Bahia jogará com camisa ‘manchada de óleo’ em protesto a desastre ambiental.


Bahia usará camisa ‘manchada de óleo’ em partida contra o Ceará

Por meio de suas redes sociais, o Bahia mostrou que está preocupado com o vazamento de óleo que atingiu grande parte do litoral do Nordeste. Junto com um manifesto que pede a punição dos responsáveis, o clube informou que a equipe usará no jogo contra o Ceará, na segunda-feira pelo Campeonato Brasileiro, a camisa tricolor com manchas de óleo.

As manchas apareceram inicialmente na Paraíba e se alastraram para 171 municípios dos nove estados nordestinos. A substância encontrada é a mesma em todos os locais: petróleo cru. O fenômeno tem afetado a vida de animais marinhos e causado impacto nas cidades litorâneas. Mais de 150 praias já foram atingidas pelo óleo.

525 toneladas de resíduos de óleo foram coletados no Nordeste, segundo Marinha


Órgãos nacionais e internacionais estão trabalhando para descobrir a origem do óleo.

A Marinha divulgou neste domingo que coletou 525 toneladas de resíduos nas praias do Nordeste desde o primeiro aparecimento das manchas, no dia 2 de setembro, na Paraíba. Segundo o órgão, o recolhimento é um esforço conjunto de órgãos federais, estados, municípios e voluntários.

Segundo a Marinha, só a região de Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, registra resíduos de óleo em seu litoral. As ações de limpeza estão em andamento. A Marinha ressalta que, pelo desconhecimento da origem do óleo, ainda não é possível saber por quanto tempo as manchas continuarão aparecendo.

No sábado, o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA) informou que foram encontradas vestígios de óleo na praia do Tiririca e Itacarezinho, em Itacaré, na Bahia. Servidores da Secretaria do Meio Ambiente, da prefeitura, da Marinha e da Petrobras fizeram a limpeza e recolheram amostras para análise. Foram recolhidos 1,5 kg de resíduos.

Em Pernambuco, as manchas chegaram em Porto de Galinhas, Pontal do Maracaípe, Praia do Guaiamum, Sirinhaém e na foz do Rio Una. Segundo o grupo, as regiões foram limpas ao longo do dia. Além disso, a Petrobras contratou dois navios especializados no recolhimento de óleo no mar que ficarão estacionados na costa do estado, em Tamandaré e Maragogi.

O GAA é formado pela Marinha, Agência Nacional do Petróleo (ANP) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Compete ao grupo avaliar os incidentes, acompanhar as ações adotadas e manter o Ministério do Meio Ambiente informado sobre a situação.

Órgãos nacionais e internacionais estão trabalhando para descobrir a origem do óleo. Segundo a Marinha, a colaboração envolve universidades, centros de pesquisa e Polícia Federal. Instituições estrangeiras como a Organização Marítima Internacional, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica do Departamento de Comércio e a Guarda Costeira dos Estados Unidos também colaboram com a investigação.

Com informações do Jornal O Globo.

Confira a coletiva da Marinha :

Defesa Civil da Bahia organiza equipamentos para limpeza de óleo


Defesa Civil organiza equipamentos para limpeza de óleo nas praias.

Os equipamentos de proteção individual (EPI’s) que vão ajudar os municípios em Situação de Emergência na limpeza das praias afetadas pela mancha de óleo começaram a chegar à sede da Defesa Civil do Estado, na manhã desta quinta-feira (17), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. Diversos tipos de luvas, pás, ancinhos, botas de PVC, roupas (calça e camisa), protetor solar, sacos plásticos e máscaras serão organizados em kits e entregues às prefeituras.

“Neste primeiro momento, nós vamos atender seis municípios. Até agora nós recebemos vários itens que conseguimos com fornecedores, EPI´s que vão garantir o trabalho seguro e eficiente, protegendo as pessoas que vão realizar a limpeza deste produto que chegou até as nossas praias. Estamos aguardando chegar mais alguns itens que estão formando os kits para levar aos municípios”, explicou o coordenador técnico da Defesa Civil da Bahia, Francisco Soares.

A quantidade de cada item distribuído aos municípios está relacionada com a disponibilidade encontrada no mercado. A entrega será feita em dois momentos. “Hoje pela tarde, nós vamos enviar os kits para Camaçari e Lauro de Freitas, que ficam mais próximos de Salvador. A partir de amanhã [18], nós vamos mandar para as demais cidades que também estão em Situação de Emergência”, declarou a coordenadora de ações de resposta da Defesa Civil do Estado, Taíse Silva.

Corpo de Bombeiros retira pelo menos três toneladas de óleo da praia do Conde

Pelo menos três toneladas de óleo foram retiradas da praia de Conde por bombeiros militares até a tarde desta quinta-feira (17). Os militares que também atuam em Porto Sauípe, Subaúma, Imbassahy e Praia do Forte, estão realizando a retirada do material e depositando em locais adequados para posterior descarte.

O Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA) está atualmente com 75 bombeiros diariamente realizando a remoção do óleo. As equipes estão distribuídas nas praias mais críticas e realiza do um trabalho manual. O objetivo é fazer toda a a remoção de forma segura.

“Inicialmente estávamos com 50 pessoas por dia, hoje aumentamos esse efetivo e possivelmente iremos colocar mais pessoas se houver necessidade. Hoje sobrevoei mais uma vez, o litoral norte com secretários estaduais. Estamos acompanhando de perto toda a operação para identificar os pontos de maior impacto e atuar com mais eficácia”, explicou o comandante-geral do CBMBA, coronel BM Francisco Telles.

Sesi Ilhéus apresenta projetos de alunos sobre Bioeconomia e Desenvolvimento Sustentável


A Escola SESI Ilhéus realiza nos dias 18 e 19, no Calçadão Jorge Amado, a apresentação dos projetos desenvolvidos pelos estudantes durante o ano letivo.

Os trabalhos, que fazem parte da Mostra Sesi de Artes, Ciência e Tecnologia, que reúne 260 alunos do ensino médio, serão apresentados durante todo o dia no estande montado pelo Sesi com a presença de estudantes e professores. O tema deste ano é “Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável”.

A mostra é aberta à comunidade, que poderá conhecer projetos que serão aplicado no dia a dia, com benefícios para a economia e o meio ambiente do Sul da Bahia.

Reunião trata sobre ações preventivas nas praias de Ilhéus


Participaram da reunião Vinícius Alcântara, presidente do Grupo de Amigos da Praia (GAP), Jorge Menezes (Lango), secretário do Clube Satélite de Remo; Ednei Factum, comandante do 5º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM) de Ilhéus; Ana Isabel, major do 5º GBM; Vinícius Briglia, diretor de Gestão Ambiental e Sirlanda Barbosa, chefe administrativo da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Secsurb).

As manchas de óleo que atingiram o litoral baiano em setembro último emitiram sinais de alerta em diversas localidades da costa brasileira. Diante desse fato, muitas notícias infundadas circulam e acabam gerando uma sensação de desespero e insegurança por parte da população. O litoral de Ilhéus não apresenta sinais de resíduos, contudo a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Urbanismo (Semde) está atenta e vigilante quanto a possíveis eventualidades.

Jerbson Moraes, titular da Semde, se reuniu na tarde de terça-feira (15) com autoridades e representantes de instituições e órgãos para discutir e articular ações preventivas, visando a proteção da costa ilheense. Na ocasião foi apresentada a Nota de Orientação do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídrica (Inema) destinada às prefeituras municipais, a fim de deliberar ações para atuação do município frente ao problema.

“A discussão pautou-se na iminência da mancha de óleo chegar a Ilhéus. Compete à Prefeitura e aos órgãos públicos monitorar as praias circunvizinhas, seguindo a nota de orientação do Inema. Se de fato houver a possibilidade real das manchas chegarem ao nosso litoral, o Município irá providenciar uma área devidamente isolada para armazenar o resíduo coletado nas praias. Em razão disso foi criado um plano de ação preventiva”, destacou Moraes.

Na conclusão do promotor de Justiça, Paulo Eduardo Sampaio, “a reunião teve por objetivo traçar um plano de combate no caso de a mancha avançar até nosso litoral. Foi proposta a criação da rede de vigilantes que envolve pescadores, surfistas, salva-vidas e profissionais que trabalham no mar. Essa rede tem salutar importância no fortalecimento da vigilância e refutar as fake news sobre o acontecimento, de forma que possamos ter um controle efetivo e eficiente”, destacou.

Giovane Andrade, comandante da Capitania dos Portos em Ilhéus, informou que a Marinha orienta as embarcações, contudo a força-tarefa montada é uma atuação conjunta. “Possuímos um grupo de apoio, no qual, todos os setores são envolvidos. Há um canal para informar tempestivamente a todos os órgãos sobre o monitoramento de incidência do óleo no litoral de Ilhéus. Caso aconteça, começará por Barra Grande”.

Praia Limpa – Na oportunidade, Jerbson Moraes também salientou as ações realizadas pela Prefeitura na limpeza e monitoramento das praias. “Junto à Marinha tratamos do projeto Praia Legal. O prefeito celebrou o protocolo de intenções e irá enviar um projeto de lei municipal para regulamentar a Praia do Cristo. Além do Projeto Orla, agora o Praia Legal, no qual, será possível sinalizar o mar costeiro”.

O titular acrescentou ainda que o processo passará pelas fases licitatórias para contratação de técnicos e da empresa que fará as balizas no mar. “Anterior a isso, estamos realizando a limpeza das praias. Essa ação conta com a participação de diversos órgãos”. De acordo com Moraes, a partir do dia 10 de novembro a ação de limpeza será intensificada.

Na última segunda-feira (14), o governador da Bahia em exercício, João Leão, assinou o Decreto Estadual de Emergência para liberação de recursos para seis municípios do estado que foram atingidos por manchas de óleo no litoral. Também foi criado um Comando Unificado de Incidentes para deliberar ações das manchas de óleo que atingiram o litoral baiano. Serão realizados sobrevoos para identificar o deslocamento das manchas de óleo.

Embasa e Prefeitura de Itacaré iniciam obras de retirada de despejos da orla


O esgoto estava sendo jogado entre a Praia da Coroinha, um dos cartões postais da cidade, e o acesso à Praia da Concha, um dos lugares mais frequentados pelos itacareenses e turistas.

A Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), em parceria com a Prefeitura de Itacaré, iniciou esta semana os de serviços para a retirada dos despejos na praia da Coroinha com um sistema de captação em tempo seco. O objetivo é evitar que o esgoto continue sendo jogado a céu aberto num dos pontos turísticos mais visitados de Itacaré. A expectativa é que os serviços já sejam concluídos nos próximos dias.

O prefeito de Itacaré, Antônio de Anízio, informou que a obra é de fundamental importância pelas questões de saúde pública, já que banhistas e pescadores frequentam esse local, além da questão ambiental, já que o esgoto domiciliar vem sendo jogado a céu aberto na orla da cidade. Os serviços visam minimizar esses problemas ambientais, sociais e de saúde. Além disso, o prefeito chama a atenção para a questão do turismo, já que o esgoto estava sendo jogado entre a Praia da Coroinha, um dos cartões postais da cidade, e o acesso à Praia da Concha, um dos lugares mais frequentados pelos itacareenses e turistas.

A obra de retirada dos despejos na praia da Coroinha com um sistema de captação em tempo seco faz parte de um conjunto de investimentos feitos pela Embasa em Itacaré de cerca de R$ 2,7 milhões para a melhoria também do abastecimento de água. Os trabalhos contam com o apoio da Prefeitura de Itacaré, que cedeu maquinário para agilizar os serviços. E as obras seguem, em ritmo acelerado.

As obras incluem duas adutoras -uma de água bruta e outra de água tratada-, além da reforma e ampliação da Estação de Tratamento de Água (ETA) da Ribeira, localizada na zona urbana do município. A previsão é que o trabalho de instalação das adutoras seja concluído no próximo mês de novembro. A ETA já está funcionando com as melhorias desde julho passado. As adutoras estão sendo implantadas ao longo da margem direita da BA-001 e BA-604, no sentido Itacaré.

O gerente da Unidade Regional de Itabuna (USI), Felipe Madureira, explica que o objetivo da obra é a aumentar a capacidade de produção do SAA de Itacaré e melhorar o abastecimento de água no verão, quando a população do município triplica, segundo cálculos de especialistas em turismo. O prefeito de Itacaré, Antônio de Anízio, explica que esse ano o município deve receber um grande número de turistas, daí a importância de preparar a cidade para atender bem aos visitantes.

A duplicação do trecho adutora de água bruta, com quase três quilômetros, leva água da captação no rio Jeribucaçu até a ETA da Ribeira. Já a adutora de água tratada, com cerca de seis quilômetros, parte da Estação de Tratamento de Água (ETA) de Marambaia, distrito de Itacaré, para abastecer o bairro Santo Antônio, entre outros que ficam na parte alta da sede municipal. Numa segunda etapa, que deve ser iniciada em breve, será feito mais um trecho de adutora de água bruta, com dois quilômetros, com captação em outro ponto do rio Jeribucaçu, na Barragem da Usina.

Óleo atinge praias de Salvador e mais sete cidades da Bahia


Salvador e mais sete cidades da Bahia tiveram o litoral atingido pelo óleo.

O óleo de origem desconhecida, que já atingiu mais de 150 pontos do litoral nordestino, chegou hoje (11), a Salvador (BA), poluindo as praias do Flamengo e Jardim dos Namorados, no bairro da Pituba.

Blocos de petróleo bruto misturado à areia e a outros materiais foram encontrados por banhistas e confirmados por equipes do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), que já vinha acompanhando o avanço da macha de óleo.

A prefeitura informou que 75 agentes de limpeza estarão de prontidão 24 horas a fim de identificar e tomar as providências necessárias em caso de novas ocorrências nas praias soteropolitanas. Além disso, técnicos da Defesa Civil e engenheiros ambientais também estão em alerta e podem ser acionados pelo telefone 156.

A prefeitura recomenda que as pessoas evitem ir à praia, nadar ou praticar esportes aquáticos nas regiões afetadas. Quem encontrar algum animal ferido ou afetado pelo óleo deve ligar para a Polícia Ambiental (190) ou para a Guarda Civil Municipal (3202-5312). Em caso de reação alérgica ao toque ou ingestão do óleo, a pessoa deve procurar uma unidade básica de saúde.

Segundo a relação de áreas afetadas, atualizada diariamente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), só na Bahia sete cidades já foram atingidas pelo óleo. Além da capital baiana, foram afetadas Camaçari, Conde, Entre Rios, Esplanada, Jandaíra e Mata de São João.

A relação do Ibama não inclui o município de Lauro de Freitas, cuja prefeitura confirmou que, na última quarta-feira (9), frequentadores e trabalhadores da praia de Vilas do Atlântico comunicaram o avistamento de vestígios de óleo possivelmente carregados até a praia pela correnteza.

“Percorremos as três praias do município e alguns pontos do Rio Sapato e, até o momento, não encontramos nenhuma [outra] mancha, mas o vestígio encontrado é um sinal de que as pelotas sólidas podem chegar, mas até o momento as praias estão limpas”, informou em nota a oceanógrafa da secretaria Marina Motta.

Mancha de óleo

A presença da mancha de óleo no litoral nordestino foi notada no fim de agosto. A primeira localidade onde, segundo o relatório do Ibama, a contaminação foi comunicada, fica na Praia Bela, em Pitimbu (PB), onde os fragmentos de óleo foram avistados no dia 30 de agosto. A partir daí, a substância escura e pegajosa se espalhou pelos nove estados do Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe).

Segundo o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, análises laboratoriais realizadas pela Petrobras apontam que as amostras de óleo estudadas são “compatíveis” com o tipo de petróleo produzido na Venezuela. Hipótese corroborada por pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) que, por iniciativa própria e em parceria com especialistas da Universidade Federal de Sergipe (UFS), analisaram nove de 27 amostras de resíduos que recolheram ao longo do litoral do Sergipe e da Bahia, encontrando uma “forte correlação” entre a substância e “um dos tipos de petróleo produzido no país vizinho”. Segundo os pesquisadores, nenhuma das variedades de petróleo produzidas no Brasil apresenta características semelhantes às encontradas nas amostras analisadas.

Marinha

A Polícia Federal (PF), a Marinha e os órgãos ambientais do Brasil tentam agora esclarecer como o material chegou às águas territoriais brasileiras e poluiu trechos do litoral nordestino. De acordo com o ministro Ricardo Salles, entre as hipóteses estão um possível vazamento acidental em alguma embarcação ainda não identificada; um derramamento criminoso do material por motivos desconhecidos ou a eventual limpeza do porão de um navio.

“A Marinha identificou todos os barcos que trafegaram pela costa brasileira e está investigando para saber qual é o possível barco [que pode ter derramado o óleo no mar]”, comentou o ministro durante reunião ordinária do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), realizada ontem (10), em Brasília. Ao fim do encontro, a assessoria do ministério esclareceu à Agência Brasil que o ministro jamais atribuiu a responsabilidade pelo vazamento ao Estado venezuelano ou a estatal petrolífera Petróleos de Venezuela (PDVSA).

“A hipótese aventada é que [o produto] pode ter sido derramado a partir de navios que trafegaram ao longo da costa brasileira, e não necessariamente de campos do governo ditatorial venezuelano”, informou a pasta.

A PDVSA e o ministro do Petróleo da Venezuela, Manuel Quevedo, rechaçaram qualquer ilação que tente responsabilizar o país pelo derramamento de óleo no litoral brasileiro. “Reiteramos que não recebemos nenhum relatório no qual nossos clientes e/ou subsidiárias relatam uma possível avaria ou vazamento nas proximidades da costa brasileira, cuja distância com nossas instalações de petróleo é de aproximadamente 6.650 km, via marítima”, disse a PDVSA, em nota.

Óleo que atinge praias do Nordeste é da Venezuela, diz análise da UFBA


Mancha de petróleo atinge o litoral do Nordeste desde o mês passado.

Um estudo realizado pelo Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia (UFBA) aponta que o petróleo que atinge o litoral do Nordeste veio da Venezuela. A informação foi divulgada pela diretora da entidade, a pesquisadora Olivia Oliveira, durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (10).

Apesar da afirmação dos pesquisadores, o governo de Nicolás Maduro nega que a Venezuela é responsável pelo petróleo que atinge as praias do litoral nordestino. Conforme o comunicado, não há evidências de vazamentos de petróleo nos campos de petróleo da Venezuela que possa ter causado danos ao ecossistema do Brasil.

De acordo com a diretora do Instituto da UFBA, o resultado que comprova a nacionalidade do resíduo foi encontrado após diversos testes comparativos com sete amostras coletadas em Sergipe e duas na Bahia.

Segundo a pesquisadora, os dados apontam também que a substância se assemelha com petróleo cru. Ainda não há informações, no entanto, de quanto tempo o resíduo está no mar, nem se é proveniente de um navio ou não.

Seis cidades baianas já foram atingidas pelas manchas de petróleo entre 3 de outubro, quando a substância chegou no estado, até a manhã desta quinta-feira (10). O último município atingido foi Camaçari, que já tem 3 praias contaminadas.

Vândalos destroem canteiros recém reformados em Ilhéus


Tornar a cidade mais agradável para se viver é um dos deveres da administração pública. E para isso, a Prefeitura de Ilhéus, por meio da secretaria de Serviços Urbanos, realiza a ação de embelezamento  canteiros centrais e rotatórias do município. Mas devido a ação de vândalos, este processo está se tornando caso de polícia.

Os Ilheenses que passavam pela R. Visc. de Mauá, bairro Cidade Nova, tiveram uma triste visão na manhã desta quinta-feira (10). Vândalos destruíram os canteiros recém reformados e as placas de sinalização.

Parte da situação foi provocada por um acidente de carro. Mas as plantas  também foram arrancadas pela raiz em outros dois canteiros.

Prefeitura investiga se placas foram atingida por carro em acidente.

Pelas redes sociais, inúmeros ilheenses cobraram uma investigação para identificar os vândalos.Prepostos da Prefeitura estão buscando filmagens da localidade para identificar que houve, e denunciar os responsáveis  para que paguem o prejuízo.

Governo tem suspeita sobre origem de manchas de óleo, diz Bolsonaro


Mancha de petróleo atinge o litoral do Nordeste desde o mês passado.

O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (7) que já há uma suspeita sobre a origem da mancha de petróleo que atinge o litoral do Nordeste desde o mês passado. Segundo ele, o mais provável é que tenha sido um vazamento causado por um navio e que o produto não é produzido e nem comercializado no Brasil. Perguntado, Bolsonaro disse não poder revelar ainda o país de origem do óleo.

“O que está constatado é que existe um DNA desse petróleo. Ele não é produzido no Brasil nem comercializado no Brasil. Aproximadamente 140 navios fizeram trajeto por aquela região, pode ser algo criminoso, pode ser um vazamento acidental, pode ser um navio que naufragou também. Agora, é complexo, existe a possibilidade, temos no radar um país que pode ser o da origem do petróleo e continuamos trabalhando da melhor maneira possível não só para dar uma satisfação para a sociedade, como colaborar na questão ambiental”, disse na entrada do Ministério da Defesa, após comandar uma reunião de emergência sobre o assunto, que teve a participação dos ministros Fernando Azevedo (Defesa), Ernesto Araújo (Relações Exteriroes), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Bento Albuquerque (Minas e Energia).

Um inquérito foi aberto pela Polícia Federal (PF), na semana passada, para apurar a origem da substância. A contaminação também é monitorada por órgãos como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) desde o dia 2 de setembro, quando as primeiras manchas foram localizadas no litoral nordestino.

Mais cedo, nesta segunda-feira, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, esteve no litoral de Sergipe acompanhando o trabalho de técnicos ambientais. Pelo Twitter, ele informou que já foram retirados do bar cerca de 100 toneladas de borra de óleo.

Bolsonaro também determinou, por meio de decreto, publicado no último sábado (5), uma investigação sobre as causas e a responsabilidade sobre o derramamento do óleo. No despacho, o presidente determinou que sejam apresentados, no prazo de 48 horas, dados coletados e as providências tomadas sobre o problema ambiental.

A investigação envolve a PF, o Comando da Marinha, o Ibama e o ICMBio. As manchas já atingem o litoral de todos os estados do Nordeste e segue se movimentando pela costa brasileira.