Agência Brasil
O secretário nacional de Articulação Social da Secretaria-Geral da Presidência da República, Paulo Maldos, reconheceu hoje (4) que a demarcação das terras indígenas é uma “dívida histórica do governo brasileiro com relação a esses povos”, mas tem a expectativa de que o processo avance o mais rápido possível.
“Os processos de legitimação não estão parados. A titulação para os indígenas está abaixo da média histórica porque há um problema jurídico”, disse Paulo Maldos, explicando que as propriedades de alguns territórios foram concedidas irregularmente pelos próprios governos estaduais e federal, na época da ditadura militar. As afirmações foram uma resposta às denúncias feitas nesta sexta-feira ao papa Francisco pelo presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), dom Erwin Kräutler.
O secretário disse concordar “plenamente” com a afirmação do conselho indigenista, de que a falta de uma solução para a demarcação das terras acarreta situações de violência contra os índios, como miséria e até assassinatos. “Os índios têm que ter seus territórios homologados e demarcados. Além disso, eles têm que ter apoio para a gestão dos territórios”, afirmou.