Professores de Ilhéus falam em condições de trabalho ´bizarras´ no interior


Do Jornal Bahia Online

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Professores das comunidades interioranas de Inema e Pimenteira, em Ilhéus, decidiram, para além de irem às ruas manifestar o seu repúdio às questões sociais do país, emitir uma nota pública sobre as suas reais condições de trabalho. Os professores asseguram que nem mesmo o direito ao vale transporte é respeitado pela administração municipal e que eles pagam a tarifa do próprio bolso para ir trabalhar.

“Reiteramos que não temos condições reais tampouco econômicas de suprir às demandas de natureza básica como meio de sobrevivência em nossos locais de trabalho como também de custear passagens para as localidades de Inema e Pimenteira. O que consideramos contraditoriamente vergonhoso, um desastre político e um equívoco, principalmente quando os técnicos do governo consideram nos tempo de hoje o orçamento da educação como gastos de custeio e não investimentos”, lamentam na nota.

“Será que o nosso atual gestor municipal juntamente com sua comitiva aceitaria receber como salário a importância de R$ 1.623,60 durante todo seu mandato? Estariam dispostos a viver em condições sub-humanas, nessas localidades, sem uma estação de tratamento de água, ausência de representação policial, pela falta de ambulatórios para urgências e emergências, e horas de almoço reduzidas (vinte minutos)? Sinceramente, acreditamos que não seriam toleráveis a tal condição – e porque nós professores temos a obrigação em aceitá-las?”, questionam os trabalhadores em educação.

No manifesto, o grupo afirma que o tratamento recebido do governo chega a ser “bizarro e inconsequente.” Além da falta do vale-transporte, os professores e trabalhadores em educação estão sem o auxílio de ajuda de custo (30%). Os alunos, sem merenda, denunciam. Já os jovens destas localidades, quie também estiveram no ato, exigem mais professores.