Battisti: “Lula é capaz de tudo para colocar de novo a faixa de presidente”


Ex-terrorista mencionou “cinismo político” do ex-presidente e culpou o PT pela vitória de Bolsonaro em 2018.

Detido na prisão calabresa de Corigliano Rossano, Cesare Battisti criticou Lula, em entrevista à Folha. O ex-terrorista, passou mais de uma década no Brasil por causa do empenho do ex-presidente e do PT para lhe dar abrigo, reconheceu o esforço dos petistas, mas ficou incomodado após o pedido de desculpas de Lula, em rede nacional na Itália, no ano passado, por tê-lo mantido em solo brasileiro.

Ao falar sobre o ex-presidente, Battisti disse que ele é capaz de tudo para voltar à Presidência da República e mencionou seu “cinismo político”.

Todos sabemos que Lula é capaz de tudo para colocar de novo a faixa de presidente. O animal político que nunca se contradiz. Aconteceu também comigo de admirar seu cinismo político (no sentido vulgar do termo) e o extraordinário jogo de cintura”, escreveu Battisti, em uma carta.

Ainda na entrevista, o ex-terrorista disse que o “extremismo idiota que impede o bom senso” e a “guinada desonesta” da esquerda contribuíram para a vitória de Bolsonaro na eleição presidencial de 2018.

“Se Lula e o PT não tivessem comido tudo, se não tivessem feito acordo com todo o lixo do Centrão, o povo brasileiro não teria desistido para correr atrás de Bolsonaro.”

Informações do O Antagonista. 

Polícia Federal prende ex- ministro da educação Milton Ribeiro


Ministro da Educação disse na época que daria prioridade a amigos de pastor a pedido de Bolsonaro.

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta (22/06), operação policial “Acesso Pago”, destinada a investigar a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, vinculado ao Ministério da Educação.

Entre os presos está o ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro, Milton Ribeiro.
Com base em documentos, depoimentos e Relatório Final da Investigação Preliminar Sumária da Controladoria-Geral da União, reunidos em inquérito policial, foram identificados possíveis indícios de prática criminosa para a liberação das verbas públicas.

As ordens judiciais foram emitidas pela 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal, após declínio de competência à Primeira Instância. A investigação corre sob sigilo.

Estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e 5 prisões nos Estados de Goiás, São Paulo, Pará, além do Distrito Federal. Outas medidas cautelares diversas, como proibição de contatos entre os investigados e envolvidos, também foram efetuadas.

O crime de tráfico de influência tem pena prevista de 2 a 5 anos de reclusão. São investigados também fatos tipificados como crime de corrupção passiva (2 a 12 anos de reclusão), prevaricação (3 meses a 1 ano de detenção) e advocacia administrativa (1 a 3 meses).

Gravações

Em março deste ano, um áudio do ministro Milton Ribeiro veio a tona, onde diz dar prioridade a amigos de pastor a pedido do presidente Bolsonaro. O escândalo acabou derrubando o ministro e gerando desgaste ao governo.

Na gravação o ministro afirma que o governo dá prioridade a prefeituras em que pedidos de liberação de verba foram negociados por dois pastores que não têm cargo e atuam em um esquema para obter verbas do MEC. As gravações foram obtidas pela Folha.

A existência do grupo de pastores, que ficou conhecido como “Ministério da Educação paralelo”, foi revelada na semana passada, em uma reportagem do Estadão.

Depois da divulgação de um áudio em que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, revela que o presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu “prioridade” a pastores no Ministério da Educação (MEC), o prefeito de Luis Domingues (MA), Gilberto Braga (PSDB), disse que recebeu pedido de propina para protocolar uma demanda no MEC.

Em entrevista ao Estadão, o prefeito declarou que o pastor Arilton Moura pediu R$ 15 mil na hora e mais 1 kg de ouro (R$ 304 mil) para liberar a verba solicitada ao ministério. O religioso teria passado sua conta bancária para o recebimento do dinheiro.

Ouça o áudio:

“Pablo Escobar brasileiro”: PF prende maior traficante internacional de drogas


Sérgio Roberto de Carvalho, conhecido como “Major Carvalho”, considerado um dos maiores traficantes internacionais da atualidade.

A Polícia Federal (PF), em cooperação com agências estrangeiras, informou nesta terça-feira (21) que prendeu, na Hungria, Sérgio Roberto de Carvalho – popularmente conhecido como Major Carvalho, considerado pelos investigadores como o maior traficante internacional de drogas da atualidade.

De acordo com informações policiais, o traficante, que também é chamado de “Pablo Escobar brasileiro”, foi preso usando documentos falsos.

A ação foi deflagrada pelo Escritório Central Nacional da Interpol em Budapeste/Hungria e teve como elemento essencial a troca de informações e difusão Vermelha publicada a pedido da Polícia Federal.

A prisão é decorrente das investigações desenvolvidas no âmbito da Operação Enterprise, deflagrada pela Polícia Federal em 2020, que culminou na expedição de Mandados de prisão para o Major Carvalho e outros investigados, bem como na apreensão de mais de R$ 500 milhões da organização criminosa da qual o mesmo era líder.

O apelido de Carvalho é uma alusão a Pablo Escobar, o megatraficante colombiano. Investigações da PF apontam que o Major Carvalho comandava uma grande organização criminosa responsável pelo envio de 45 toneladas de cocaína para a Europa, avaliada em R$ 2,25 bilhões, a partir de 2017.

O traficante também protagonizou fugas espetaculares e driblou por diversas vezes as autoridades europeias, certa ocasião, de Lisboa, em Portugal, em avião próprio. Ele até deixou para trás 11 milhões de euros escondidos em uma van deixada em um apartamento na capital portuguesa.

O criminoso tinha também o hábito de usar a aeronave particular para viajar com frequência até Dubai, nos Emirados Árabes. A Polícia Federal do Brasil apurou que ele criou naquele país uma empresa denominada PWT General Trading. O “Escobar Brasileiro” chegou a ser preso em agosto de 2018 com o nome falso de Paul Wouter. Foi acusado de ser dono de 1.700 quilos de cocaína apreendidos em um navio na Espanha.

Porém, o narcotraficante pagou uma fiança de 200 mil euros e saiu livre. Ao saber que o Ministério Público da Espanha iria pedir a condenação dele a 13 anos e seis meses de prisão, Carvalho armou um grande e ousado golpe: ele forjou a própria morte.

Com informações da Coluna de Josmar Jozino/ UOL.

 

Aneel reajusta bandeiras tarifárias em até 64%


A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (21) o novo reajuste das bandeiras tarifárias, que incidem na conta de luz em caso de escassez hídrica ou qualquer fator que aumente o custo de produção de eletricidade. Os aumentos irão de 3,2% a 63,7%, dependendo do tipo da bandeira.

Os aumentos não encarecerão as contas de luz porque, desde abril, a bandeira tarifária está verde, quando não ocorre cobrança adicional. Os valores entrarão em vigor em 1º de julho e serão revisados em meados de 2023.

Segundo a Aneel, a alta reflete a inflação e o maior custo com as usinas termelétricas em 2022, acionadas em momentos de crise hídrica.

Confira os novos valores das bandeiras tarifárias:

Bandeira verde: sem cobrança adicional;
Bandeira amarela: +59,5%, de R$ 18,74 para R$ 29,89 por megawatt-hora (MWh);
Bandeira vermelha patamar 1: +63,7%, de R$ 39,71 para R$ 65 por megawatt-hora (MWh);
Bandeira vermelha patamar 2: +3,2%, de R$ 94,92 para R$ 97,95 por megawatt-hora (MWh).

Desde 16 de abril, vigora no Brasil a bandeira verde, quando foi antecipado o fim da bandeira de escassez hídrica. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a bandeira verde será mantida até dezembro, por causa da recuperação dos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas no início do ano.

Informações da Agência Brasil.

Prefeito Augusto Castro discute com secretário de Infraestrutura do Estado últimos detalhes para a licitação da duplicação da saída de Itabuna para Ilhéus


O prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), se reuniu na manhã de hoje, dia 21, com o secretário estadual de Infraestrutura, Marcus Cavalcanti, e com o superintendente de Infraestrutura e Transporte da Bahia, Saulo Pontes, para discutir o processo de licitação da duplicação da BR-415, saída para Ilhéus.

O trecho duplicado de 2,6 Km, entre o Posto Cachoeira até o Residencial Cidadelle, é uma reivindicação do prefeito Augusto Castro e contou com a sensibilidade do governador Rui Costa, que autorizou a realização da obra. “Teremos um novo vetor de mobilidade e trafegabilidade, também a completa urbanização da saída de Itabuna para Ilhéus”, salienta Castro pelas redes sociais. 

Além da duplicação do trecho entre o a Avenida Juracy Magalhães e a BR 415, o Governo do Estrado através da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), está executando a construção da BA 649, a obra de 18 Km reduzirá o tempo de viagem entre Itabuna e Ilhéus de 1h30 para cerca de 40 minutos, beneficiando mais de 511 habitantes do sul da Bahia.

 

Homem é preso suspeito de estuprar a neta de oito anos na Bahia


Um homem, de 48 anos, investigado por estuprar a neta, de oito, teve a prisão temporária cumprida nesta terça-feira (21), por investigadores da Delegacia Territorial (DT) de Santa Luzia.

Expedida pela Vara Crime de Camacan, a ordem judicial foi cumprida no distrito de Betânia. “Recebemos informações de que os abusos ocorreram em duas ocasiões e há cerca de duas semanas”, informou o delegado Renato Fernandes Ribeiro, que apura o crime.

“Estamos ouvindo testemunhas e coletando mais informações, com o objetivo de elucidar o caso”, ressaltou o delegado, acrescentando que vai solicitar acompanhamento para vítima, pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras).

O suspeito foi encaminhado para o Conjunto Penal de Itabuna, onde permanece à disposição do Poder Judiciário.

Polícia Civil baiana prende quatro em operação nacional


Quatro envolvidos com crimes de pirataria virtual foram presos por policiais da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Eunápolis) na manhã desta terça-feira (21), durante a deflagração da quarta fase da ‘Operação 404’, nos municípios de Eunápolis e Porto Seguro. A ação faz parte de uma mobilização internacional coordenada pela Secretaria de Operações Integradas (Ministério da Justiça e Segurança Pública), Polícias Civis de diversos estados brasileiros e Agências de Aplicação da Lei dos Estados Unidos e Reino Unido.

Durante o cumprimento de prisão temporária e busca e apreensão, foram apreendidos automóveis de luxo, computadores e documentos que ajudarão na investigação. Participam da operação nacional policiais da Bahia, Alagoas, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pará e Pernambuco.

Todos os envolvidos foram encaminhados para a sede da Coorpin, em Eunápolis, onde passaram por exames de corpo de delito no Departamento de Polícia Técnica e seguem à disposição da Justiça. O nome “Operação 404” faz referência ao código de resposta do protocolo HTTP para indicar que a página não foi encontrada ou está indisponível.

PEC sobre decisões do Supremo pode ser inconstitucional, diz Pacheco


Rodrigo Pacheco. Pedro Gontijo/Senado Federal.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse hoje (21) que pode ser inconstitucional a proposta de emenda à Constituição (PEC) que dá ao Congresso Nacional o poder de suspender decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Pelo texto apresentado deputado Domingos Sávio (PL-MG), a medida se aplicaria a decisões da Corte “transitadas em julgado sem aprovação unânime dos seus membros”.

“Eu considero, e externei isso também, em relação a qualquer tipo de instrumento que faça com que decisões judiciais possam ser revistas por outro poder, é algo que parece, sim, ser inconstitucional”, afirmou, nesta terça-feira (21), à saída de um café da manhã com o presidente do STF, ministro Luiz Fux, na sede da Corte, para tratar de relações entre o Congresso e o Judiciário.

Sobre o encontro, Pacheco disse que Fux fez um balanço da sua gestão à frente do Supremo. Fux encerra o mandato em setembro, e a Corte passará a ser comandada pela ministra Rosa Weber.

Pacheco enfatizou que a convivência entre as presidências do Senado e do STF “sempre foi de muito diálogo”, o que considera fundamental para a democracia brasileira. “As críticas fazem parte da democracia, a divergência, sobretudo, faz parte da democracia, mas é muito importante que haja sempre o diálogo e a busca de consenso. E é o que, de fato, marcou a relação entre a presidência do Supremo e a presidência do Senado nesse biênio da administração do presidente Luiz Fux”, acrescentou o parlamentar.

Equilíbrio

Perguntado por jornalistas se deveria haver mais equilíbrio para que o Judiciário não interfira em questões do Legislativo, Pacheco lembrou que o Poder Judiciário tem a atribuição de fazer o julgamento nos conflitos sociais e nos conflitos jurídico. “Até porque o Poder Judiciário é composto por magistrados que têm uma série de vedações que garantem a sua independência e imparcialidade – o que não é próprio do Poder Executivo e do Poder Legislativo, que é composto por políticos”, ponderou.

Pacheco ressaltou ainda que há uma diferenciação e separação de poderes que impõem ao Judiciário a palavra final sobre os conflitos, mas pediu cautela. “Essa harmonia deve obviamente observar que, de fato, o Poder Judiciário não pode exceder nas suas atribuições em relação a outros poderes, e isso se revê através de recursos próprios, e através da própria contenção do Poder Judiciário que é algo que deve acontecer de fato.”

Segundo o senador, para evitar que decisões possam extrapolar o limite do julgar, especialmente em relação a outros poderes, o próprio Judiciário deve fazer uma autorreflexão sobre o exercício de suas atribuições.

Pacheco disse ainda que Fux apresentou um balanço das questões sobre o Judiciário que tramitam no Legislativo, entre as quais, o projeto de lei que trata das verbas indenizatórias.

“O chamado extrateto, que contém aquela lógica de salários fora do padrão, que é algo que o Congresso vai apreciar. E também da reestruturação da carreira, que está materializada na PEC 63. Mas foi uma fala minha, dentro de uma proposta para o Judiciário brasileiro de algo equilibrado, uma reestruturação de carreiras sem verbas que não sejam contempladas como verbas propriamente indenizatórias”, explicou Pacheco. Segundo ele, Fux não fez qualquer reivindicação a respeito de verbas indenizatórias.

De acordo com a assessoria do STF, também participaram do encontro 11 senadores da base e de oposição: Davi Alcolumbre (União-AP); Flávio Bolsonaro (PL-RJ); Nilda Gondim (MDB-PB); Weverton (PDT-MA); Izalci Lucas (PSDB-DF); Nelsinho Trad (PSD-MS); Paulo Rocha (PT-PA); Alvaro Dias (Podemos-PR); Marcelo Castro (MDB-PI); Eduardo Gomes (PL-TO) e Eliane Nogueira (PP-PI).

Informações da Agência Brasil.

Lula acumula desgastes em declarações polêmicas


O relato sobre sua intervenção junto ao governo Fernando Henrique Cardoso para suspender a greve de fome de sequestradores do empresário Abílio Diniz e defender a extradição dos presos pelo crime, nos anos 1990, é a mais recente de uma série de falas polêmicas feitas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em entrevistas e atos políticos que tiveram repercussão negativa ou foram usadas por rivais para desgastá-lo.

No último sábado, 18, o ex-presidente afirmou, durante um ato em Aracaju (SE), que o PT ainda vaia a bandeira do Brasil e o hino nacional “de vez em quando”. Ele comentava as críticas que o partido recebia quando ainda era recém-criado, nas décadas de 1980 e 1990. Contudo, segundo ele, a legenda “aprendeu muito”.

“Eu lembro que, quando o PT nasceu, o Fernando Henrique Cardoso dizia: ‘esse PT vaia até a bandeira brasileira, vaia até o hino nacional’; e nós de vez em quando ainda vaiamos, mas aprendemos muito, porque nós já governamos”, disse.

 

‘Não fui convidado’, diz Suplicy ao interromper reunião do PT


Um episódio envolvendo o vereador Eduardo Suplicy (PT- SP) causou constrangimento no lançamento das diretrizes do programa de governo da chapa Lula-Alckmin nesta terça-feira em São Paulo. Alegando não ter sido convidado, Suplicy reclamou que uma proposta de renda básica de cidadania formulada por ele não tinha sido incluída no documento apresentado nesta terça-feira em São Paulo.

Na mesa estavam o pré-candidato a vice pelo PT, Geraldo Alckmin, e o pré-candidato à Presidência, Lula, que permaneceu com a cabeça baixa enquanto Suplicy falava, com um papel em mãos.

– A proposta não foi considerada, infelizmente, entreguei por e-mail há dez dias e não foi considerada ainda, aprovada por todos os partidos e sancionada pelo presidente Lula. Está no programa do PT há anos. Ele tem alguma coisa comigo, não me convidou para a reunião! Mas hoje estou aqui – disse Suplicy, cortando uma fala do ex-senador Aluizio Mercadante, presidente da Fundação Perseu Abramo.

As informações são do Jornal O Globo.

Vídeo: