A pedido de Arthur Maia, presidente da Valec vai à Câmara explicar paralisações nas obras da FIOL


Deputado
Deputado Arthur Maia. 

A pedido do líder do Solidariedade, deputado federal Arthur Oliveira Maia (BA), a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados realiza, na nesta quarta-feira (21), às 14:30,  audiência pública para discutir o andamento das obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). Já está confirmada a presença do presidente da Valec, Mário Rodrigues Junior.

A demissão em massa e o atraso no repasse salarial dos trabalhadores do Lote 5, compreendido entre Caetité e Bom Jesus da Lapa, foram os principais pontos que motivaram o parlamentar a propor o debate.

Também foram convidados representantes do Ministério Público do Trabalho da Bahia (MPT/BA); do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial da Bahia (Sintepav); e da Pavotec, empresa responsável pelas obras no trecho do lote 05. É aguardada ainda a presença do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.

Com custo inicial previsto de R$ 3,6 bilhões, a Fiol, projeto de 1.527 km de extensão – que vai de Ilhéus (BA) a Figueirópolis (TO) -, já consumiu mais de R$ 4,2 bilhões dos cofres públicos e não tem mais data para conclusão. As obras começaram em 2010 e a previsão era concluí-las em junho de 2013.

A paralisação das obras desencadeou, além dos prejuízos naturais causados pela deterioração dos recursos já empregados na obra graves prejuízos ao mercado de trabalho baiano. Um ano atrás, os lotes da Fiol eram ocupados por 5,6 mil trabalhadores. Hoje, esse número caiu pela metade, com apenas 2,9 mil funcionários. Com atraso sobre atraso, a Fiol se converte em um projeto sem começo, meio ou fim.

Para Maia, essa realidade é reflexo da incapacidade de gestão do governo Dilma. “A obra teve no ano passado um ritmo acelerado e foi utilizada na campanha da presidente Dilma como peça publicitária de um Brasil que estava crescendo e trilhando o rumo do desenvolvimento. Um ano após as eleições, a Fiol está praticamente paralisada, com milhares de demissões e atrasos de salários, aprofundando ainda mais as dificuldades na nossa região. Tudo isso por causa da irresponsabilidade fiscal da presidente Dilma que assaltou o Brasil para se reeleger”, criticou.