Reeduque-se para alcançar uma efetiva liberdade


Por Gustavo  Kruschewsky – [email protected]

Gustavo (2)Tem gente que alcança a idosidade com o espírito forte e bem amadurecido. Isso é ótimo! Mas, não são muitos que chegam lá assim! O que não se deve é perder de vista a força divina que transformará a sua pseudo “força” numa verdadeira força para reeducar-se. Este é o grande segredo.

Um dos grandes “feitos” que continua na conjuntura da sociedade moderna é fazer filhos. Para muitos pais, educá-los para o bom caminho da vida não tem sido preocupação! É uma história que se repete desde priscas eras. Esse é também um dos grandes motivos pelo qual muitas pessoas da sociedade brasileira estão ficando desnorteadas. Portanto, muitos adolescentes e adultos principalmente não têm se voltado para o exercício de uma liberdade saudável em que o domínio sobre os atos deveria ser uma constante na vida.

É saudável ter domínio e evitar o sexo irresponsável que resulta em gerar filhos sem a mínima condição de educá-los; é saudável ter domínio de si para não ingerir bebidas alcoólicas desbragadamente e de consumir outras drogas. É saudável ter domínio de si para evitar o vício do cigarro; é saudável ter domínio de si para não dizer mentiras; é saudável ter domínio de si para não corromper; é saudável ter domínio de si para não fazer fofocas; é saudável ter domínio de si para não ser mal agradecido… Mas, o que muito se vê é apenas a busca das pessoas pela pseudo alegria apegando-se a esses vícios. É muito importante que se desaprenda destes atos! Ainda há tempo para isso! O mundo ficará bem melhor.

Porque as ações em busca do desaprendimento é uma mudança de vida que só aqueles que têm coragem conseguem realizá-las. Não deixa de ser um sofrimento pessoal, mas é um sofrimento passageiro e providencial porque vai se ter outro comportamento diante de si e da sociedade. Termina se acostumando e gostando definitivamente de viver desse novo modo. Isso deveria ser feito por todas as pessoas debaixo desse sol, de profissionais liberais, donas de casa a “políticos” brasileiros. O que é desaprender? É inicialmente olhar para o passado e avaliar as suas atitudes e ações que formaram a sua “personalidade” e que pode ter atrapalhado e muito a sua vida, os seus relacionamentos em quaisquer aspectos. É sentar, ficar em silêncio e refletir o que realmente seria melhor para sua vida. E daí em diante, reconhecer o que realmente você precisa a fim de mudar para melhor. É, na verdade, um agir com compromisso social de cidadão político, sem necessariamente precisar se identificar como um guardião da moral. É o exercício do desapegamento das atitudes desnecessárias que “aprendeu” durante muitos anos de sua história. É esquecer-se das coisas e atos ruins que cultivara no decorrer do seu desenvolvimento intelectivo, espiritual e social. É efetivamente mudar o “modus vivendi”, o modo de se viver.

Viver para fazer o bem, a si e a outrem, esta é a grande ação. Desaprender é uma arte. Deve-se, no desaprendizado, experimentar o verdadeiro exercício do amor. É extirpar da mente a raiva por algo ou alguém. Não se alterar pelas ações invejosas dos outros, das cobranças pontuais da sociedade capitalista, enfim, é um modo inteligente de viver com sabedoria. É tomando-se posições seguras que se alivia a alma e eliminam-se muitas coisas funestas e desventuras que levaram o espírito a “aprender” no decorrer da vida humana. É transcender, conhecer um milésimo de si mesmo e modificar o seu eu, preparando-se para a vida após a morte. A vida tem duas partes, antes e depois da morte.
É preciso esboçar um rosto franco – em qualquer relacionamento humano – e sincero, um jeito corajoso e até mesmo positivamente rebelde nas atividades hodiernas. É prudente se ter um espírito penetrante e bem menos irrequieto em que se esbanje muito mais paciência e decisões acertadas nas suas ações. Portanto, é preciso se transformar diariamente exercendo sempre o bem, agindo com serenidade a fim de eventualmente se relacionar com pessoas que precisam desaprender, pois demonstram espírito irrequieto, confuso, arrogante, maldoso, triste, enfim, ainda sem Deus.

É assim, o próprio tempo é responsável em mudar a vida das pessoas ou piorá-las, se elas quiserem ou se deixarem de esboçar reação no seu comportamento eivado de maus aprendizados. O tempo dá oportunidades magníficas abrindo novos e magníficos caminhos para o desaprendizado das coisas e atos indesejáveis. Portanto, desaprender é buscar com as novas ações a efetiva liberdade. Você só não alcança a liberdade se não quiser. A busca da liberdade é o preço maior da existência humana. Liberdade pode ser entendida também como a faculdade da pessoa decidir, ou ter ações conforme os seus impulsos, inclinações e necessidade do momento, mas não é fazer aquilo que se quer e deseja a qualquer custo. A liberdade deve ser exercida com naturalidade e não com obrigatoriedade, ou seja, não deve ser forçada. A liberdade bem exercida é um grande aprendizado para a vida. A busca da liberdade é uma sucessão de mudanças durante a vida da pessoa perseguindo a meta do seu melhoramento como gente. Porém, para a pessoa se libertar tem um custo. Vai lhe causar algum tipo de sofrimento, porque é mudança de vida. Vai existir o confronto com o desconhecido, o que ainda não se estava experimentando. A adaptação pode causar, de certo modo, sofrimento para a alma. Quando não se conhece e não se domina determinada situação, pode-se gerar um padecimento, mas rapidamente a normalidade será recuperada pela experimentação vitoriosa da mudança de foco porque prosperou o que se estava vivenciando. Tudo isso porque, a partir daquele momento, Deus – vendo a sua intenção – provê sabedoria para suportar e vencer as dificuldades da vida; provê cérebro inteligente com conduta honesta e disposição para obter prosperidade; provê na sua consciência um eterno aprendizado, provê coragem para suportar situações perigosas; provê amor para coadjuvar outras pessoas que têm problemas. Deus ouve suas preces e em resposta abre caminhos dando oportunidades magníficas.

Agora fique sabendo que: atos humanos sem sabedoria, sem conduta honesta, sem coragem de fazer o bem e sem amor, não são providos por DEUS.

Gustavo  Kruschewsky é advogado e professor.