Dia: 16 de maio de 2013

 O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou hoje que o governo estuda a criação de um cartão para que os mutuários do Programa Minha Casa, Minha Vida possam adquirir eletrodomésticos básicos, como fogão e geladeira. “Nós ainda estamos definindo como vão funcionar as modalidades [crédito]”, disse o ministro. Mantega não deu mais detalhes das medidas.

A proposta foi discutida hoje (16) pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, que se reuniram antes com a presidenta Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. A empresária Luiza Helena Trajano, presidente do grupo varejista Magazine Luiza, que comercializa eletrodomésticos em todo país, também participou da reunião

O ministro da Fazenda não quis antecipar se haverá recursos do Tesouro Nacional nas operações, para compensar a diferença entre as taxas de mercado e as que serão cobradas dos beneficiários.

A dona do grupo varejista disse que a  proposta do governo ainda não está definida e que o Magazine Luiza vai estudar que produtos serão ofertados e por que preço. “Eles [o governo] ainda estão estudando e ainda vão decidir. A gente só veio ver como vai funcionar [o programa]. Não temos propostas concretas ainda”, disse.

Ao deixar a reunião no ministério da Fazenda, a ministra Miriam Belchior, afirmou que o governo deve anunciar a proposta na semana que vem. Questionada sobre se o benefício vai ser suficiente para comprar uma máquina de lavar, Miriam respondeu bem-humorada, “máquina de lavar automática e não um tanquinho”.

Deputado Pedro Tavares (PMDB) comemorou a notícia de preço mínimo do cacau, mas espera que o valor cubra os custos da produção que durante muitos anos foi vítima da ação devastadora da vassoura de bruxa e também com o problema do preço baixo. “O preço mínimo do cacau é uma conquista importantíssima e um sonho da região, mas não podemos deixar de lutar pela regulamentação das importações e pela renegociação imediata das dívidas dos produtores”, afirma o parlamentar.

Após diversas discussões, o cacau será inserido na Política de Garantia de Preço Mínimo (PGPM) da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A estimativa de safra do cacau já vinha sendo pleiteada por produtores. Com o Mapa de acordo e a metodologia da Ceplac, a Conab inicia o processo de cálculo do preço mínimo do cacau que deverá ser definido nos próximos dias. A previsão é de aproximadamente 255 mil toneladas para a próxima safra, dessas 62% produzidas na Bahia.

Membro titular da Comissão Especial do Porto Sul da Assembleia Legislativa da Bahia, a deputada estadual Ângela Sousa (PSD) participou na manhã desta quarta-feira (15) da audiência pública com o diretor-presidente da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), José Rebouças, para tratar dos problemas do Porto do Malhado e do Complexo Intermodal Porto Sul. O objetivo da audiência, segundo informou Ângela Sousa, foi discutir não somente sobre a implantação do Porto Sul, considerado como um equipamento fundamental para o desenvolvimento do sul da Bahia, como também tratar dos investimentos que devem ser feitos para revitalizar o Porto de Ilhéus.

O presidente da Codeba ressaltou que o Brasil e a Bahia precisam desenvolver mecanismos para melhorar a logística para o escoamento da produção. “As dificuldades com o escoamento da nossa produção vão além dos portos, sendo preciso melhorar nossa malha viária para diminuir os custos com a logística”, disse ele. Rebouças afirmou ainda que a manutenção dos portos já existentes, a exemplo do Porto do Malhado, e a implantação de novos portos, como o Porto Sul, são de fundamental importância para o desenvolvimento econômico da Bahia, mas é preciso também investir em logística, no transporte, como a ferrovia para diminuir os custos com escoamento da produção.

Com relação ao Porto do Malhado, o presidente da Codeba afirmou que o edital para a contratação da empresa que fará a dragagem do calado já foi lançado e a obra está orçada em 4,9 milhões. O grande problema para a realização desta obra, segundo ele, foi o licenciamento do Ibama, que demorou 18 meses, “uma verdadeira burocracia que tem prejudicado os trabalhos naquele local”, garantiu.

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