Projeto (a) mar alerta para o aumento de encalhes de tartarugas marinhas


Reprodução Projeto (a)mar

O Projeto (a)mar realiza monitoramento de praias, tartarugas marinhas e mangues entre os municípios de Maraú até Canavieiras (total de 212km de litoral) e no sul da Bahia (por demanda e acionamento). Nesta temporada reprodutiva foi observado o aumento do número de tartarugas marinhas encalhadas por interação com a pesca. Infelizmente hoje registramos a 60 º tartaruga marinha morta em nosso litoral.

 A maioria das tartarugas mortas pela pesca incidental de rede são da espécie verde (Chelonia mydas) juvenis e sub-juvenis. Segundo a Coordenadora do Projeto (a)mar a bióloga Stella Tomás as principais formas de interação incidental por pesca são: a pesca do arrasto do camarão, rede de espera e com espinhéis em alto mar.

 São três dos principais tipos de pesca que interagem com as tartarugas. Em nosso litoral a maior incidência de mortes das tartarugas marinhas se deve à pesca de arrasto feita de forma negligente e sem os equipamentos especializados que evitam a captura incidental de animais marinhos. Há ainda grande incidência de capturas incidentais na pesca, especialmente nas pescarias artesanais costeiras.

As tartarugas verdes pelo seu hábito alimentar mais próximo do continente quando são filhotes e juvenis, ficam emalhadas nessas redes. Infelizmente a arte de pesca tradicional na região ainda mantém as redes de pesca fixas próximas aos costões rochosos. O Médico Veterinário, do Projeto (a)mar, Dr. Wellington Laudano enfatiza que a “causas mortis” da maioria das tartarugas que interagem com as redes de pesca é por afogamento. Ocorre o emalhes das tartarugas e com isso elas não conseguem emergir e respirar, inclusive algumas que são devolvidas ao mar sem a devida orientação, podem estar acometidas de embolia gasosa e deveriam estar sob cuidados médicos veterinários.

No último dia 14, o Projeto (a)mar foi acionado e registrou uma fêmea adulta da espécie verde morta na Praia de São Domingos (região Norte de Ilhéus). O animal tinha quadro compatível com emalhe incidental em rede de pesca. O Dr. Wellington Laudano, ressalta que o Projeto (a)mar mantém suas ações de educação ambiental junto a comunidade, escolas e os pescadores artesanais, orientando sobre como evitar a pesca incidental e a importância de não poluir nossos rios, mares e mangues com resíduos plásticos ou químicos. A bióloga Stella Tomás conclui, “precisamos ter mais consciência e amor pela natureza. Preservar e proteger a fauna marinha e nossas praias é um dever de todos. Nosso futuro depende dos oceanos”.

Contato para emergências da fauna marinha, pode entrar em contato com o Projeto (a)mar pelo telefone/ Whatsapp (73) 99812-2850. Visitem nossas redes sociais @projeto.amar.ba (Instagram e Facebook).