Morador de São Paulo é a primeira pessoa infectada com a doença em território nacional


 

O primeiro caso de varíola dos macacos em solo brasileiro foi confirmado, nesta quarta-feira (08), na cidade de São Paulo. O paciente é um homem, de 41 anos, que esteve na Espanha e em Portugal e apresentou os primeiros sintomas, como febre e dor muscular, no dia 28 de maio. Ele está em isolamento no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na Zona Oeste da capital paulista.

Após os primeiros casos suspeitos e da confirmação, a Fiocruz, em uma semana, desenvolveu controles positivos para auxiliar no diagnóstico seguro da doença. Os primeiros reagentes foram entregues à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), no escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), para serem distribuídos em ao menos 20 países. Outra remessa de testes foi distribuída, nessa quarta-feira (08) aos laboratórios de referência do Brasil, a pedido do Governo Federal.

“Essa ação estratégica, iniciada após o aprendizado na cadeia de suprimentos vivenciado na emergência da Covid-19, hoje se materializa no fortalecimento do arranjo produtivo local e amplia a capacidade de resposta nacional frente a emergências de saúde pública. Com isso, damos um importante passo para a autonomia e a independência na produção local de testes de diagnóstico”, destaca a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.

O material desenvolvido é destinado ao uso somente em pesquisa, sob-responsabilidade dos laboratórios brasileiros e latino-americanos de referência para controle do vírus.

“Utilizamos matéria-prima e nossa expertise no desenvolvimento de kits para diagnóstico, somado ao que está publicado pela literatura científica internacional, para produzir as reações com qualidade e que possibilitem o diagnóstico molecular preciso e seguro do vírus Monkeypox”, explica o gerente de Desenvolvimento Tecnológico do IBMP, Fabricio K. Marchini.

Atualmente quatro laboratórios no Brasil são aptos para a realização do diagnóstico da doença: Laboratório de Biologia Molecular de Vírus do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais/Fundação Ezequiel Dias, Laboratório Central de Saúde Pública de São Paulo/Instituto Adolfo Lutz e Laboratório de Referência em Enterovírus do Instituto Oswaldo Cruz.

Informações da rádio TUPI.