Ilhéus – 489 anos


Artigo de Lorenna Caldas , CEO da Avoar Comunicação Criativa e Delegada Sinapro-BA Regional Sul.

De uma natureza exuberante e riqueza histórica sem igual, Ilhéus sempre encantou quem teve o prazer de te conhecer, seja através de filmes, novelas, livros ou até mesmo sentindo o seu cheiro de cravo com sabor de canela.

Mas, nem tudo foi doce como o cacau na terra da Gabriela.

Uma cidade que praticamente nasceu com o Brasil, onde sua origem vem desde a época das capitanias hereditárias, passando pela cana-de-açúcar até culminar nos tempos áureos do fruto de ouro.

Ilhéus sempre encantou por suas belezas e teve lugar de destaque quando escoava a semente dourada para todo o mundo, através de seu porto, e se encontrou responsável por 40% de toda a atividade financeira do estado da Bahia. Ganhando assim o título de Princesinha do Sul.

Mas, a partir da década de 80, após sofrer com a decadência da cultura cacaueira, a região sul começou a definhar economicamente, e nem o turismo e nem o polo industrial foram capazes de soerguer a região economicamente.

Mesmo diante desse cenário, o ilheense alimentou durante décadas, uma grande expectativa para que a cidade voltasse a transitar no cenário econômico estadual, e quiçá nacional, na esperança de que a cidade voltasse a ser a protagonista do sul da Bahia e retomar seu status de princesinha do sul.

Hoje, esse futuro parece mais presente do que nunca.

Pensar em uma Ilhéus melhor para se viver é abandonar o passado com olhar no futuro, mas, dessa vez, com a esperança viva e ávida para recuperar o título de Princesinha do Sul.

O momento é de esperança e otimismo para os cidadãos ilheenses, que veem uma nova realidade se desenhando graças aos investimentos da parceria entre os governos municipal, federal e estadual que criam um ambiente favorável para negócios e atrai os olhares de investidores do mundo inteiro.

Mas a cidade precisa ficar atenta para não abandonar valores como democracia, pluralidade, respeito, acessibilidade, ética, responsabilidade ambiental e social, o que faria com que os benefícios desse crescimento só alcançassem as camadas mais abastadas da sociedade. Mas se não for bom para todos não é bom para ninguém.

Ilhéus, por esses e outros motivos te parabenizo pelos seus 489 anos de histórias, belezas e cultura.

Essa cidade que acolhe os seus de nascimento e, ainda mais, os seus de coração que se orgulham em ver a cidade retomar ao lugar de destaque e progresso de onde nunca deveria ter saído.

Parabéns, eterna princesinha do sul.