O governador Rui Costa disse ontem (26.06), após a inauguração da unidade de cirurgias rápidas do Hospital Geral Roberto Santos, que foi o equilíbrio entre o centro e a esquerda que pesou na decisão de escolher o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia – ALBA, deputado Angelo Coronel (PSD) para concorrer a uma das vagas ao Senado Federal na aliança governista. “A governabilidade tem sido essencial para manter a Bahia nos trilhos, com equilíbrio fiscal e investimento em grandes obras públicas. E o que tem possibilitado a estabilidade política é justamente a coexistência de forças divergentes. Nosso governo é de centro-esquerda, e o sucesso dele é resultado desse equilíbrio”, declarou o governador.
Rui Costa chegou mesmo a fazer uma analogia com as cores da bandeira da Bahia, com o vermelho representando as esquerdas, enquanto que o azul simboliza o centro. Ele também rebateu as críticas feitas pelo PSB de que a retirada de Lídice da chapa foi “um erro histórico”. “É evidente que não existe erro histórico. O meu nome e o do ex-governador Jaques Wagner, que irá concorrer ao Senado, representam o campo da esquerda. A outra candidatura ao Senado, que será do deputado Angelo Coronel, e o nosso candidato à vice-governador, que é João Leão, representam o centro. É a chapa do equilíbrio, com dois de centro e dois de esquerda. E isso tem força grande com relação à identidade política das pessoas: elas precisam se ver na chapa majoritária”, defendeu o chefe do Legislativo.
Já o presidente da ALBA e agora pré-candidato ao Senado, Angelo Coronel, disse que agora é importante que todos estejam no mesmo barco e remem em direção a um porto só, pensando apenas na melhoria das condições de vida do povo baiano, principalmente o mais humilde. “Sempre houve uma composição entre centro e esquerda desde que o PT ganhou pela primeira vez as eleições na Bahia, interrompendo 16 anos de carlismo. Em 2006, Wagner governador, Edmundo Pereira, do PMDB, vice, e João Durval senador. Em 2010, Wagner governador, Otto vice, Lídice e Pinheiro, senadores, assim mesmo porque César Borges desistiu da aliança. A história desse grupo vencedor é da composição de forças e do equilíbrio”, diz Coronel.