Banco do Brasil e Caixa vão impedir saques em espécie de recursos públicos


A Caixa Econômica e o Banco do Brasil assinaram, nessa terça-feira (6), um termo de ajustamento de conduta junto ao Ministério Público Federal para impedir saques em espécie de recursos públicos federais e tornar todas as operações com esses recursos rastreáveis.

O objetivo do acordo é contribuir nas investigações de desvios de verbas públicas, garantindo que o dinheiro tenha, a todo momento, instrumentos que permitam seu rastreamento.

O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado ontem entre o MPF, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil vai dificultar a movimentação de recursos federais por representantes de prefeituras, por exemplo. Uma trava instalada no sistema das instituições vai exigir que o destinatário do pagamento seja devidamente identificado, facilitando o rastreamento do dinheiro.

Com a medida, fica impedido o saque recursos que tiveram origem em contas públicas federais na boca do caixa, em espécie. O anúncio do acordo foi feito nesta quarta-feira (7) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que afirmou que os bancos “tiveram a sensibilidade de entender que o saque em espécie torna inviável o rastreamento desse dinheiro depois”.

A subprocuradora-geral da República, Mônica Nicida Garcia, explicou que, a partir de agora, todas as operações terão de ser rastreáveis, independente do valor.