Servidores aceitam proposta, mas só acabam greve com assinatura do acordo de campanha


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Trabalhadores das cinco categorias de servidores públicos municipais de Ilhéus decidiram, em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira, na Câmara Municipal, que aceitam parcialmente a contraproposta apresentada pelo governo municipal de conceder a reposição salarial com base na inflação e o piso nacional dos professores, mas reafirmaram que a greve dos servidores só acabará com a assinatura e publicação do acordo da campanha salarial de cada categoria. Enquanto não assinar o acordo a greve continua, permanecendo os sindicatos dos trabalhadores com a disposição de continuar sentando na mesa de discussões com o governo para analisar os verdadeiros índices da folha de pagamento e buscar saídas para a crise gerencial que se encontra o município.

O governo municipal apresentou uma contraproposta com dois itens, sendo o primeiro reconhecendo a possibilidade de cumprir o que determina a Constituição Federal e Lei de Responsabilidade Fiscal, que garante a reposição salarial anual dos servidores e o piso nacional dos professores. No segundo item o governo municipal condiciona que essa reposição seja simultaneamente à adequação das despesas da folha de pagamento do município à Lei de Responsabilidade Fiscal, o que poderá durar por vários meses. Pela proposta do governo, enquanto não se chagar a essa adequação da folha não haverá qualquer reposição.

Os sindicatos fizeram questão de colocar que nunca abriram mão do diálogo e da busca de alternativas para a crise financeira em que se encontra o município, embora esse seja um papel do gestor, mas reconhecem que é preciso que seja assinado o acordo e campanha dpara o retorno dos servidores às suas atividades. Após avaliar a proposta do governo municipal os servidores decidiram por unanimidade permanecer em greve. Na tarde desta quarta-feira os trabalhadores participarão da sessão ordinária da Câmara de Vereadores onde estarão exigindo um posicionamento dos parlamentares com relação à paralisação. Em seguida será realizada uma nova assembleia para avaliar o movimento grevista e as medidas que serão adotadas como forma de sensibilizar o governo para o fechamento do acordo para acabar com a greve.

Na segunda-feira os representantes de todos os sindicatos de servidores públicos municipais apresentaram ao governo uma nova proposta de negociação. Os trabalhadores já havia flexibilizado em decidir não reivindicar qualquer aumento salarial, mas sim a revisão das perdas com base na inflação, como determina a Constituição Federal e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas além de não reivindicar o reajuste e sim a reposição das perdas salariais, os servidores apresentaram nesta segunda feira a proposta de abrir mão de receber de imediato o pagamento da reposição retroativo à data base das categorias e negociar posteriormente a quitação dessas parcelas.