Nota à imprensa – Polícia Federal


Sobre os diálogos interceptados da investigada Andrea Neves e do jornalista Reinaldo Azevedo, tornados públicos na tarde de ontem, 23/05, a Polícia Federal informa que os mesmos foram realizados no mês de abril de 2017, por força de decisão judicial do Ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, nos autos da ação cautelar 4316.

O referido diálogo não foi lançado em qualquer dos autos circunstanciados produzidos no âmbito da mencionada ação cautelar, uma vez que referidas conversas não diziam respeito ao objeto da investigação.

Conforme estipula a Lei 9.296/96, que regulamenta a interceptação de comunicações telefônicas, e em atendimento à decisão judicial no caso concreto, todas as conversas dos investigados são gravadas.

A mesma norma determina que somente o juiz do caso pode decidir pela inutilização de áudios que não sejam de interesse da investigação.

Informamos, ainda, que a Procuradoria Geral da República teve acesso às mídias produzidas das interceptações, em sua íntegra, em razão de solicitações feitas por meio dos ofícios 95/2017 – GTLJ/PGR, de 28 de abril de 2017, e 125/2017 – GTLJ/PGR, de 19 de maio de 2017, e respondidos pela Polícia Federal, respectivamente, através dos ofícios 569/2017 – GINQ/STF/DICOR/PF, de 28 de abril de 2017, e 713/2017 – GINQ/STF/DICOR/STF, de 22 de maio de 2017, em face do disposto no artigo 6 da Lei 9.296/96.

Operação Panatenaico: ex-governador do DF Arruda está preso na Polícia Federal


O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda foi preso hoje (23) pela Polícia Federal na Operação Panatenaico. Arruda chegou à sede da PF por volta das 8h30. Ele é investigado por envolvimento no superfaturamento das obras do Estádio Mané Garrincha.

O ex-governador do DF Agnelo Queiroz e seu vice, Tadeu Filippelli, também são alvos de mandados de prisão temporária. Os advogados de defesa de Queiroz e Filippelli disseram que só vão se pronunciar após terem acesso a todas as informações das investigações.

Policiais federais cumprem na manhã de hoje dez mandados de prisão temporária, 15 de busca e apreensão e três de condução coercitiva no âmbito da operação que investiga irregularidades nas obras de reconstrução do Estádio Mané Garrincha para receber os jogos da Copa do Mundo, em 2014.

Fraude em licitação

De acordo com nota do Ministério Público do Distrito Federal, também foi determinada a indisponibilidade de bens de 13 envolvidos até o limite de R$ 60 milhões. O objetivo das medidas é encontrar provas de que foi constituído um cartel entre várias empreiteiras para burlar e fraudar o caráter competitivo da licitação e assegurar, de forma antecipada, que os serviços e as obras fossem realizadas pelo consórcio constituído pelas empresas Andrade Guitierrez e Via Engenharia. (mais…)

Rocha Loures entrega mala com R$ 500 mil na sede da Polícia Federal em São Paulo


Rodrigo Rocha Loures

O deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) entregou na sede da Polícia Federal, na noite desta segunda-feira (22), a mala com R$ 500 mil, informa Thais Arbex, da coluna Painel do Blog da Folha de São Paulo .

Em delação, Joesley Batista afirmou que Rocha Loures foi indicado pelo presidente Michel Temer para tratar de assuntos de interesse da JBS.

Na última vez que a mala havia sido vista, o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures saiu com ela de um estacionamento em São Paulo, em 28 de abril, e entrou correndo em um táxi.

PF cumpre mandados contra suspeitos de superfaturar obras do Mané Garrincha


A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã de hoje (23) a Operação Panatenaico para investigar organização que fraudou e desviou recursos das obras de reforma do Estádio Nacional Mané Garrincha para a Copa do Mundo de 2014. De acordo com a PF, a obra, orçada em cerca de R$ 600 milhões, custou mais de R$ 1,5 bilhão. “O superfaturamento, portanto, pode ter chegado a quase R$ 900 milhões”.

Cerca de 80 policias federais cumprem 15 mandados de busca de apreensão, dez de prisão temporária, além de três conduções coercitivas, quando a pessoa é levada para depor e depois liberada. As medidas judiciais foram determinadas pela 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal (DF). Todas as ações ocorrem em Brasília e em outras cidades do DF.

“Entre os alvos das ações de hoje estão agentes públicos e ex-agentes públicos, construtoras e operadores das propinas ao longo de três gestões do governo do DF. A hipótese investigada pela Polícia Federal é de que agentes públicos, com a intermediação de operadores de propinas, tenham realizado conluios e assim simulado procedimentos previstos em edital de licitação”, diz nota da PF.

O nome da operação é uma referência ao Stadium Panatenaico, sede dos Jogos Panatenaicos, competições realizadas na Grécia antiga, anteriores aos Jogos olímpicos. A arena, utilizada para a prática de esportes pelos helênicos, é considerada uma das mais antigas do mundo

Polícia Federal prende primo de Aécio Neves e assessor de Zezé Perrella


Aécio Neves.

A Polícia Federal prendeu hoje (18) Frederico Pacheco de Medeiros, primo do senador suspenso Aécio Neves (PSDB-MG), que foi afastado do mandato a pedido ministro relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin.

O mandado de prisão de Medeiros foi emitido após o jornal O Globo noticiar ontem (17) que gravações em posse da Justiça revelam o parlamentar pedindo uma propina de R$2 milhões a Joesley Batista, dono do frigorífico JBS. Aécio teria indicado seu primo para receber o montante. Segundo o jornal, as gravações fazem parte da delação premiada da JBS, homologada hoje por Fachin. A delação foi mantida em sigilo.

Frederico foi encontrado em um condomínio na região metropolitana de Belo Horizonte. Mais cedo, também foi presa Andrea Neves, irmã de Aécio Neves. Foi cumprido ainda um mandado de prisão contra Mendherson Souza Lima, assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG). Segundo o jornal O Globo, investigações mostraram que os recursos pedidos por Aécio Neves ao dono do frigorífico foram depositados na conta de uma empresa de Perrella.

Todos os mandados são de prisão preventiva e foram assinados por Edson Fachin, ministro do Superior Tribunal Federal (STF) relator dos processos relacionados com a Operação Lava Jato. Também foi determinado o afastamento de Aécio Neves de suas funções parlamentares. (mais…)

Polícia Federal faz operação de combate à pedofilia em 17 estados e no DF


Foto arquivo.pf

A Polícia Federal deflagrou hoje (18) a Operação Cabrera, para reprimir o compartilhamento e a posse de imagens e vídeos de pornografia infantil na internet. No total, cerca de 370 agentes cumprem 93 mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão preventiva e um de condução coercitiva em 17 estados e no Distrito Federal.
A operação está em andamento no Acre, Amazônia, Amapá, Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, além do Distrito Federal.

A Polícia Federal em Brasília reuniu informações de escritórios estaduais da PF, não diretamente relacionadas entre si, mas que tratam da disseminação de pornografia infantil por meio de redes sociais, e-mail e aplicativos de mensagens e vídeo.

A operação unificada é coordenada pela unidade de Repressão aos Crimes de Ódio e Pornografia Infantil da Polícia Federal (Urcop). O nome da operação refere-se à menina Araceli Cabrera Sánchez Crespo, uma brasileira de 8 anos que foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada em 18 de maio de 1973, em Vitória, no Espírito Santo. Esse crime permanece impune e, em razão do brutal assassinato a data de hoje ficou instituída como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Os investigados poderão responder pela prática dos crimes de posse, compartilhamento de arquivos de pornografia infantil, com penas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente e no Código Penal brasileiro de um a seis anos de reclusão.

Dono da JBS afirma que Temer deu aval a compra de silêncio de Cunha, diz “O Globo”


Segundo o colunista Lauro Jardim, empresários afirmam ter gravação em que o presidente recomenda manter o pagamento de mesada ao ex-deputado.

Os donos da JBS, Joesley e Wesley Batista, afirmam ter uma gravação envolvendo o presidente Michel Temer, segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”. De acordo com o colunista, os empresários visitaram o Supremo Tribunal Federal (STF) na última quarta-feira (10) para confirmar ao ministro Edson Fachin o conteúdo da delação premiada que fizeram à Procuradoria-Geral da República (PGR) em abril.

Segundo Jardim, Temer tomou conhecimento que Joesley que o ex-deputado Eduardo Cunha e o operador Lúcio Funaro uma mesada para ficarem em silêncio. O presidente teria incentivado a estratégia: “tem que manter isso viu?”. Em seu depoimento à PGR, o dono da JBS afirmou que o Temer não determinou o pagamento à Cunha, mas tinha total conhecimento sobre a estratégia. Joesley teria afirmado que pagou R$ 5 milhões após a prisão de Cunha. O valor seria relacionado a uma saldo de propina que o peemebista tinha com ele.

Os dois ainda haviam acertado o pagamento de outros R$ 20 milhões por conta da tramitação de uma lei sobre uma isenção de impostos para frigoríficos como a JBS.

Operação da PF investiga denúncia de corrupção no Ministério da Agricultura


A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (16) a Operação Lucas, que investiga crimes de corrupção envolvendo servidores do Ministério da Agricultura e empresas fiscalizadas.

Segundo a PF, a investigação começou após denúncia de que frigoríficos e empresas de laticínios teriam sido favorecidas em processos administrativos, por meio do retardamento na tramitação e anulação de multas.

As investigações constataram, por meio de quebras de sigilos fiscal e bancário, que a chefe de Fiscalização do ministério à época dos fatos, recebia de empresas fiscalizadas valores mensais para custear despesas próprias.

“Apenas em sua conta pessoal a investigação identificou a diferença de mais de 200% do declarado em seu imposto de renda. Também foi detectado que o esquema criminoso movimentou cerca de R$ 3 milhões, entre os anos de 2010 a 2016”, diz a nota. (mais…)

PF combate crimes ambientais no Parque Nacional do Monte Pascoal


A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (16), a Operação Desmonte, que visa combater a prática de extração ilegal de madeira e o comércio clandestino de artefatos produzidos com produtos e subprodutos florestais extraídos do Parque Nacional do Monte Pascoal, em Porto Seguro.

A operação conta com o apoio da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (CIPPA), Companhia de Ações Especiais da Mata Atlântica (CAEMA), ICMBio, IBAMA, Polícia Rodoviária Federal (9ª Delegacia em Eunápolis), Gerência Regional do Trabalho em Eunápolis e do 6º Grupamento de Corpo de Bombeiros de Porto Seguro.

As investigações iniciaram com informações coletadas pela fiscalização do ICMBio, as quais foram ampliadas por meio de diligências policiais realizadas no Distrito de São João do Monte (Montinho), Município de Itabela, o que inspirou o nome da operação.

Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em fábricas, serrarias e depósitos suspeitos de beneficiar, armazenar e revender produtos manufaturados (gamelas, pilões, farinheiras, tábuas de cozinha, colheres, descansos de mesa, etc.) com madeiras supostamente retiradas do interior da mencionada unidade de conservação federal de proteção integral.

Os envolvidos poderão responder pelos crimes de receptação, dano à unidade de conservação e por adquirir, para fins comerciais, madeira e outros produtos de origem vegetal sem licença válida outorgada pela autoridade competente.

JBS nega favorecimento em relação com o BNDES, banco diz colaborar com autoridades


Após a deflagração da operação da Polícia Federal, a JBS nega que tenha sido favorecida pelas operações feitas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio da subsidiária BNESPar, e que elas foram realizadas de acordo com as regras do mercado de capitais no Brasil. Já o BNDES divulgou nota afirmando que está buscando informações sobre a operação, dá apoio a seus funcionários e colabora com as autoridades.

“Todo o investimento do BNDES na companhia foi feito por meio da BNDESPar, seu braço de participações, obedecendo a regras de mercado e dentro de todas as formalidades. Esses investimentos ocorreram sob o crivo da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e em consonância com a legislação vigente. Não houve favor algum à empresa”, justificou, em nota, a JBS.

Nesta manhã, a PF deflagrou a Operação Bullish, que investiga fraudes em aportes concedidos pelo BBNDES. Os aportes foram realizados após a contratação de empresa de consultoria ligada ao ex-parlamentar Antonio Palocci, e tiveram tramitação recorde, segundo disse ao jornal O GLOBO uma fonte vinculada ao caso. Palocci está preso em Curitiba (PR).

De acordo com o frigorífico, todo o relacionamento com bancos públicos e privados é feito de forma transparente e dentro das regras. “Todos os atos societários advindos dos investimentos da BNDESPar foram praticados de acordo com a legislação do mercado de capitais brasileiro, são públicos e estão disponíveis no site da CVM e no site de relações com investidores da JBS”, concluiu a empresa. (mais…)