Régis diz que depois de oito anos discurso da “herança maldita” não cola mais


1535551_192773877592937_1243602771_nNa primeira sessão plenária do ano, realizada nesta quinta-feira 2, o deputado Sandro Régis (DEM) criticou as declarações do governador Jaques Wagner, que culpou o governo anterior pelo rombo na previdência estadual. O governo petista tenta a aprovação na Assembleia Legislativa da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 4830/2013, que autoriza o uso de recursos dos royalties de petróleo para cobrir o rombo de R$1,6 bilhão da previdência.

Em entrevista ao jornal A Tarde, o governador Jaques Wagner disse que o rombo na previdência estadual não é do seu governo e que os governos anteriores deixaram uma bomba relógio para ele. Indignado, Régis lembrou que quando o petista recebeu o governo das mãos do ex-governador Paulo Souto, a imprensa repercutiu declarações em que ele elogiava o antecessor por deixá-lo “um governo saneado e com dinheiro em caixa”.

“O rombo na previdência é resultado da falta de competência deste governo. Foi Jaques Wagner quem colocou como secretário da fazenda um amigo particular seu que não tinha competência para o cargo”, disse Régis. E prosseguiu afirmando que “o atual governo esqueceu-se de planejar, tratou o Estado fazendo politicagem e depois de quase oito anos quer colocar a culpa no ex-gestor”.

Em resposta, o ex-governador Paulo Souto declarou que em seu governo o sistema previdenciário passou por um processo de modernização e que, ao deixar o cargo, entregou o Fundo de Previdência do Servidor da Bahia (Fundprev) com R$ 400 milhões em caixa.

Régis disse ainda que “herança maldita” será deixada pelo atual governo, em decorrência do descontrole orçamentário e financeiro, evidenciado pelo uso de recursos vinculados para cobrir déficits próprios que já chegam a mais de R$ 2 bilhões.