A Proteste Associação de Consumidores enviou ofício à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) solicitando que os planos de saúde passem a fazer o exame rápido que permite diagnosticar gratuitamente a dengue.
De acordo com a ong, as operadoras não cobrem o antígeno NS1 pois não faz parte do rol de procedimentos obrigatórios determinado pela ANS. O pedido foi feito diante dos riscos enfrentados pela população com a epidemia da dengue. Segundo considera a Proteste, cabe à ANS fazer com que as operadoras cubram o procedimento mais sofisticado.
Para evitar que pessoas de baixa renda tenham de fazer exames com diagnóstico mais lento porque não têm dinheiro para pagar o mais rápido, a Proteste sugere que o Ministério da Saúde e a ANS façam acordo com as empresas privadas de saúde para que o exame não tenha ônus para o consumidor. No caso das operadoras, o valor poderia ser abatido do ressarcimento ao Sistema Único de Saúde (SUS), que ocorre quando um beneficiário do plano é atendido pela rede pública.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil já ultrapassou os limites do que é considerado epidemia. Ao todo, são 745.957 casos notificados até 18 de abril. O índice é de 367,8 casos por 100 mil habitantes, patamar acima do considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para caracterizar epidemia.
Com 220 mortes confirmadas no país, a Proteste considera imprescindível não ter de esperar mais de 6 dias até que o resultado saia pelo exame tradicional de sorologia para pesquisa de anticorpos (IgG e IgM). Ter um diagnóstico rápido ajuda a salvar vidas, principalmente de idosos e pessoas com algum tipo de doença preexistente, que são os mais suscetíveis à dengue, conforme demonstram os dados do Ministério da Saúde. ( A Tarde )
Deixe seu comentário