A sombra política sobre Bolsonaro está na sua base


Por Jamesson Araújo

Com os resultados das eleições, a análise é que mesmo com uma votação expressiva, o atual presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), vai ter que lutar para sobreviver politicamente até 2026.

Bolsonaro saí líder de uma oposição consolidada, mas sem mandato. No vasto espaço da direita e extrema-direita, existe graças ao próprio bolsonarista, novos figurantes.

Ninguém nega que Bolsonaro cresceu e se elegeu em 2018, graças ao anti petismo, e falhou ao governar para uma parte do país, com polêmicas desnecessárias e ações polêmicas.

Após perder a eleição, Bolsonaro terá que administrar o impulso de aliados que chegaram ao poder, a exemplo de Tarcísio Freitas (republicanos), eleito governador do maior estado do Brasil, como também Romeu Zema, reeleito governador de Minas Gerais.

Além da sombra dos correligionários com mandatos, Bolsonaro possivelmente terá que lutar contra uma aproximação do seu partido com o presidente eleito. Vale lembrar que Valdemar Costa Neto, presidente do PL, é um ex-aliado de Lula e mantém dialogo aberto com base petista.

Antes da eleição, Valdemar analisou que caso Lula ganhasse haveria um racha dentro do partido. Ala do partido que sempre foi governo deve se alinhar a um governo petista, mas haverá um segmento numeroso, bolsonarista, que desejará ser oposição a Lula.

Até janeiro, a conversas políticas vão surpreender o eleitor!

Jamesson Araujo é jornalista, graduando em ciências políticas.