A independência de Ilhéus somente se dará sem Ribeiros


Por Marcolino Reis

Marcolino é é graduando em História pela Uesc, coordenador na Bahia da União dos Estudantes do Brasil, membro da Frente Ampla de Estudantes.
Marcolino é é graduando em História pela Uesc, coordenador na Bahia da União dos Estudantes do Brasil, membro da Frente Ampla de Estudantes.

Comemora-se a independência do Brasil, fato que representa a emancipação política do nosso país. Entretanto, basta observar os diversos municípios que compõem o nosso território nacional para nos depararmos com uma sensação de falsa emancipação política.

Seguindo a cartilha, como nos demais municípios do país, Ilhéus, em sua principal avenida, celebrou o dolo brasileiro com sua população convocada por um sentimento cívico (equivocado), reunindo crianças, jovens, adultos e idosos, desfilando ou apenas vislumbrando aqueles que desfilavam, sendo assim testemunhas dum espetáculo repetido ano após ano.

Ano passado, inusitadamente, jovens e estudantes do movimento Reúne Ilhéus trouxeram através de encenação teatral uma intervenção positiva no sete de setembro, uma reflexão acerca do que ocorria na cidade com seu acampamento que durava semanas em frente ao prédio da prefeitura municipal, como forma de protesto contra os mandos e desmandos do coronel da política local, Jabes Ribeiro, e sua relação íntima com os empresários que exploram o transporte coletivo da cidade.

Nesse ano, quem compareceu à avenida Soares Lopes testemunhou uma inusitada intervenção nada agradável. Uma atitude prepotente, arrogante e indelicada do irmão do mesmo coronel que ano passado fora representado no desfile cívico. Com um ato obsceno em direção a populares, em demonstração máximo de desrespeito, nos impõe a necessidade de repensarmos quem são aqueles que administram nossa cidade, já que John Ribeiro, autor do gesto, conforme o blog Agravo, é o principal mandatário das secretarias da nossa prefeitura agindo de forma despótica.

Se em um ano jovens e estudantes reivindicadores utilizam do sete de setembro para incitar uma reflexão saudável por meio da arte, no ano seguinte o irmão-coronel é protagonista de uma atitude que comprova a necessidade de fazermos uma profunda reflexão sobre qual Ilhéus temos e qual Ilhéus queremos e se é com esse tipo de político que teremos uma cidade independente politicamente.