Paralisação de mineradora na Bahia provocará caos social na região de Ipiaú, prevê deputado


Audiência contou com a presença de deputados e prefeitos.
Audiência contou com a presença de deputados e prefeitos.

Uma audiência pública realizada na Câmara de Vereadores de Ipiaú nesta segunda-feira (07) reuniu autoridades políticas do estado e lideranças sindicais para discutir sobre a anunciada paralisação das atividades da Mirabela, mineradora multinacional que explora a jazida de níquel no município de Itagibá. A empresa já começou a demitir e anunciou que dispensará todo efetivo nos próximos dias, diante da dificuldade financeira, provocada pela baixa no mercado de níquel somado à falta de liberação dos recursos retidos de créditos do ICMS pelo Governo do Estado. Com a paralisação total das atividades, mais de mil trabalhadores ficarão desempregados. “Além disso, o fechamento da mineradora agravará o quadro de crise econômica e social de toda região, atingindo cidades do Sul e Sudoeste, como Itagibá, Ipiaú, Ibiratia, Ubatã, Jitaúna, Jequié, Ubaitaba, dentre outras”, declara Bebeto Galvão, deputado federal e presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial, que participou da audiência pública.

O parlamentar e sindicalista prevê que o impacto dessa paralisação será uma crise em cadeia, pois não é só a questão do desemprego no âmbito da obra, mas também a perda de repasses tributários na região, além do enfraquecimento dos setores do comércio e de serviço, o que provocará um verdadeiro caos social na região de Ipiaú. “Não podemos assistir a mais uma perda dessa na região de braços cruzados, precisamos agir para garantir os empregos e encontrar um acordo com a empresa e o governo para manter as atividades”, declara.

Além de Bebeto, o evento contou com as presenças de dois deputados estaduais, como  Fabíola Mansur (PSB) e Eduardo Sales (PP), além do federal Davidson (PCdoB), do vice-presidente do Sintepav, Irailson Gazo, e também de prefeitos e vereadores de cidades vizinhas. Foi proposta a criação de uma comissão de trabalho com a participação de todos os setores, como deputados, governo do estado, prefeituras e câmaras locais e sindicatos, para que encontrem um acordo, com as digitais de todos envolvidos, de forma que os recursos sejam liberados, as atividades sejam retomadas e os empregos sejam mantidos.