclamam da lentidão. Segundo um deles, um grande  empreendimento na orla do pontal está bastante atrasado por excesso de burocracia da prefeitura. “O proprietário já está pensando em abandonar o empreendimento, devido a sua angústica com essa situação”, explicou o corretor.

É no mínimo controverso ver empresários que estão gerando empregos, impostos, e aquecendo o comercio local, implorarem para conseguir implantar seus empreendimentos. Já em outras cidades, o empresário é festejado e tem todo o incentivo para que seu projeto saia do papel.

Se o empreendimento estiver com problemas, claro que a prefeitura deve tomar medidas cabíveis. Mas, quando a reclamação chega de inúmeras categorias da construção civil, acenda-se uma luz vermelha, que com certeza existe algo de errado por parte da prefeitura.

O maior crescimento na construção civil em Ilhéus se deu no governo do ex-prefeito Newton Lima, onde estourou grandes investimentos. O reflexo desse estouro refletiu nos números de geração de emprego em 2012.

O problema não vem de agora. Desde 2013, quando o atual governo assumiu, o que mais se vê são queixas de um dos setores que  gera emprego em Ilhéus. Ou seja, o da construção civil.

No ano passado, o Jornal Bahia Online relatou a luta do empresário Carlos Mendonça que objetivava a construção de um hotel na av. Soares Lopes, com 78 apartamentos em 10 andares. Um projeto moderno que iria incrementar a principal avenida da cidade.

Depois de meses tentando conquistar junto à prefeitura os documentos necessários para o início da obra, o empresário desistiu do empreendimento.

Apesar de toda a bronca, nenhum construtor ou corretor teve coragem de explanar publicamente para os meios de comunicação sua insatisfação com o governo municipal.