Marcos Gomes pega 17 anos de cadeia


Marcos Gomes
Marcos Gomes

A Região

A justiça condenou Markson Monteiro de Oliveira, o “Marcos Gomes”, a 17 anos de prisão pelo assassinato do vaqueiro Alecsandro Honorato, em 6 de dezembro de 2006. O julgamento ocorreu na quinta-feira, em Salvador.

Marcos Gomes foi julgado por tortura, cárcere privado, assassinato e ocultação de cadáver. Filho de Fernando Gomes, ex-prefeito de Itabuna, o condenado matou o vaqueiro durante uma vaquejada no Haras Redenção, em Floresta Azul.

Testemunhas relataram que a tortura começou na frente de várias pessoas que participavam do evento no haras de propriedade de Marcos Gomes. Depois, Alecsandro Honorato ficou preso em uma casa no próprio haras.

O crime teve a participação de Ilmar Marinho, o “Mazinho”, condenado em setembro a 14 anos de prisão. Mazinho e Marcos Gomes, segundo testemunhas, levaram o vaqueiro para a rodovia que liga Potiraguá e Itapetinga.

Ali, após matar Alecsandro a tiros, Gomes e Mazinho enterraram o corpo da vítima numa cova rasa, na beira da estrada. O corpo foi encontrado pela polícia e chegou a ser enterrado no cemitério de Itapetinga como indigente.

A reviravolta no caso começou com uma denúncia anônima ao jornal A Região, que acionou a polícia. A justiça autorizou a exumação do cadáver e familiares de Alecsandro reconheceram o corpo pela roupa e adereços que usava.

Testemunhas apontaram o filho do ex-prefeito Fernando Gomes e Mazinho como os autores do crime. As investigações levaram o delegado regional à época, Nélis Araújo, a pedir a preventiva de Marcos Gomes e Mazinho.

Os dois já estavam foragidos. Mazinho e Gomes chegaram a ser presos, mas conseguiram liberdade antes de ir a juri. Após a soltura ser revogada, apenas Mazinho se apresentou. Marcos Gomes continua foragido e foi julgado à revelia.