Justiça decreta ilegalidade da greve dos policiais na Bahia


O pedido foi formulado pelo Ministério Público do Estado da Bahia em uma ação cautelar ajuizada pelo procurador-geral de Justiça Márcio José Cordeiro Fahel
O pedido foi formulado pelo Ministério Público do Estado da Bahia em uma ação cautelar ajuizada pelo procurador-geral de Justiça Márcio José Cordeiro Fahel

A greve da Polícia Militar da Bahia foi decretada como ilegal na manhã desta quarta-feira, dia 16, e todo o efetivo deve voltar imediatamente às atividades para a garantia da segurança pública. A decisão é da Justiça baiana, que acolheu pedido formulado pelo Ministério Público do Estado da Bahia em uma ação cautelar ajuizada pelo procurador-geral de Justiça Márcio José Cordeiro Fahel contra o governador da Bahia, Jaques Wagner, e seis associações representativas dos policiais militares: a Associação de Policiais e Bombeiros e de Seus Familiares (Aspra), Associação de Praças da Polícia Militar da Bahia (APPM-BA), Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia (AOPM-BA Força Invicta), Associação dos Oficiais Auxiliares da Polícia Militar (AOAPM-BA), Associação dos Subtenentes, Sargentos e Oficiais da Polícia Militar da Bahia (ABSSO-BA) e a Associação dos Bombeiros Militares da Bahia – Associação Dois de Julho.

Ainda de acordo com a decisão judicial, concedida liminarmente pelo desembargador plantonista Roberto Maynard Frank, o governador deve realizar, de imediato, um plano de contingenciamento da segurança pública em todo o estado, de modo a preservar os interesses públicos de segurança social e jurídica. O Ministério Público destacou na ação cautelar que o movimento paredista coloca em risco a integridade da população baiana. “O risco à segurança pública e à coletividade é patente”, afirmam o procurador-geral de Justiça Márcio Fahel e o promotor de Justiça Cristiano Chaves, que assinam a ação.

Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), os militares e equiparados são proibidos de realizar greve. O movimento grevista deflagrado ontem na Bahia fere, portanto, “frontal e diretamente, o direito constitucionalmente garantido à segurança pública”, afirma o MP. De acordo com o texto constitucional, cabe ao Ministério Público zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição, devendo promover as medidas necessárias à sua garantia.

Policial militar é sequestrado e morto a tiros em Feira de Santana


 Do Correio da Bahia

PM.cavalaria-265x250Um policial militar foi morto a tiros em Feira de Santana, a 108 quilômetros de Salvador, na manhã desta quarta-feira (16). O soldado Thiago Maciel Silva, 35 anos, foi sequestrado por cinco homens e encontrado baleado na estrada da Formiga.

O soldado foi abordado quando realizava um trabalho de equoterapia, em uma localidade próxima a São José, juntamente com outra policial militar e um grupo de pessoas. Os criminosos saquearam o grupo e encontraram a arma de Thiago, o que indicou que ele era PM, já que ele não estava uniformizado.

Thiago foi levado pelos criminosos, a bordo de um veículo Fiat/Uno, cor preta, segundo a Polícia Militar. Ele  foi encontrado com diversas perfurações de arma de fogo e chegou a ser socorrido por uma guarnição da PM para o hospital Emec, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade de saúde.

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Merenda Escolar: Conselho de Alimentação rejeita prestação de contas da prefeitura de Ilhéus


Relatório opina por rejeição.
Relatório opinou por rejeição.

Em votação de 5 a 2, o CAE- Conselho de Alimentação Escolar do município rejeitou a prestação de contas da prefeitura municipal de Ilhéus. Foram encontradas aberrações, que deixaram alguns conselheiros assustados.
Na semana passada divulgamos que o vereador Lukas Paiva (PMN) e Alisson Mendonça (PT), descobriram em suas idas ao Tribunal de Conta dos Municípios, aberrações comparativas com a quantidade de produtos da merenda escolar e o número de aluno da rede municipal de educação. Clique aqui para ler a matéria

Foram gastos R$ 1.783.000,00 (um milhão setecentos e oitenta e três mil) na aquisição desses produtos.

Em bate papo com o Blog Agravo, o vereador Alisson relembrou que segundo os números, colhidos no TCM, uma criança em 20 minutos teria de comer dois quilos de biscoito e um quilo de frango, por todos os dias do ano letivo.
Outra aberração é aquisição de 19 mil litros de iogurtes, sem que o município não tenha nem local apropriado para estocar.

O relatório elaborado pelo CAE com a rejeição das contas serão encaminhadas ao FNDE, Ministério Público Estadual, CGU, devendo causar sérios problemas ao prefeito Jabes Ribeiro e sua Trupe.

Greve da PM: Os ingredientes que envenenam os personagens


Por Jamesson Araujo

A PM não gosta de Wagner, com exceção dos Delegados, a Polícia Civil também não gosta de Wagner.

Qualquer conversa informal com líderes sindicais e com personagens das corporações, relevam uma impressionante antipatia entre os membros das forças policiais e o Governador Jaques Wagner. Procurando uma justificativa razoável, a resposta quase uníssona: Wagner não gosta da polícia.

A mágoa teria começado desde a época em que Wagner estimulava movimentos grevistas nos policiais, segundo relato do próprio Soldado Prisco, o PT chegou a financiar o movimento, inclusive dando fuga ao próprio em ação coordenada por Jose Sergio Gabrielli (O mesmo que está enrolado com a compra da refinaria de passadena/EUA). Após a greve de 2001, contracheques de policias foram exaustivamente expostos no programado candidato Wagner.

Após assumir o poder, a decepção. Wagner descumpriu os compromissos, e pior, tripudiou seguidamente da polícia baiana ao escolher para o seu comando figuras oriundas de outras corporações, mais precisamente da Polícia Federal. A predileção de Wagner por “estrangeiros” chegou ao mais alto nível com a nomeação de Mauricio Teles Barbosa, como Secretario da Segurança Pública. Um jovem Delegado com pouco menos de 5 anos de experiência policial, e com uma ambição capaz de atropelar o próprio chefe (o então Secretário da SSP).

Desde que a turma da PF chegou à SSP, houve segundo relatos, um processo de marginalização dos quadros estaduais. Todos os cargos importantes da SSP estão na mão de Policiais Federais. Há relatos de que servidores estaduais chegaram a ser proibidos de frequentarem uma parte da SSP, destinada área de inteligência.

O ambiente hostil somado ao comportamento vaidoso do secretário chegaria ainda a níveis ainda mais tensos com declarações jocosas e preconceituosas, contra policiais investigados por crimes, fala essas repetidas por Wagner… Aliás, comportamento esse muito diferente, quando o Governador era questionado sobre os mensaleiros e cia, onde Wagner sempre dizia que não poderia criminalizar previamente.

Para os policiais a regra era outra. Ao longo do tempo e com aprofundamento das rusgas, um grande número de processos punitivos foram deflagrados, muitos sem pé nem cabeça, como a demissão de policiais que honestamente, também atuavam como professores.

A verdade e que não bastasses antipatia a Wagner, o “valor” agregado trazido por Mauricio Barbosa foi altamente explosivo. Seus números são desastrosos, ainda assim Wagner banca o jovem delegado de 37 anos e que só conhecia a Bahia em viagens de férias.

A tropa da PM e os Policiais Civis o odeiam, mesmo ele se fantasiando de vez em quando de membro do Pelotão Choque. O fato é que só com Barbosa, Wagner enfrenta sua segunda greve em 2 anos. Há outros temperos para a crise atual, mas se Wagner tivesse um pouquinho de bom senso, se livrava de seu auxiliar o mais rápido possível.

‘Não houve acordo’, diz Prisco sobre assinatura de documento


Documento assinado entre governo e Prisco
Documento assinado entre governo e Prisco

Após uma reunião com representantes da Polícia Militar na noite de terça-feira (15), o vereador Marco Prisco (PSDB), e presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) disse  que não houve acordo no encontro com o governo antes da assembleia que definiu pela greve da PM no estado.

O encontro foi realizado no Departamento de Apoio Logístico da PM (Dal), que fica no Centro Administrativo da Bahia (CAB), na Paralela, em Salvador.

Por volta da meia-noite desta quarta-feira (16), Prisco afirmou ao G1 que o documento assinado foi exigência feita por ele e que no mesmo há a informação de que o “acordo” dependia da aprovação da categoria em assembleia. Os PMs não concordoram com as condições oferecidas pelo governo e houve mais uma tentativa de negociação durante toda a noite. “Não houve assinatura de acordo. O documento foi exigência minha e dizia que só tinha validade caso a categoria aprovasse [a proposta do governo]”, disse.

Pouco antes da meia-noite, a PM divulgou a informação da reunião na página oficial do órgão no Facebook. “Comandante geral se reúne com presidentes de associações. O Coronel PM Alfredo Braga de Castro, Comandante Geral da PMBA, juntamente com o Coronel PM Carlos Sebastião Eleutério, Subcomandante, está dialogando sobre as reivindicações da categoria”.

Segundo Marco Prisco, ele, o comandante da PM, coronel Alfredo Castro e outros representantes do órgão se reuniram para discutir mais uma vez propostas para a categoria. “Nessa reunião mudamos vários itens, principlamente referente a remuneração. Vou discutir com a categorai e elaborar uma nova proposta para apresentar ao governo pela manhã”, afirmou ele que segue para o Wet’n Wild, espaço de shows na Avenida Paralela, em Salvador, onde alguns PMs estão alojados.

Informações do G1 Bahia

Enem deve ser aplicado dias 8 e 9 de novembro, diz Inep


ENEM-2013A prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2014 poderá ser aplicada nos dias 8 e 9 de novembro. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou que as instituições de ensino onde o exame é aplicado estão sendo consultadas sobre a disponibilidade da data. A definição dependerá da resposta dessas instituições, de acordo com a assessoria do Inep.

 No ano passado, a prova do Enem foi aplicada nos dias 26 e 27 de outubro. O resultado foi divulgado no dia 3 de janeiro. Caso o Enem 2014 seja confirmado para o segundo final de semana de novembro ocorrerá após as eleições, em outubro.

 Cerca de 5 milhões de estudantes fizeram o Enem 2013. A nota do exame pode ser usada para a participar de programas como o Sistema de Seleção de Unificada (Sisu), que seleciona estudantes para vagas no ensino superior público; o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas em instituições privadas; e o Sistema de Seleção Unificada do Ensino Técnico e Profissional (Sisutec), que seleciona estudantes para vagas gratuitas em cursos técnicos.

 O Enem é também pré-requisito para firmar contratos pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e para a obter bolsas de intercâmbio pelo Programa Ciência sem Fronteiras.

Governo da Bahia solicita tropas federais para garantir a segurança da população


Secretário de Segurança Pública,Mauricio Barbosa, concede coletiva de imprensa sobre a greve da PM
Secretário de Segurança Pública,Mauricio Barbosa, concede coletiva de imprensa sobre a greve da PM

Em entrevista coletiva concedida na noite desta terça-feira (15), na Governadoria, o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, informou que o Governo do Estado está tomando todas as providências para manter a segurança da população, com a solicitação da garantia da lei e da ordem e a convocação das tropas federais. A medida foi motivada pelo anúncio da greve da Polícia Militar em assembleia da categoria, realizada no Wet’n Wild.

A proposta apresentada pelo governo aos policiais foi discutida na tarde desta terça-feira, em reunião entre o secretário, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alfredo Castro, e representantes das associações. Nesta reunião, foram incluídos pela categoria novos itens além daqueles propostos pelo governo.

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Além da PM, Professores estaduais e agentes da Polícia Civil anunciam paralisação


A decisão de paralisação de Polícia Civil, foi aprovada pela categoria na tarde de segunda-feira (14)
A decisão de paralisação de Polícia Civil, foi aprovada pela categoria na tarde de segunda-feira (14)

Os professores da rede estadual de ensino da Bahia anunciaram paralisação de 24 horas nesta quarta-feira (16). Os policiais civis do estado também divulgaram que vão parar as atividades no mesmo dia.

Com relação aos professores, de acordo com informações da APLB-Sindicato, a categoria vai participar de assembleia conjunta dos servidores públicos, que será realizada às 9h da quarta, no ginásio de esporte dos Bancários, na Ladeira dos Aflitos, centro de Salvador. A assembleia é promovida pela Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia

Os policiais civis da Bahia informaram que irão paralisar as atividades a partir das 8h de quarta-feira e só retomarão os serviços no mesmo horário do dia seguinte. Durante o período, segundo o sindicato da categoria, será mantido 30% do efetivo trabalhando no atendimento para prisão em flagrante, levantamento cadavérico, crimes contra a criança e contra a vida.

A decisão, conforme divulgado, foi aprovada pela categoria na tarde de segunda-feira (14) durante assembleia promovida pelo SINDPOC (Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Secretaria da Segurança Pública da Bahia). O indicativo de paralisação de 24h foi deliberado na assembleia geral do funcionalismo público estadual no último dia 2, informa o sindicato.

Os servidores afirmam que não aprovam o Projeto de Lei que define o reajuste dos funcionários do Estado parcelado em duas vezes e decidiram intensificar a mobilização.

Targino Machado pede sensibilidade do governador para evitar greve da Polícia Militar na Bahia


Em discurso no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia nesta tarde de terça-feira (15), o parlamentar relembrou as 177 mortes ocorridas durante os doze dias da greve passada.
Em discurso no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia nesta tarde de terça-feira (15), o parlamentar relembrou as 177 mortes ocorridas durante os doze dias da greve passada.

Com o risco iminente de greve da Polícia Militar da Bahia, a população baiana passa por um momento de tensão em todo o estado. O fato, que pode se repetir dois anos após a última paralisação, que ocorreu recentemente, em 2012, tem preocupado o deputado estadual Targino Machado (DEM).

Em discurso no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia nesta tarde de terça-feira (15), o parlamentar relembrou as 177 mortes ocorridas durante os doze dias da greve passada.

“O risco iminente de greve é objeto de preocupação para todos os baianos. É incontestável o clima de insegurança que se instalou na última greve, demonstrado pelo pânico da população e pelo vandalismo durante os doze dias desta recente paralisação. O saldo na época foi de 177 mortes. O povo clama pelo bom senso do governador. Se a greve, de fato, eclodir, perderá toda a população. Se já está ruim a segurança pública na Bahia, de forma especial, na capital, que é a décima terceira cidade mais violenta do mundo, imagine com esta greve?”, questionou.

De acordo com o deputado, o governo do estado não está se esforçando para evitar que esta paralisação se confirme.

“A Polícia Militar da Bahia, assim como o povo baiano, não quer a greve, que é um direito de todos os trabalhadores da iniciativa privada ou pública. O governo do estado não está tendo sensibilidade para evitar que esta greve venha a eclodir. Há vários meses o clima nos quartéis é de greve latente. Só quem não enxergou isso foi o governo do estado. A greve, se ocorrer, não deve ser creditada à Polícia Militar, mas na intransigência de um governo que só se preocupa com propaganda. O salário de um soldado da Polícia Militar na Bahia é vergonhoso. A obrigação de evitar esta greve é do governador Jaques Wagner”, disse.

Ainda para Targino, o assassinato de um paciente dentro da clínica cirúrgica do Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana, no último sábado, deixa claro que o clima de insegurança no estado é grande.

 “Só para ilustrar o quadro de insegurança instalado no nosso estado, quero dar ciência do que aconteceu no Hospital Geral Clériston Andrade no último sábado. Invadiram o local e metralharam um paciente. A segurança pública está entregue. Os pacientes deveriam estar sob a responsabilidade do estado, mas se este não é capaz de protegê-los em seus respectivos leitos, imagina a população nas ruas?”, concluiu.