Auditoria revela dívida de R$ 83,2 milhões que pode “quebrar” o Bahia


Do Correio da Bahia

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“Indignado”, novo presidente do Bahia promete levar questões da auditoria “às últimas consequências”

A auditoria realizada pela empresa Performance durante a intervenção no Bahia traz informações preocupantes para os Tricolores. O clube acumula um endividamento global de R$ 83.283.385 que “se não for tempestivamente equacionado” pode “comprometer a continuidade operacional da Entidade”, segundo o jornal A Tarde, que obteve acesso ao documento.

O relatório é referente às contas do Bahia de 1º de janeiro de 2012 até 30 de junho de 2013, período do segundo mandato de Marcelo Guimarães Filho como presidente. Ele foi destituído do cargo no dia 9 de julho, mas a auditoria aponta que cerca de R$ 20 milhões da dívida de mais de R$ 80 milhões foram contraído nos últimos seis meses de gestão do ex-presidente. Em 2012, a dívida acumulada por Marcelo Filho foi de R$ 2,8 milhões.

Eleito pela torcida com voto direto no último sábado, o novo presidente do Bahia, Fernando Schmidt, está “estarrecido” com o relatório final da auditoria que investigou o período referente ao segundo mandato da gestão de Marcelo Guimarães Filho à frente do clube, de janeiro de 2012 até junho de 2013.

“É estarrecedor. Amanhã vou enviar o documento ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público Estadual, para que eles examinem as questões que lá estão, apontado para apropriação indébita e ainda outras atitudes que indicam a possibilidade de gestão temerária e/ou fraudulenta”, disse Schmidt.

Entre os fatos que deixaram o novo presidente do clube mais estarrecido, estão “o número de cheques ou pagamentos sem explicação que foram denunciados no relatório”. “Que dinheiro era esse? Quem pagou? Para quem? Esses serviços foram realizado. São questões que precisam ser respondidas”, afirmou o cartola.

Para completar, Schmidt prometeu cobrar das autoridades investigação sobre as questões apontadas pela auditoria. “A retenção de INSS por exemplo. Um clube de futebol a obrigação de fazer essa retenção para obter o recolhimento. Estou estarrecido, indignado. Agora, não sou homem de ficar apenas na indignação. Vou levar essa questão as últimas consequências”.