Mudanças nas campanhas para enfrentar Marina


Por Cristiana Lobo – G1 política

Cristiana Lobo1A chegada de Marina Silva ao topo das pesquisas, em empate com Dilma Rousseff, conforme o Datafolha, impôs mudanças nas duas outras principais campanhas. Na do PT, a tentativa é a de “fidelizar” o eleitor do Nordeste, onde o partido obteve o melhor desempenho nas últimas eleições; para isso, o partido vai se utilizar de seu principal cabo eleitoral, o ex-presidente Lula. Já a campanha de Aécio Neves, que perdeu a vaga no segundo turno nesta altura da disputa, vai reforçar a campanha em Minas. Para isso, Andréa Neves, irmã de Aécio que atuou fortemente nas últimas campanhas, volta ao estado para reforçar a campanha do irmão e do candidato tucano ao governo mineiro, Pimenta da Veiga.

No PT, a ordem é não poupar Marina Silva, com ataques em várias frentes. A Dilma caberá o questionamentos sobre as promessas e sobre a política econômica defendida pela candidata socialista. O PT pretende mostrar que o projeto de Marina para a economia é semelhante à proposta tucana, “com mão pesada sobre o trabalhador”. Simpatizantes petistas vão, pelas redes sociais, questionar contradições de Marina, sobretudo em relação a questões de comportamento, como o casamento homoafetivo. A correção – ou recuo, como preferem dizer os críticos – do programa do PSB em relação a este tema é apontada como mais uma contradição de Marina e recuo em função de pressões de pastores evangélicos.

A avaliação feita na campanha petista é a de que o partido deve começar já a se preparar para uma campanha em dois turnos, tendo como oponente a ex-ministra Marina Silva. É por isso que a agenda de Lula também sofreu alteração com a viagem dele à Bahia e Pernambuco nesta semana. Ele estava se dedicando fortemente à campanha de Alexandre Padilha em São Paulo, que era considerada uma das prioridades do partido. Agora, o PT decidiu se concentrar na disputa presidencial, para salvar o principal espaço do partido.

A situação de Aécio Neves é igualmente difícil, porque com o crescimento de Marina ele foi o primeiro atingido – perdeu a possibilidade de chegar ao segundo turno, conforme a última pesquisa Datafolha. E passou a perder nos estados onde estava vencendo, como São Paulo por exemplo, e recuou fortemente em sua terra natal, Minas. Para não perder lá para outro concorrente – Dilma ou Marina – e tentar recuperar a campanha tucana no estado é que Andréa Neves deixou a campanha presidencial para voltar a Minas.

No PSDB, a ordem é “manter a calma” e tentar demonstrar consistência da candidatura de Aécio Neves e sua plataforma de campanha. Para alguns tucanos, o crescimento de Marina, de forma tão rápida e com discurso contra a política tradicional, faz lembrar a campanha de 1989, quando Collor esteve na mesma situação. Ao chegar ao topo nas pesquisas, Collor passou a ser alvo dos adversários e começou a perder pontos. A dúvida que há, agora, é se há ou não tempo para “desconstruir” a imagem de Marina, que vai ganhando simpatia do eleitorado não só mais nos grandes centros urbanos do Sudeste, mas vem crescendo em todo o país e em todas as faixas de renda e escolaridade.

Se o PT agora está preocupado com a campanha presidencial, o PSDB está de olho em manter o favoritismo em disputas estaduais.

*Cristiana Lôbo é jornalista e acompanha a política brasileira há mais de 30 anos.

Segundo debate entre presidenciáveis acontece hoje


eleições O UOL, a Folha, o SBT e a rádio Jovem Pan realizarão um debate com os candidatos à Presidência da República nesta segunda-feira (1º), das 17h45 às 19h25, em São Paulo. O debate terá transmissão ao vivo na internet, na TV e no rádio.

Este é o segundo encontro entre os postulantes ao Palácio do Planalto. No último dia 26, o primeiro debate foi organizado pela Band e foi marcado pelos ataques entre os principais candidatos. Entretanto, o debate UOL/Folha/SBT/Jovem Pan é o primeiro após a candidata Marina Silva (PSB) ter empatado com Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição, conforme mostrou o último Datafolha.

Além de Dilma e Marina, participam do debate: Aécio Neves (PSDB), Pastor Everaldo (PSC), Luciana Genro (PSOL), Eduardo Jorge (PV) e Levy Fidelix (PRTB), todos os candidatos cujos partidos possuem representação na Câmara dos Deputados, conforme determina a Lei Eleitoral.

Dois Brasis inseparáveis da velha corrupção.


Por Gustavo Kruschewsky – [email protected]

Gustavo (2)Na verdade o que se vê são dois Brasis, o velho e o novo, com diferenças e semelhanças! O Brasil de antão era marcante e cruel! Estudiosos dão conta que existia também corrupção, porém, mais amena do que a da contemporaneidade. Portanto, o Brasil do regime ditatorial “dirigido” por mão de ferro pelas Forças Armadas – que felizmente já exauriu – pode até existir uma ditadura branca – e o atual encarnado na corrupção que envolve alguns componentes dos três poderes que se enraíza e se completa com alguns seguimentos do sistema empresarial! A ditadura tinha que ser abolida do sistema político brasileiro! Em tese foi. Observe-se que o traço principal da marca da ditadura cruel era exatamente a falta de liberdade expressional! Não se podia desagradar ao regime de força ou dizer que outra pessoa foi de encontro às “regras” da ditadura! A prisão e a tortura eram os “remédios” de punição sob a égide das forças armadas. Não existia o Estado Democrático de direito como sói aconteceu com o advento da Constituição de 1988. As forças armadas representavam o “Poder Supremo” através de ações táticas ditatoriais! Naquele tempo estavam – as forças armadas – acima da “justiça brasileira”.

Com a Constituição cidadã surgiu a implantação escrita legalmente do Estado Democrático de Direito! Houve paulatinamente uma organização judiciária e os três poderes tomaram forma democrática! Todavia infelizmente a doença da corrupção – que não foi exaurida até hoje por falta de punição severa – tira muito o brilho do nosso sistema democrático. A Assistente Social e Socióloga Juliana Costa Meinerz Zalamena define com muita propriedade ao dizer que: “Na literatura sobre o assunto, há consenso de que a corrupção política sempre esteve presente no Brasil, variando em termos de percepção e tamanho desde a colônia, perpassando o Império, a Primeira República, a ditadura militar, até a contemporaneidade”.

No Brasil contemporâneo, vêem-se partidários – que ocupam cargos públicos outorgados pelo voto, em tese populista – respondendo processos de diversas naturezas, na expectativa de decisão judicial, apesar de que alguns estão presos temporariamente! Com certeza, não mofarão na cadeia! No âmbito municipal sabe-se de vários prefeitos à frente de prefeituras aguardando solenemente decisões de processos judiciais que são réus em ações criminais e de improbidade administrativa como se tivessem certeza da sua impunidade. A população fica descrente, não querendo acreditar que existe conluio entre os “políticos” processados e alguns componentes do judiciário, atravancando o andamento dos processos que terminam não sendo julgados por causa do “fenômeno” da prescrição, conforme já aconteceu com muitos processos criminais dos quais são partes alguns ilustres prefeitos municipais.

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Ilhéus : Jabes pede empenho de cargos comissionados na campanha de Rui Costa


Jabes pediu empenho aos seus cargos comissionados na campanha de seus candidatos.
Jabes pediu empenho aos seus cargos comissionados na campanha de seus candidatos.

O desespero bateu no peito. O prefeito Jabes Ribeiro reuniu cargos comissionados da prefeitura de Ilhéus, na última sexta-feira (29), para pedir empenho na campanha de seus candidatos, principalmente o que concorre ao governo da Bahia, o petista Rui Costa.

Na última semana, Jabes foi encarregado de coordenar a campanha de Rui em Ilhéus, mais uma vez demonstrando a incompetência do PT local. Segundo alguns petistas, o problema não é do PT ilheense, mas sim o fato de que o nome de Rui Costa é desconhecido junto à população baiana.

Vale lembrar que o prefeito Jabes Ribeiro é desafeto pessoal do candidato ao governo da Bahia pela oposição, Paulo Souto, que afirma ter sido traído pelo gestor municipal ilheense.

O discurso do medo voltou, agora pelos braços do PT


PT copia discurso do medo do PSDB.
PT copia discurso de medo do PSDB.

A fala já foi ensaiada, e nas redes sociais é fácil observar petistas adotando o “discurso do medo”, afirmando que, caso Marina vença, todas as conquistas do governo do PT irão por terra.

 Por incrível que pareça, o bordão usado pelo ex-presidente Lula, nunca caiu tão bem para o momento político como esse: “Nunca na história desse país”, o PT copiou tanto o PSDB !

 Quem não lembra que em 2002, durante a disputa pela presidência da República, o PSDB exibiu uma campanha protagonizada pela atriz Regina Duarte, na qual ela afirmava que as conquistas do governo Fernando Henrique Cardoso, como o controle à inflação, poderiam ser comprometidas caso Lula vencesse a eleição.

 A natureza animal inspirou o PT, que se sente acuado, e ataca da forma que pode. Mas a cada ataque, como em 2002, cresce o entendimento do voto útil, com a possibilidade real de derrotar o partido que hoje sofre com um desgaste gigantesco. Quem paga o parto é Aécio Neves, que vê seus votos debandarem em uma velocidade incrível.

 Os petistas estão à beira de um colapso com a possibilidade de perder a presidência, perder o comando dos estados que governa, como também amargar a diminuição significativa da bancada petista.

 O certo é que nunca a Maracugina, foi tão vendida nas farmácias brasileiras. A medicação é ideal para a insônia e o estresse.

Lembre o discurso do medo de 2002 :

Região de Itapetinga clama por mais empregos para a população


Geddel e os companheiros de chapa fizeram comício em Macarani.
Geddel e os companheiros de chapa fizeram comício em Macarani.

A programação do candidato a senador da Bahia, Geddel Vieira Lima (PMDB), neste sábado (30), pelo interior da Bahia, tem sido intensa. Agora à tarde, Geddel e os companheiros de chapa fizeram comício em Macarani, onde o destaque foi a decadência de uma indústria de calçados na cidade. A população se queixou da falta de emprego por conta das demissões. A visita seguinte foi ao município de Itarantim. Em ambas as cidades foi grande a receptividade e o apoio aos oposicionistas. Muita gente se reuniu para participar dos eventos e ouvir as lideranças políticas na esperança de um futuro melhor para a Bahia.

A agenda de hoje incluiu a visita a oito municípios da região de Itapetinga, onde os candidatos promoveram durante todo o dia uma grande caravana. O objetivo da coligação “Unidos pela Bahia” é promover um novo ciclo de desenvolvimento, atraindo mais indústrias para o interior do estado, em contraponto ao período de desatenção do governo petista.

A programação da carreata começou em Itambé, com destino a Caatiba, Macarani, Maiquinique, Itarantim, Potiraguá e Itororó, culminando num grande comício em Itapetinga, ainda nesta noite.

Também acompanham a agenda da chapa majoritária da oposição o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, os candidatos a deputado federal Lúcio Vieira Lima e Marcelo Melo, e estadual Leur Lomanto Jr., Heraldo Rocha e Hérzem Gusmão, além do ex-governador Nilo Coelho e lideranças políticas regionais.

Itabunenses pedem a Augusto Castro para lutar por mais empregos


 O deputado também caminhou na Avenida Cinquentenário.
O deputado também caminhou na Avenida Cinquentenário.

A abertura de novas vagas de emprego é um dos maiores anseios que os moradores de Itabuna tem apresentado ao deputado estadual Augusto Castro durante as visitas que estão sendo feitas aos diversos bairros da cidade, a exemplo da Vila Zara. “Emprego e geração de renda vão melhorar as condições de vida de muitas famílias”, avalia Augusto Castro, que está em campanha pela reeleição do mandato.  No ano passado a indústria de transformação foi o setor que teve o pior resultado em Itabuna e Ilhéus, fechando 534 vagas.

O deputado também caminhou na Avenida Cinquentenário, onde se concentra o maior número de lojas de Itabuna. Em sua opinião, se não fosse o comércio, que no ano passado abriu 407 postos de trabalho, Itabuna estaria enfrentando uma crise maior. Augusto Castro tem defendido a descentralização da indústria, para que fábricas sejam implantadas também fora da Região Metropolitana de Salvador.

Petistas já temem vitória de Marina no primeiro turno


Marina Silva
Marina Silva

Após a divulgação da pesquisa Datafolha, integrantes do comando petista reconheceram, nesta sexta -feira (29/08), o medo da vitória de Marina Silva ( PSB) ainda no primeiro turno.

Os petistas temem a migração de votos hoje destinados ao tucano Aécio Neves para Marina. Nesse caso, os leitores contrários à reeleição de Dilma Rousseff praticamente o chamado voto útil ao trocar Aécio por Marina.

Os dados mostram fortalecimento da candidatura Marina. No intervalo de duas semanas entre os dois levantamentos, Marina cresceu 13 pontos no teste no primeiro turno. Dilma oscilou 2 para Baixo.

Informações da Folha de S. Paulo.

Datafolha: Dilma e Marina estão empatadas com 34%; Aécio tem 15%


Pesquisa Datafolha indica que onda Marina" virou tsunami eleitoral e apavora rivais.
Pesquisa Datafolha indica que onda Marina” virou tsunami eleitoral e apavora rivais.

Pesquisa Datafolha divulgada hoje (29) mostra a candidata Dilma Rousseff (PT) e a candidata Marina Silva (PSB) empatadas no primeiro turno das eleições presidenciais. Cada uma aparece com 34% das intenções de voto. A seguir, Aécio Neves (PSDB) aparece com 15% das intenções.  A pesquisa foi encomendada pela Rede Globo e pelo jornal Folha de S.Paulo.

Na pesquisa anterior, divulgada no dia 18, Dilma tinha 36% das intenções de voto, Marina, 21%; e Aécio, 20%.

Em pesquisa espontânea, quando se pergunta a intenção de voto do eleitor sem mostrar a lista com os nomes dos candidatos, Dilma tem 27% das intenções de voto, Marina chega a 22% e Aécio tem 10%. O número de eleitores indecisos chega a 32% e os que votariam branco ou nulo são 3%.

Dilma tem 35% de rejeição, Pastor Everaldo, 23%; Aécio, 22%; Zé Maria, 18%; Eymael, 17%; Levy Fidelix, 17%; Rui Costa Pimenta, 16%; Luciana Genro, 15%; Marina Silva, 15%; Eduardo Jorge, 14%; e Mauro Iasi, 14%.

A avaliação do governo Dilma foi considerada ótima ou boa por 35% dos entrevistados. Os que responderam regular somam 39%. Já os que consideram o governo ruim ou péssimo foram 26%. E 1% não soube responder.

Debate na Bahia vira palco para ironias e acusações entre candidatos


Rui Costa e Paulo Souto sofreram com ataques.
Rui Costa e Paulo Souto sofreram com ataques. Foto do  A Tarde.

O primeiro debate televisivo entre os postulantes ao governo da Bahia na noite de quinta-feira, 28, na TV Band Bahia, refletiu o tom de agressividade da campanha. A candidata Lídice da Mata (PSB) partiu para “cima” de Rui Costa (PT) acusando-o entre outras coisas de ser o “inimigo número 1” dos servidores do Estado. Paulo Souto (DEM) foi criticado por Rui Costa (PT), Rogério Da Luz (PRTB) e Marcos Mendes (PSOL) e respondeu no mesmo tom.

No bloco em que os candidatos faziam pergunta entre si, o candidato do PT descobriu como será duro ter Lídice da Mata como adversária. Sorteada para perguntar ao petista, partiu para o ataque. Alegou que a propaganda do PT mostra que Rui é o responsável por tudo que se fez na Bahia. “Parece até que não tem governador e presidente da República”, bradou, alegando que a responsabilidade de Rui seria a das greves promovidas pelo funcionalismo. O petista disse que só negociou com servidores no primeiro mandato de Jaques Wagner. Alegou que tem iniciativa, e por isso o governador o convidou para tocar as grandes obras.

Já Rogério Da Luz criticou os candidatos Paulo Souto e Rui Costa por formularem propostas que já fizeram e não cumpriram quando tiveram oportunidade.