Ciro Gomes descarta aliança com o PT e sobe o tom contra Lula


O pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) defendeu a união com uma parte da chamada terceira via e subiu o tom ao falar sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, chamando o petista de mentiroso e criticando a movimentação que ele tem feito junto aos partidos de esquerda.

Ex-ministro de Lula, o pedetista criticou a movimentação que o ex-presidente tem feito junto aos partidos de esquerda. “Tenho me movimentado respeitando as organizações. Diferentemente do Lula, que está destruindo organizações partidárias que podem fazer sombra a um pensamento mais crítico e progressista, como está fazendo com PSOL e PCdoB e PSB, que é uma tragédia”, criticou.

As declarações foram feitas durante sabatina UOL/Folha apresentada por Fabíola Cidral e conduzida pelo colunista do UOL Josias de Souza e pela jornalista da Folha de S.Paulo Catia Seabra.

Ciro confirmou que está conversando com membros do União Brasil e do PSD e negou que irá se impor para ser o cabeça da chapa. “Eu sento para dialogar. Nem eu exijo que ninguém retire candidatura, nem posso chegar admitindo me retirar como candidato”, disse.

Ele já criticou esses mesmos partidos, chamando políticos do PSL, que se fundiu com o DEM para criar o União Brasil, de “viúvas do bolsonarismo”. Diz que fez essas declarações “olhando para a eleição passada”. “Se as pessoas rompem com esse passado de forma honesta, inclusive fazendo autocrítica, quem sou eu para julgar essas pessoas”, afirmou, citando que “70% do povo em São Paulo também é ex-bolsonarista, porque foi enganado”.

Questionado sobre a viagem que fez a Paris, durante o segundo turno das eleições de 2018, o ex-governador do Ceará disse que essa “é outra mentira do Lula”. “Não viajei para não votar. Votei no Haddad.”

O pré-candidato lembrou que foi convidado para ser vice de Lula em 2018, enquanto o petista estava preso, tendo negado o papel que foi assumido na sequência por Fernando Haddad (PT).

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