Anderson Torres e a probabilidade de delação


Por Jamesson Araújo

Ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, chegou no Brasil na manhã deste sábado (14) e foi preso pela Polícia Federal. O mandado de prisão foi expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

Anderson Torres estava nos Estados Unidos quando a prisão foi decretada em 10 de janeiro e confirmada pelo plenário do STF. Torres é acusado de uma possível leniência nos atos de vandalismo que ocorreram em Brasília no dia 8 de janeiro.

Circula nos meios de comunicação, a notícia que o ex-ministro da Justiça pode efetuar uma delação premiada devido a sua situação critica perante a Justiça.

Mas um fato chama atenção! Anderson contratou o advogado Rodrigo Roca, que defendia Sergio Cabral antes do ex-governador do Rio cogitar delação. Roca é conhecido por ser contra delações.

Roca também já foi advogado do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das rachadinhas da Alerj e, durante a gestão do ex-ministro da Justiça, foi nomeado por Torres para ocupar a Secretaria Nacional do Consumidor, posto que ele exerceu entre março de 2022 e o fim do governo Bolsonaro.

Vale lembrar também, que após o decreto de prisão de Anderson Torres, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do ex-ministro e ex-secretário de Segurança Pública. No local, recolheram alguns documentos, entre eles uma minuta.

O teor do documento encontrado pela PF era para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mudar o resultado das eleições.