Grupo Motrisa quer reativar o Moinho de Trigo do Porto de Ilhéus


6638

Representantes do Grupo Motrisa – Moinhos de Trigo Indígena S.A., do qual faz parte a marca Sarandi, visitam nesta quinta-feira (10), o Moinho de Trigo do Porto de Ilhéus. A intenção é reativar o funcionamento do espaço com investimentos na ordem de R$ 35 milhões, incluindo aquisição de novos equipamentos importados e reconfiguração da infraestrutura industrial do moinho.

A empresa estima produzir 9 mil toneladas por mês em Ilhéus, em conformidade com os níveis elevados de qualidade e segurança alimentar. “Para isso, a gente vai importar, a cada três meses, algo em torno de 30 mil toneladas de trigo, da Argentina, Uruguai ou da América do Norte”, explicou o diretor executivo da Motrisa, Eloy José Coutinho.

Na reunião realizada no dia 1º de novembro, com o presidente da Codeba, Pedro Dantas, e o diretor Comercial e de Desenvolvimento de Negócios, Élio Régis, Eloy destacou a motivação de se instalar na região, em razão do Estado ser o maior mercado consumidor da farinha de trigo e da mistura para bolo da marca. “Já estamos bem posicionados na Bahia, e a nossa intenção é fortalecer a parte da região Sul, produzir e vender tudo aqui no Estado”, frisou. O Grupo Motrisa tem sede em Porto Alegre, e mais um moinho em Aracaju, que produz cerca de 11 mil toneladas por mês, e outro em Maceió, com capacidade para gerar 8 mil toneladas mensais.

Estudo de Viabilidade

No final de setembro, a diretoria executiva da Codeba aprovou a contratação do Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental (EVTEA) para gerar subsídios que orientem na preparação do edital de nova licitação para cessão de uso onerosa daquele moinho, localizado em uma área de quase 11 mil metros quadrados pertencente ao Porto de Ilhéus. “A Codeba busca, com a reativação do equipamento, garantir aumento de cargas que chegam ao Porto de Ilhéus e a melhoria da receita para o município, por meio de tributos e geração de empregos diretos e indiretos”, afirmou Élio Régis.

“Nossos esforços visam criar parâmetros que condizem com a realidade de mercado para, então, obtermos êxito nesse novo futuro processo licitatório”, disse Pedro Dantas, ao lembrar que a última licitação realizada pela Codeba para o moinho, em março deste ano, foi considerada deserta (nenhum interessado compareceu).