Pesquisador baiano analisa impactos da falta de saneamento rural no NE


O pesquisador baiano Alisson Gonçalves volta a ser co-autor de livro lançado pela editora paranaense Atena. O livro “Administração: Gestão, liderança e inovação 3” terá lançamento em novembro.

Em seu novo trabalho acadêmico, o gestor público natural de Ilhéus analisa os diversos problemas decorrentes da falta de saneamento básico nas residências rurais do seminário baiano e nordestino. Em números absolutos, cerca de 34% dos domicílios no Brasil não possuem banheiros. Esses números se elevam para 75% quando desdobrados para as habitações rurais.

O autor enfatiza a criação de programas como “Água para todos” e “Um milhão de cisternas” criados no início dos anos 2003 e 2007 na Bahia e no Brasil, que foram fundamentais para o armazenamento de água mitigando os efeitos da seca para os habitantes destas comunidades.

Porém, para ele, é importante completar o sistema levando saneamento básico através de tecnologias de baixo custo e alta resolutividade que tratem os dejetos humanos evitando a contaminação do solo, mananciais e afluentes, principalmente prevenindo e protegendo as pessoas, especialmente as crianças, de doenças decorrentes da falta de saneamento básico.

Neste sentido, Gonçalves faz referência a iniciativa do Governo do Estado que, nos últimos anos, vêm construindo soluções para enfrentar esse problema com a implantação de Módulos Sanitários Secos (SaniSolar à base de sol e vento) que já funcionam em comunidades rurais dos municípios de Casa Nova, Curaçá, Caem, Jacobina, Ipirá, Itapetinga e Itambé, o que torna a Bahia pioneira na expansão do saneamento rural no Brasil.

“As comunidades rurais são normalmente distante das áreas urbanas, por isso muitas vezes realizar investimentos em saneamento rural torna-se economicamente inviável. Viajei muito o interior doméstico e pude ver na ponta a situação de risco das mulheres que tem sua nudez exposta, bem como o adoecimento de crianças, pressionando o sistema de saúde pública e muitas vezes levando-as a óbito. Levar saneamento descentralizado e investir em condições sanitárias é levar mais saúde e mais dignidade aos habitantes das comunidades rurais”, conclui Alisson Gonçalves, pós graduado em Gestão do Agronegócio e pós graduando em Gestão de Políticas Públicas Municipais e Metodologia do Ensino Superior.

Informações do A Tarde da Bahia.