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Por Jamesson Araújo

São cinco mandatos de vereador, sendo três pelo partido da estrela vermelha. Nunca se elegeu no que se chama de “rabeta”, ao contrário da ex-vereadora, e ex-candidata a prefeita Carmelita Ângela, que sempre dependeu do cálculo de rateio dos votos.

Estranha-se que com todo esse histórico, o vereador jamais tenha sido considerado um petista. Pois é. Paras os “históricos” que emperram o partido em Ilhéus, o edil Alisson Mendonça, sempre obediente aos pedidos do deputado federal Geraldo Simões, e às orientações do Partido dos Trabalhadores, era um estranho no ninho.

Apenas por isso, mesmo se mostrando com mais aptidão para a política e com cinco mandatos como vereador (todos na oposição), tenha sido preterido na negociação entre o ex-prefeito Newton Lima e o grupo de Josias Gomes, Ednei Mendonça e Carmelita Ângela.

Talvez isso explique o motivo pelo qual Alisson Mendonça, após quatro campanhas apoiando Geraldo Simões, tenha entendido que seria melhor traçar outro caminho. Talvez pelo fato do citado deputado federal e do deputado estadual Rosemberg Pinto não terem, naquele momento, “brigado” por àquele que seria o principal cabo eleitoral de ambos.

Talvez o fato do PT, partido com tradição em estimular a escolha dos seus candidatos pelas instâncias partidárias, ter colocado, em jogo combinado com o deputado federal Josias Gomes, nas mãos do ex-prefeito Newton Lima a escolha do seu sucessor, e o alcaide ter batido na mesa dizendo que sua candidata seria Carmelita Ângela e quem não estivesse satisfeito que entregasse os cargos.

Talvez por entender que não é lembrado quando da ocupação de espaços importantes dentro dos mandatos, sempre sendo enxergado como uma simples liderança local e que não teria grandes aspirações.

Talvez tudo isso reunido, tenha feito com que o vereador Alisson Mendonça, buscasse dentro da base de sustentação dos governos federal e estadual, outras lideranças que pudessem embalar seu sonho de ser prefeito de Ilhéus. Sonho este que não era embalado pelos deputados petistas.

Pode-se considerar essa conduta errada? Acredito que não, pois se o próprio PT, do grupo de Josias Gomes, não fechou com um estadual do PT e sim com a deputada Ângela, crítica alguma pode ser feita ao vereador Alisson Mendonça.

Vamos além, o grupo do vereador Alisson Mendonça apenas permaneceu no PT enquanto este buscava suas eleições à vereança. Não sendo mais candidato a vereador, como vem dizendo, todo seu grupamento sentiu-se liberto, optando em sair do partido que não dá ressonância ao desejo do vereador, que é partilhado pelos seus.

Erros nesses casos só podem ser imputados aos deputados Geraldo Simões e Rosemberg Pinto, posto que, sabedores do sonho do vereador, não souberam chegar ao mesmo e dizer: “Se seu sonho é ser prefeito, e pelo PT você não pode concretizar, está aqui uma legenda para que possa construir o projeto seu, e de seu grupamento político”.

E ao fim e ao cabo, as nuvens continuam a mudar de direção. Nesse momento, sopram em direção a uma boa votação a ser dada aos candidatos a deputado federal Félix Mendonça Jr. e deputado estadual Vitor Bonfim. Ambos do PDT.