Bahia registra mais 3.584 casos e 40 óbitos por Covid-19 em 24h


Com 332.183 vacinados contra o coronavírus (Covid-19) até às 14 horas desta terça-feira (9), a Bahia é um dos estados do País com o maior número de imunizados, tendo 40.507 baianos vacinados nas últimas 24 horas. Com a chegada de 186.200 doses da vacina contra o coronavírus (Covid-19), a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) autorizou que os 417 municípios iniciassem a vacinação de idosos acima de 80 anos. A Sesab realiza o contato diário com as equipes de cada município a fim de aferir o quantitativo de doses aplicadas e disponibiliza as informações detalhadas no painel https://bi.saude.ba.gov.br/vacinacao/.

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 3.584 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,6%) e 3.222 recuperados (+0,5%). Dos 613.339 casos confirmados desde o início da pandemia, 589.353 já são considerados recuperados e 13.534 encontram-se ativos. A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da Covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (21,82%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (12.160,40), Itororó (10.622,12), Itabuna (9.771,46), Muniz Ferreira (9.444,89) e Conceição do Coité (9.121,48).

boletim epidemiológico contabiliza ainda 993.122 casos descartados e 141.729 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta terça-feira (9).

Na Bahia, 40.778 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.

Óbitos

O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 40 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo.

A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 10.452, representando uma letalidade de 1,70%. Dentre os óbitos, 56,64% ocorreram no sexo masculino e 43,36% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 55,17% corresponderam a parda, seguidos por branca com 19,85%, preta com 14,61%, amarela com 0,60%, indígena com 0,14% e não há informação em 9,62% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 70,55%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,22%).

Ex-governador da Bahia e ex-reitor da Ufba, Roberto Santos, morre em Salvador


O ex-governador da Bahia, Roberto Figueira Santos, morreu nesta terça-feira (9), aos 94 anos. A informação foi divulgada pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), onde ele foi reitor.

“Informo aos membros da comunidade UFBA que Dr. Roberto Santos, nosso ex-reitor e nosso grande amigo, acaba de falecer. A UFBA, mais uma vez, está de luto. Expresso aqui nossos sentimentos mais profundos”, disse o reitor da Ufba, João Carlos Salles, nas redes sociais.

Roberto Santos foi governador da Bahia entre 1975 e 1979, além de ministro da Saúde de 1986 a 1987 no governo de José Sarney.

Filho do ex-reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Edgard Santos, o ex-governador também ocupou a mesma função do pai de 1967 até 1971.

Nas redes sociais, o governador da Bahia, Rui Costa, lamentou a morte de Roberto Santos e decretou luto de três dias.

Operação Citrus: Empresário e ex-secretários têm penas mantidas pelo TJBA


Os ex- secretários, Jamil e  Kacio, e o empresário Enoch tiveram a condenação confirmada em segunda instancia.

 

As penas de condenação dos denunciados pelo Ministério Público estadual na operação Citrus foram mantidas, hoje, dia 9, por unanimidade pela 2ª Turma da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), acatando o voto proferido no último dia 15 de dezembro pelo relator do processo, desembargador Abelardo da Mata. Foi mantida integralmente a sentença de primeira instância, que condenou o empresário Enoch Andrade Silva a 11 anos e 11 meses de prisão e os ex-secretários de Desenvolvimento Social do Município de Ilhéus (Sedes), Jamil Chagouri Ocké e Kácio Clay Silva Brandão, a nove anos de reclusão por crimes de fraudes em licitações.

A operação Citrus foi deflagrada em março de 2017 pelo MP com o objetivo de desmantelar um grupo criminoso que praticava fraudes e superfaturamento em procedimentos licitatórios e em contratos realizados pela Prefeitura de Ilhéus. A operação foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) e pela 8ª Promotoria de Justiça de Ilhéus, com participação da Polícia Rodoviária Federal (PRF). No processo decorrente da operação, atuaram em conjunto com o Gaeco, em primeiro grau, os promotores de Justiça Frank Ferrari, coordenador do Centro de Apoio Operacional da Moralidade Administrativa (Caopam);Thomas Brito e Alícia Passeggi. No segundo grau, no julgamento do recurso no TJBA, atuou o procurador de Justiça Aderbal Barreto, com o acompanhamento da promotora de Justiça Solange Rios, da Coordenadoria Especializada em Recursos (Coer).

COVID-19 atinge natalidade e Cartórios da Bahia registram o menor número de nascimentos em janeiro na história


A pandemia do novo coronavírus não só deixou um rastro de mais de 10 mil mortos entre a população baiana, como também começa a causar impactos futuros, atingindo as taxas de natalidade na Bahia. Levantamento da Associação dos Registradores Civis das Pessoas Naturais do Estado da Bahia (Arpen-BA), com base nos registros de nascimentos realizados nos 701 Cartórios de Registro Civil existentes, mostra uma queda histórica de 18% nos nascimentos em janeiro de 2021, primeiro mês após o período normal de gestação, desde a chegada da COVID-19 no Brasil, em que os casais optaram por ter filhos ou não, já com a crise sanitária instalada no País.

Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil, repositório de estatísticas dos atos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil). Em janeiro deste ano, foram realizados 13.995 nascimentos, 18,01% menor que o registrado em janeiro do ano passado, quando houve 17.070 registros. O número é ainda quase 19 pontos percentuais menor do que a média histórica estadual do mês de janeiro desde 2002, que é de -0,73% ao ano, número que se repete quando se verifica o período anual.

No Brasil, os números de nascimentos em janeiro também tiveram queda, chegando a 15,1%, com relação ao mesmo período de 2020. Foram registrados 207.901 nascimentos em janeiro de 2021, frente a 244.974 ocorridos no mesmo mês do ano anterior. Em âmbito nacional, a média histórica de variação do mês de janeiro também é de 0% ao ano, a mesma porcentagem de variação quando analisados os números do período anual.

“A pandemia trouxe o medo do futuro, e isso fez com que casais repensassem em aumentar suas famílias. A COVID-19 não só afetou a economia do nosso país, mas também o emocional das famílias baianas, que optaram em postergar o sonho de uma casa mais cheia”, esclarece o presidente da Arpen/BA, Daniel de Oliveira Sampaio.

O número de nascimentos registrados em 2021 ainda pode vir a aumentar, assim como a variação da média anual, uma vez que os prazos para registros chegam a prever um intervalo de até 15 dias entre o nascimento e o lançamento do registro no Portal da Transparência. Além disso, alguns estados brasileiros expandiram o prazo legal para comunicação de registros em razão da situação de emergência causada pela COVID-19.

Irmãos envolvidos com roubos localizados em Canavieiras


Três mandados de prisão foram cumpridos na segunda-feira (8), contra dois irmãos e um traficante que se encontra custodiado no presídio de Itabuna. A ação conjunta foi realizada pela Delegacia Territorial (DT) de Canavieiras e pela 71ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Canavieiras).

Os irmãos Jeferson Souza Almeida, vulgo Jefinho, 35 anos, e Adebaldo Souza Almeida, 45 anos. que fazem parte da organização criminosa Raio A, foram encontrados em uma residência, no bairro de Cidade Nova. Eles são primos de um traficante, líder do bando, que está no presídio de Itabuna e também teve um mandado cumprido.

“Estamos diante de uma organização criminosa composta de parentes. Agora, todos estão custodiados no presídio de Itabuna”, disse o titular da DT de Canavieiras, delegado Renato Fernandes Ribeiro.

Ilhéus terá mais 20 leitos para tratamento da covid-19


Com uma ocupação de 83% dos leitos de UTI, a região sul da Bahia terá um reforço para o tratamento dos pacientes com coronavírus. Serão abertos 20 leitos de suporte ventilatório no pronto-atendimento para covid-19 que foi montado no centro de convenções de Ilhéus. De acordo com o secretário estadual da saúde, Fábio Vilas-Boas, a ação foi articulada com a prefeitura do município.

Áudio:

 

Prefeitura de Ilhéus executa quatorze obras para o desenvolvimento da cidade


Informe da Prefeitura de Ilhéus. 

A Prefeitura de Ilhéus está realizando diversas obras e serviços nos quatro cantos da cidade. Depois da divulgação da reforma de 11 escolas e ações nos distritos e altos, um novo balanço traz as principais obras urbanas e serviços realizados no Município, de acordo com as informações fornecidas pela secretaria municipal de Infraestrutura e Defesa Civil (Seinfra).

Das obras de maior porte em andamento, estão a requalificação do calçadão da Marquês de Paranaguá (20% executada), área do centro comercial de Ilhéus; o fechamento da primeira etapa do canal do Malhado (70% concluída), na Central de Abastecimento, bairro do Malhado; a reforma da quadra poliesportiva, da Barra, que está na fase inicial; conclusão da construção da quadra do Banco da Vitória (99% finalizada); a construção do Centro de Artes e Esportes Unificado (Praça CEU), no Nossa Senhora da Vitória (14% avançada); além das obras contenções nos Altos Nerival (90% da 1ª etapa concluída; 2ª etapa está em 22%), da Esperança (99% executada) e do Coqueiro (25% concluída).

De acordo com informações repassadas pela Seinfra, na Marquês de Paranaguá foi reiniciada a demolição da calçada com rompedor e feita a retirada de entulhos. No Canal do Malhado, a obra segue com montagem do escoramento da laje da caixa, limpeza de um lado da galeria, execução de lastro de concreto magro, de 10 cm, do piso da galeria e concretagem do piso armado da galeria.

Já a Praça CEU, a Prefeitura retomou a obra no último dia 14 de janeiro, tendo sido realizados serviços como a fabricação e montagem das formas das vigas laterais e transversais da laje do bloco 2, montagem das pranchas, cimbramento, preparo das armaduras e fixação das formas das vigas.

Serviços

De janeiro para cá, a prefeitura tem realizado por meio das equipes da Seinfra diversos serviços urbanos na cidade. Troca de manilha, limpeza e desobstrução de rede pluvial, confecção de caixa pluvial, confecção de tampa, reparo de caixa pluvial, assentamento de paralelo, reposição de paralelos, reconstrução de escadaria e reparo de calçadas são algumas das ações realizadas. Confira o check list de serviços:

Troca de manilhas e reposição de paralelos: na Av. Canavieiras, Teresópolis;
Limpeza e Desobstrução de rede pluvial: Travessa Amaral Pacheco; Cidade Nova;
Desobstrução de rede pluvial e reposição de paralelos: no Alto Formoso, Conquista;
Confecção de caixa pluvial e troca de manilhas e concretagem: Rua Conselheiro Antônio Francisco Badaró, Malhado;
Reparo de caixa pluvial, desobstrução da rede pluvial e reposição de paralelo: Rua Araújo; Malhado.
Reconstrução da escadaria, reposição de paralelos, reparo da calçada e confecção de tampa: Avenida Esperança;
Restauração de calçada: Rua C Alto do Cacau, Tapera;
Reposição de paralelos: Rua Nossa Senhora de Lourdes, Outeiro de São Sebastião.

Trabalhador que recusar vacina pode ser demitido por justa causa, diz MPT


Os trabalhadores que se recusarem a tomar a vacina contra Covid-19 sem apresentarem razões médicas documentadas poderão ser demitidos por justa causa, segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT). De acordo com o portal Terra, a orientação do órgão é para que as empresas invistam em conscientização e negociem com seus funcionários, mas o entendimento é de que a mera recusa individual e injustificada à imunização não poderá colocar em risco a saúde dos demais empregados.

No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que, embora não possa forçar ninguém a se vacinar, o Estado pode, sim, impor medidas restritivas aos cidadãos que se recusarem a tomar o imunizante contra o novo coronavírus. Apesar de nenhum governo até o momento ter anunciado sanções aos negacionistas da vacina, essas medidas poderiam incluir multa, vedação a matrículas em escolas e o impedimento à entrada em determinados lugares.

Um guia interno elaborado pela área técnica do MPT segue o mesmo critério. “Como o STF já se pronunciou em três ações, a recusa à vacina permite a imposição de consequências. Seguimos o princípio de que a vacina é uma proteção coletiva, e não individual. O interesse coletivo sempre vai se sobrepor ao interesse individual. A solidariedade é um princípio fundante da Constituição”, justifica o procurador-geral do MPT, Alberto Balazeiro.

Ainda assim, a orientação do MPT é de que as demissões ocorram apenas como última alternativa após reiteradas tentativas de convencimento por parte do empregador da importância da imunização em massa.

Balazeiro enfatiza que a exigência da vacina no trabalho deve seguir a disponibilidade dos imunizantes em cada região e o Plano Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, que determina quais grupos têm prioridade na fila da vacinação. Profissionais de Saúde, idosos e pessoas com comorbidades estão contemplados nessa primeira fase.

A partir da disponibilidade da vacina para cada grupo, caberá ao trabalhador comprovar a sua impossibilidade de receber o imunizante com a apresentação de laudo médico. Mulheres grávidas, pessoas alérgicas a componentes das vacinas ou portadoras de doenças que afetam o sistema imunológico, por exemplo, podem ser excluídas da vacinação. Nesses casos, a empresa precisará negociar para manter o funcionário em home office ou no regime de teletrabalho. ( Aratu Online)

Itacaré: Antônio de Anízio é recebido pelo governador Rui Costa


O prefeito de Itacaré e presidente do Consórcio de Desenvolvimento Sustentável Litoral Sul (CDS-LS), Antônio de Anízio, se reuniu na tarde desta segunda-feira (08) com o governador da Bahia, Rui Costa, em Salvador, onde solicitou uma série de obras, convênios e serviços importantes para o município. A audiência contou com a presença do deputado estadual Rosemberg Pinto, que também garantiu continuar o apoio através de emendas de obras e serviços para Itacaré.

Na lista de obras solicitadas pelo prefeito Antônio de Anízio e confirmadas pelo governador Rui Costa está a construção da nova escola estadual de Itacaré, que incluirá também o ensino técnico-profissionalizante, a pavimentação das demais ruas do bairro da Concha e a iluminação de toda a área do novo acesso às praias urbanas.

Já na área de Saúde, o prefeito solicitou ao governador um apoio no custeio para o funcionamento do Centro de Atendimento ao Coronavírus de Itacaré (CACI), na Unidade de Pronto-Atendimento(UPA) que fica no quilômetro-07, enquanto durar a pandemia do Covid-19. Rui Costa destacou o trabalho desenvolvido pelo prefeito Antônio de Anízio na área de saúde, principalmente nesse período de pandemia, onde Itacaré foi a primeira cidade a implantar as medidas de combate ao coronavírus, e já autorizou a realização de um convênio entre o Estado e o Município na ajuda de custeio para garantir o funcionamento da unidade.

Com pandemia e sem Carnaval, cerca de 1,2 milhão de pessoas deixará de estar nas ruas de Salvador


O cancelamento do Carnaval de Salvador, devido à pandemia da Covid-19, vai evitar que 1,2 milhão de pessoas circulem nas ruas onde tradicionalmente acontecem os festejos, na capital baiana. A estimativa é da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria estadual do Planejamento (Seplan). A SEI também estima que em torno de R$ 1,7 bilhão, advindos dos gastos dos foliões, deixarão de circular em Salvador. Cerca de 60 mil trabalhadores ficarão sem opção de desempenhar suas atividades e um montante de R$ 90 milhões de rendimentos, fruto dos trabalhos realizados durante o período de Carnaval, deixará de ser gerado. O desinvestimento público deve ser de R$ 133 milhões.

“O cancelamento do Carnaval foi uma decisão acertada e pautada na necessidade de preservar vidas humanas, uma vez que estamos enfrentando uma pandemia mundial de uma doença altamente contagiosa. Portanto, não pouparemos esforços para vencer esta guerra e o cancelamento do Carnaval vai ao encontro das diversas ações de combate ao Coronavírus que o Estado da Bahia vem adotando desde o início da pandemia”, destaca o secretário estadual do Planejamento, Walter Pinheiro.

Para estimar a provável participação dos foliões locais no Carnaval 2021 foi usada a média de moradores da capital que brincaram em eventos anteriores (17,7%). Essa proporção foi identificada em pesquisas realizadas pela SEI/DIEESE/SECULT. Considerando-se a população estimada pelo IBGE para capital em 2020 (2,9 milhões de habitantes), a SEI supõe que em torno de 528 mil foliões residentes estariam na festa em 2021. Para aferir a participação dos turistas, caso houvesse o evento, a Superintendência replicou o cálculo da Setur para o ano de 2020, quando se avaliou a presença de 636 mil turistas.

A SEI calculou que o cancelamento da festa impõe a não circulação de, pelo menos, R$ 1,7 bilhão relativos ao gasto dos foliões. Para alcançar este número foram considerados os gastos médios dos foliões por categoria; residentes, turistas do interior, turistas de outros estados, e turistas de outros países.

“Realmente o Carnaval é uma festa que traz um número expressivo de turistas para nosso estado, principalmente para Salvador, que faz a maior festa de rua do mundo”, ressalta o secretário de Turismo do Estado, Fausto Franco. No entanto, ele acrescenta que apesar do impacto causado pelo cancelamento da festa, a necessidade de salvar vidas humanas é imperiosa neste momento e lembra que mesmo não ocorrendo a folia momesca, a Bahia tem lugares paradisíacos para serem visitados a qualquer época do ano, que oferecem distanciamento social e turismo ao ar livre, junto à natureza, sem contar o rico patrimônio histórico cultural para ser visitado.

Os dados da pesquisa Suplemento do Carnaval de 2010, que adota a metodologia e a estrutura organizacional da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), a qual investiga os indivíduos que responderam a condição de se trabalharam ou não no período da festa em Salvador, indicam que na condição afirmativa estiveram 93 mil ocupados, ou 6,18%, da força de trabalho municipal. A proporção daqueles que exerceram a atividade exclusivamente em função do Carnaval corresponde a 60%. Buscando definir um paralelo, a SEI utilizou este percentual em relação ao mesmo recorte da população de Salvador para o ano de 2020, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do primeiro trimestre, quando se concluiu que 60 mil trabalhadores ficarão sem opção de desempenhar suas atividades com a não realização do Carnaval em 2021. Atualizando o rendimento médio do trabalho identificado na PED e aplicando as estimativas citadas, identifica-se a não geração de um montante de R$ 90 milhões de rendimentos com o trabalho. “Diferenciamos o que é trabalho realizado durante o Carnaval e o que é trabalho que só existe em função do Carnaval”, explicou Armando de Castro, diretor de estatística da SEI.

Para efetivação do evento em 2020, a despesa dos poderes estadual e municipal foi de R$ 133 milhões. O Governo do Estado disponibilizou R$ 73 milhões distribuídos entre os municípios que fazem o Carnaval. Salvador absorve a maior parte deste recurso. Este valor é desembolsado para realização de atividades setoriais (cultura, turismo, saúde, segurança pública, transporte, direitos humanos, etc.). Segundo a SEI, a Prefeitura Municipal de Salvador aportou R$ 60 milhões, destes, R$ 20 milhões originários dos cofres públicos e o restante advindo de patrocínio.

Ainda de acordo com a Superintendência, o verão sem festas públicas ou privadas deve impactar nos indicadores de diversos setores no primeiro trimestre de 2021. A redução de arrecadação de ICMS foi projetada em R$ 47,3 milhões nos setores de bebidas, alimentação e alojamento. Também acarretará na queda de 18,2% na taxa de ocupação dos hotéis em Salvador, no período, e redução de 7 mil postos de trabalho diretos, além da queda em torno de 25% da receita nominal do conjunto de atividades características do turismo.